Como a conexão entre mães pode fortalecer uma maternidade sem culpa e favorecer a construção de uma rede de acolhimento
Nas redes sociais do Lunetas, mães de primeira viagem e mães veteranas trocaram experiências e se ajudaram com perguntas e respostas sobre pequenas dúvidas e as principais angústias da maternidade. Confira como foi essa interação.
Dúvidas sobre o parto, introdução alimentar, sono do bebê e educação positiva costumam passar pela cabeça de toda mãe de primeira viagem. Mas, bastam alguns minutos de troca de experiências em uma conexão com mães que já passaram por essas situações para aliviar um pouco as angústias de lidar com as novidades da maternidade.
Embora o cuidado de uma nova vida demande muitas responsabilidades, o intercâmbio de informações torna os desafios mais leves. Desse modo, não importa quantos filhos ou quantos anos a mãe tem, alguns sentimentos são similares e algumas questões parecem ser universais.
Foi assim, com a intenção de proporcionar uma troca, mesmo que virtual, que o Lunetas propôs, no Instagram, a interação entre as mães com perguntas e respostas livres. O resultado foi a formação de uma rede de acolhimento cheia de verdades e histórias para aquecer o coração. Um abraço que traz a lembrança de que as mães não estão sozinhas nessa jornada.
Raine Soares: Mamães que fizeram duas cesáreas em curto espaço de tempo, como foi? Ou que fizeram cesárea e tiveram parto normal no segundo.
Rosana Dall ‘Oro: Tive uma primeira cesárea e três anos depois um parto normal. Acredite, meu pós-parto normal foi mais difícil do que o pós-cesárea. Mas sempre digo que o mais importante é se informar bem sobre os procedimentos, ter confiança em você mesma e no seu corpo, confiar na equipe médica e ser respeitada nas vontades. Saiba que a mulher parturiente tem muitos direitos que precisam ser respeitados!
Daphne Chequer: Tive cesariana na primeira e três anos e meio depois um parto normal. A recuperação do parto normal foi mais difícil. Mas a experiência é completamente diferente. Gostei de ter vivido as duas vias.
Rafaela Ferreira: A introdução alimentar é difícil assim mesmo? Minha bebê de oito meses não come quase nada. Pega a comida, brinca, mas quase não coloca na boca.
Ju Vidal: Tente de várias formas e tenha paciência. Cada criança se desenvolve no seu tempo. Nem sempre pegar a comida será bom para sua criança. Não existe certo e errado. A única coisa que eu considero primordial é que ela coma sem distrações como celular, TV, tablet.
Daniela Mathhes: Vá tentando, mas é bem cedo ainda. Meu bebê começou a comer de verdade com um ano e dois meses. Hoje, com três anos, come superbem.
Mayra Tavares: O desmame para dormir é tão difícil assim? Bebê dois anos e três meses só dorme mamando.
Jeniffer Gatto: O pai acolher a criança durante a noite é o que dá certo. No início a criança vai protestar (…) porém ela não está sendo “deixada”, e sim estará ganhando o colinho de alguém de confiança. Comecei o desmame nas primeiras horas da noite. A cada três dias ia tirando um. Com oito meses iniciei o processo do desmame noturno e com dois anos meu filho não quis mais, foi ele quem parou.
Suelen Fernandes: Meu filho tem dois anos e oito meses e também só consegui com a participação do pai, que assumiu, tanto na hora de colocar para dormir, como quando despertava de madrugada. Hoje não desperta mais nem para mamar nem por outro motivo.
Maria Eliza Maia: Com quanto tempo o bebê começou a dormir melhor à noite? O meu tem um mês e acorda a cada duas ou três horas para mamar.
Hylea Ferreira: Varia. Meu mais velho já dormia a noite toda com quatro meses e mamou no peito até os seis meses. Já o mais novo, amamentei até um ano, mas antes dos dois anos eu não lembro de ter dormido uma noite inteira.
Daphne Chequer: Minha primeira filha foi dormir uma noite inteira com três anos. A segunda, com oito meses. As duas com os mesmos hábitos e rotina. Cada criança é uma mesmo, mas esse início com certeza é o período mais desafiador.
Fernanda Vilaça: O que vocês fazem pra distrair um bebê de um ano e dois meses sem telas?
Ana Carolina Pereira: Brinquedos sensoriais feitos de garrafa pet, livros, potes, colheres e coisas de cozinha. Eles amam! Atividades diferentes para interagir nas paredes.
Regina Lopes: Deixe ele explorar. A gente não precisa distrair o bebê o tempo todo. Ele pode participar das atividades que você precisa fazer, como lavar roupa, louça. Eu deixava uma bacia com água e jogava uns potes, esponja, roupa de boneca. Na cozinha, deixava potes, funil e forminhas plásticas para brincar.
Tininha Iwamoto: Edredom no chão, muita música e quase tudo vira brinquedo. De tupperware a livros.
Mariana Zamperlini: Como foi a volta para o trabalho/profissão?
Marga Almeida: Não vou mentir, foi difícil. Mas também me salvou. Minhas gêmeas se abriram a um novo mundo de descobertas e eu me lembrei que não era só mãe. Me surpreendi do quanto o meu jeito de trabalhar também mudou, amadureceu.
Laura Lo Vis: Voltei quando meu bebê tinha quatro meses. Minha vida era uma maratona, fiquei um ano sofrendo, mas hoje ele está com oito anos, não desisti do trabalho e estou muito feliz assim. O perrengue passou e percebi que fiz a melhor escolha.
Suelen Gui: Alguma hora a maternidade fica leve?
Júlia Silva: Eu diria que nada fica de fato fácil, mas cada fase tem suas questões. Tenho uma [filha] de quase três anos e quando ela era bebê, tinha muito colo, peito e sono. Agora, ela quer brincar, conversar, interagir e gastar energia. São demandas diferentes!
Isabela Sales: São fases diferentes. Se você levar com tranquilidade, tudo ficará mais leve. Estude a fase que seu bebê está agora e como pode ajudá-lo a passar por ela.
Mariana Lacerda: Ter o segundo filho é tão difícil quanto o primeiro?
Luciana Bento: É totalmente diferente. A gente já é mais experiente, está mais calma e confiante, mas a criança em geral tem demandas diferentes, ou é mais agitado ou mais calmo. Enfim, exige novas habilidades, mas a gente está mais segura e isso faz toda a diferença.
Isabela Sales: Não! É muito melhor! A maternidade fica mais leve, a gente fica mais experiente e menos neurótica.
Sani Silva: Depende. A minha primeira foi um furacão, o segundo foi uma brisa. Depende do bebê e também depende de como nós estamos. Na primeira gravidez, eu só era uma mulher que se tornou mãe, na segunda eu já era mãe.