Literatura e bebês: 28 livros para os pequenos conhecerem

Descubra uma série de obras da literatura infantil para ler com as crianças desde a primeira infância

Da redação Publicado em 20.03.2018 Atualizado em 04.05.2023
Literatura e bebês: foto em preto e branco de mãe que segura um bebê no colo, enquanto lê um livro para ele.
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Resumo

A literatura para bebês vai muito além dos livros cartonados e de banho. Até mesmo obras para leitores iniciantes podem ser lidas com os pequeninos, já que o foco da leitura está mais no vínculo afetivo do que em entender a história. Confira essas dicas!

Literatura não é apenas coisa de “gente grande”. Pelo contrário, é também para bebês. Vale estimular a leitura desde a primeiríssima infância, preocupando-se mais em estabelecer vínculos de afeto com os pequenos do que fazê-los compreender a história lida. Por isso, A Taba e o Lunetas prepararam 28 títulos para apresentar os livros às crianças desde o berço.

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A leitura, se incentivada desde a primeira infância, pode trazer muitos benefícios para as crianças

Quando nasce um bebê, pode também nascer um leitor. O momento da leitura deve ser significativo para os bebês, bem como para os adultos que os cercam. Pensando nisso, o blog lançou uma nova lista, com mais 50 títulos para os pequeninos, dos quais compartilhamos alguns por aqui.

A lista conta com dezenas de títulos com textos e imagens que favorecem a interação entre adultos e crianças, criando vínculos de afeto fundamentais para o desenvolvimento dos seres humanos em seus primeiros anos de vida.

Livros para apresentar a literatura para os bebês

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“Bem lá no alto”, Susanne Straber (Companhia das Letrinhas)

Neste livro, um urso avista um bolo. Ele parece muito apetitoso. Mas, puxa, está bem lá no alto. Como o urso vai conseguir pegá-lo? Um livro para crianças bem pequenas em que se mostra o quanto é bom poder contar com a ajuda dos amigos — e de acontecimentos inesperados!

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“Jacaré, não”, Antonio Prata (Ubu Editora)

Com uma estrutura simples, o cronista Antonio Prata provoca o riso ao descrever cenas que seriam corriqueiras, não fosse a inesperada presença de um jacaré. A experiência com seus dois filhos pequenos fez o autor refletir sobre o que faz as crianças dessa idade darem risada, descobrindo que o aparecimento de um elemento estranho em uma enumeração ordenada de objetos familiares tem esse efeito. Daí nasceu o livro, que brinca com a ideia de um jacaré surgir em meio a atividades cotidianas, como tomar banho e ir à escola. Sorrateiramente, o curioso animal aparece no universo infantil e transforma completamente a normalidade da cena anterior. A narrativa vem acompanhada de ilustrações criativas que mesclam realidade e fantasia.

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“Uma girafa e tanto”, Shell Silvertein (Companhia das Letrinhas)

O garoto deste livro não está satisfeito com a sua girafa. Ele deseja “uma girafa e tanto”. E, a partir daí, passa acrescentar no animal tudo que vê pela frente: um chapéu barato onde mora um rato, um sapato com uma sola que fica grudada de cola. Mas será que essa tralha toda vai deixá-lo feliz? Neste jogo acumulativo de rimas, o autor convida o leitor a refletir sobre a sociedade de consumo em que vivemos.

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“Lulu adora histórias”, Anna McQuinn e Rosalind Beardwshaw (Pallas)

Lulu e seu pai gostam de ir juntos à biblioteca aos sábados. Os livros que ambos escolhem pegar emprestado serão as histórias contadas antes de dormir durante toda a semana e a cada dia Lulu, uma menina cheia de imaginação, se transformará nos principais personagens dessas aventuras. Quem sabe o que Lulu será depois da próxima história? Na sequência do livro Lulu adora a biblioteca, temos de volta a nossa pequena heroína desta vez imaginando ser uma fada princesa num dia, uma grande aventureira em outro e quem sabe, viajar com seus amigos para lugares exóticos do planeta. Um livro que celebra a verdadeira diversão que há na leitura e sobre como as crianças podem aprender brincando. Lulu adora histórias mostra a relação de uma família de que dedica parte de seu tempo para compartilhar. E de uma criança que descobre que os livros e histórias podem ser a melhor coisa do mundo.

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“Achou?”, Aline Abreu (Companhia das Letrinhas)

Neste livro, muitos animais estão escondidos entre suas páginas. Voltado para leitores na primeira infância, a autora Aline Abreu propõe um esconde-esconde com as crianças ao longo da leitura. Tucano, cachorro ou até mesmo um pinguim estão presentes nessa brincadeira.

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“Clap”, Madalena Matoso (Companhia das Letrinhas)

Quando o leitor menos esperar, o livro pode: sair voando por aí, bater na porta de alguma casa, começar a levantar pesos e a fazer abdominais, se transformar em um bumbo ou em uma sanfona. Nunca se sabe! Então o melhor é agarrá-lo com as duas mãos e aproveitar: abrir e fechar suas páginas, inventar sons e palavras, criar novas histórias e tudo aquilo que a imaginação mandar. Quem gostou da ideia bata palmas! Clap, clap!

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“Eu só só eu”, Ana Saldanha e Yara Kono (Peirópolis)

Já não era mais segredo que o menino queria tudo para si, só para si mesmo. O balanço no jardim, o papagaio colorido, o triciclo azul, o livro de histórias, o colo quentinho da mamãe. Até que uma surpresa acontece e muda a vida de toda a família. Com belas ilustrações de Yara Kono, esse irresistível livro de Ana Saldanha compartilha o lirismo e a comoção sentidos pelas crianças com a chegada de um irmão.

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“Tô indo”, Matthieu Maudet (SM)

Decidido, um filhote de passarinho sai do ninho e caminha por um longo galho de árvore que perpassa as páginas do livro. No trajeto, ele vai encontrando familiares e amigos para os quais anuncia: “Tô indo!”. Um a um, os personagens lhe oferecem objetos e recomendações para a jornada: lanterna, biscoitos, guarda-chuva, livro etc. Mas para onde ele estará indo é um mistério que o leitor só descobrirá no final, entre risadas e boa dose de surpresa.

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“Um abraço passo a passo”, Tino Freitas e Jana Glatt (Panda Books)

Dentro do público infantil, há um grupo bastante específico, que merece uma atenção redobrada: os leitores em fase de alfabetização. É justamente a essa turminha especial que o novo livro do jornalista Tino Freitas e da ilustradora Jana Glatt é destinado. Em ”Um abraço passo a passo”, as crianças embarcam na aventura de um bebê que está aprendendo a andar. O texto apresenta uma linguagem simples, composta por palavras do cotidiano das crianças, como números, animais e membros da família. Ilustrações de cores vibrantes tomam conta das páginas inteiras, contribuindo para chamar a atenção da garotada. Para tanto, Jana Glatt usou aquarela, tinta acrílica e lápis de cor.

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“O animal mais feroz”, Dipacho (VR Editora)

Se você olhar só um pedacinho, pode não adivinhar. Mas, se tomar distância e ver o todo, vai perceber que não há animal mais feroz do que esse. Abra o livro e descubra que, quase sempre, tudo é uma questão de perspectiva.

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“Tchim!”, Virginie Morgand (SM)

Um espirro forte faz com que as orelhas do urso saiam voando. A raposa confunde as bolinhas azuis com jabuticabas, mas então espirra e suas orelhas saem voando também. O coelho vê e pensa que são cenouras, mas então é sua vez de espirrar e perder as orelhas! Essa epidemia de espirros que se espalha pela floresta causa uma enorme confusão de animais e frutas, com a qual os pequenos poderão aprender sobre formas e cores.

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“Quero colo”, Stela Barbieri e Fernando Vilela (SM)

Como as pessoas e os animais carregam e ninam os filhos nas diversas partes do mundo? Dessa pergunta nasceu “Quero colo”, livro que apresenta a delicada relação entre pais e filhos com ênfase no aconchego, na proteção, no cuidado e no afeto. Povos de culturas diferentes dividem as páginas com animais diversos, demonstrando como um colinho é sempre bem-vindo, independentemente da hora, da forma ou do lugar.

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“Dorme, menino, dorme”, Laura Herrera e July Macuada (Livros da Matriz)

Um menino está acordado na noite escura. Não consegue dormir. Para ele, trazem música e canções, cobertores quentinhos e leite morno. Mas só uma coisa o levará suavemente ao mundo dos sonhos. Trabalhando um tema tão importante no imaginário infantil, do medo da perda, como uma cantiga, Herrera faz um texto rimado e ritmado que retoma uma estrutura de acumulação e repetição. Com ilustrações belas e marcantes em tons fortes e contrastes, Macuada recria um imaginário latino-americano que remete ao mundo rural e às tradições mais antigas dos grandes contadores de história.

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“Não vou tomar banho hoje”, Jean-Claude Alphen (Moderna)

Um urso não precisa tomar banho nem usar roupas, pode comer frango todos os dias, ver televisão quando quiser, não fazer dever de casa e hibernar seis meses por ano! Mas, todos têm medo do urso! Então será que é bacana ser um urso?

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“Cadê?”, Graça Lima (Nova Fronteira)

De repente, uma mesa pode se tornar uma girafa. O sofá é um rinoceronte, e a geladeira? Adivinhem! Um urso polar! Explorando amplamente o lúdico imaginário infantil, Cadê? proporciona aos pequenos leitores novas descobertas sobre o mundo em que vivem, explorando as posições que podemos ocupar no espaço. Escrito e ilustrado pela premiada Graça Lima, o livro brinca com a imaginação das crianças e consegue encantar leitores de todas as idades.

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“Espaguete”, Davide Cali (SM)

Fios de espaguete se transformam em bigode, rabo de cavalo, cabelos, chuva. Em conjunto com desenhos esquemáticos e frases curtas dão forma e sentido a elementos do cotidiano infantil. Um livro divertido que brinca com o ato de alimentar-se, favorecendo a percepção e estimulando o prazer da leitura.

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“Quando eu nasci”, Isabel Minhós Martins e Madalena Matoso (Faria e Silva Editora)

A criança se dá conta do mundo ao seu redor: cheiros, sons, imagens, gestos, cores e figuras. Durante o processo, percebe que não poderia conhecer nada disso antes do nascimento e do desenvolvimento de sua consciência. Perfeito exercício para ensinar sobre si mesmo e o mundo.

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“Duplo duplo”, Merena Cottin (Pallas)

Tudo depende do ângulo em que se olha a vida. Números, pontos e linhas adquirem um novo significado de acordo com uma pequena mudança do ponto de vista. “Duplo Duplo” pretende introduzir o leitor através de algumas palavras e ilustrações no mundo das formas, mostrando que podemos descobrir um novo e divertido caminho sempre que resolvemos enxergar as coisas de um jeito diferente. E que o final de uma jornada pode conter um começo ainda mais surpreendente.

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“Era uma vez outra vez”, Edith Chacon e Priscilla Ballarin (Edições Barbatana)

Era uma vez Edith Chacon, uma professora e escritora de livros para crianças e jovens que sempre gostou de ler, escrever e de brincar com as palavras e as rimas. Outra vez, ela conheceu Priscilla Ballarin, artista visual e educadora do Atelier Amar.é.linha e do coletivo Desejos Urbanos, que também entrou na brincadeira e, juntas, começaram a fazer muita peraltice. Desse encontro, nasceu “Era uma vez outra vez”, um livro-jogo que contém um poema ilustrado. Suas folhas são soltas e dobradas em forma de sanfona. Cada lado da folha corresponde a uma estrofe do poema. A obra oferece inúmeras possibilidades de interação com o objeto livro e a leitura do poema, entre elas, a criação de novas rimas para os mesmos bichos, e a manipulação do livro como objeto.

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“Eu”, Merena Cottin (Pallas)

Ao nascer a criança é parte de um todo com o mundo. Sua percepção é de que ela e todo o resto são uma coisa só. E a partir de que momento ela percebe que existe o outro? A palavra que ao mesmo tempo vai dar significado a esse novo mundo, vai levá-la a perceber-se como um ser único. A mãe, o pai, os avós a casa e tudo mais que passa a compor o seu quintal, são as personagens do livro “Eu”, um breve registro do início da descoberta de um novo e curioso universo.

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“O Lobo Trá-lá-lá”, Michaël Escoffier e Kris di Giacomo (Mov Palavras)

Um lobo como você nunca viu, ou talvez tenha visto em algum lugar do seu imaginário, como o coelho que, amedrontado, tenta desenhá-lo numa lousa com as pistas do narrador: tem orelha? tem dente? tem nariz? A cada informação, o coelhinho vai ficando com mais medo desse lobo que se forma ao longo da história. Mas será que a imaginação é igual, ou pelo menos se aproxima, da realidade? Ou pode ser completamente diferente dela? Cada um tem seu lobo imaginário e ele vai crescendo – como o medo –, conforme nos informamos e criamos expectativas sobre o mundo.

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“Quantos?”, Merena Cottin (Pallas)

Quando as crianças são pequenas, os pais utilizam alimentos e brinquedos para ensiná-los a contar ou recitar números. Com o tempo esquecemos como aprendemos essa lição, mas aventura de quantificar as coisas é uma das primeiras conquistas da infância. “Quantos?” é um livro sobre como descobrir a ligação entre os números e quantidades em situações que sejam significativas para o leitor. Para que pensem sobre quantidade sempre que sentirem necessidade ou interesse.

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“Bichos de cá”, Edson Penha e Xavier Bartaburu (Bamboozinho)

Os bichos da fauna brasileira apresentados de uma forma inédita: música, informação e ilustrações mostram a beleza da nossa fauna, encantando crianças e adultos.

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“Então quem é?”, Christina Dias e Rafael Antón (FTD Educação)

Este conto de adivinhação lembra crianças brincando de adivinhas. Em primeira pessoa, o narrador se dirige ao leitor propondo adivinhas e sempre terminando com a pergunta: “É o lobo?”. No decorrer da história, são os animais de estimação do narrador que aparecem: o cachorro Godofredo, o gato Jeremias, a tartaruga Ernestina e o peixe Claudionor. As ilustrações participam deste jogo de adivinhações, criando situações ora amedrontadoras, ora divertidas.

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“Noite vira dia”, Richard McGuire (Companhia das Letrinhas)

Uma certeza é que o dia vira noite e a noite também sempre vira dia. Mas, entre esses eventos, uma série de acontecimentos marca o passar do tempo. Por meio desse livro ilustrado, o artista Richard McGuire conduz o leitor a conhecer melhor esse ciclo, através de ilustrações e pequenos textos.

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“João e Maria”, Rosinha Campos (Callis)

João e Maria é uma história que é narrada há mais de um século e ainda fascina crianças e adultos ao redor do mundo. Neste novo livro, a autora e ilustradora Rosinha decide encarar o desafio de recontar a história desses dois irmãos usando apenas imagens. O resultado é um livro encantador e repleto de ilustrações belas e impactantes. O livro conta com uma adaptação do texto original, mas este aparece só no final. Trata-se de um convite para que pais e filhos contem essa aventura usando as suas próprias palavras, ajudando essa história a permanecer imortal.

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“Os opostos”, Xavier Deneux (Publifolha)

Com belos pares de ilustrações que se encaixam, este volume traz conceitos opostos como noite e dia, cheio e vazio, grande e pequeno, leve e pesado, alto e baixo, preto e branco, entre outros. O elefante contrasta com a nuvem, a lua forma par com o sol, e um grande ovo de Páscoa é posto ao lado de pequenos ovinhos. O relevo das figuras chama a atenção para cada um dos contrários, desenvolvendo o senso de observação e estimulando o aprendizado.

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“Rosa e Rafa”, Marie-Louise Gay (Brinque-Book)

Desenhar é a atividade preferida de Rosa e Rafa, que são dois irmãos gêmeos. Enquanto desenha flores, borboletas e espécies de árvores, ele prefere animais, como elefantes, ursos e tubarões. Com as ilustrações de Marie-Louise Gay, o leitor mergulha no mundo criativo de Rafa e Rosa – e se inspira a também soltar a imaginação.

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