Um sistema impulsionado por algoritmos está lucrando com a exposição de crianças e adolescentes na internet. A exploração não é apenas de teor sexual, mas envolve também interesses comerciais e uma disputa por atenção.

Todos os dias, meninas e meninos estão expostos a riscos reais no ambiente digital. De acordo com Vanessa Cavalieri, juíza da vara da infância e juventude do Rio de Janeiro, “o lugar mais perigoso onde uma criança ou um adolescente pode estar, hoje, desacompanhado de um adulto, é nas redes sociais”. Apesar disso, 82% das crianças de 11 e 12 anos já possuem redes sociais (TIC Kids 2024).

Então, vamos falar sobre segurança digital para quem mais precisa?

Lunetas selecionou uma série de conteúdos que trazem questões que o PL 2628/2022 pode ajudar a resolver ao ampliar a proteção de crianças e adolescentes na internet. A adultização acontece, por exemplo, ao estimular comportamentos, circular conteúdos inapropriados ou tratar quem está em fase de desenvolvimento como adultos antes da hora.

São vídeos de “desafios perigosos”, sugestões de dietas radicais, discursos de ódio, cyberbullying, propagandas de uma masculinidade agressiva, exploração de dados pessoais, anúncios manipulativos…

A lista parece não ter fim. Mas o PL 2628 busca mudar isso, protegendo a infância e responsabilizando quem explora. O projeto vai estabelecer limites claros – equilibrando segurança, prevenção e liberdade de expressão – para quem tem poder demais, como é o caso das plataformas digitais (Instagram, TikTok, Kwai, YouTube, por exemplo).

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