Hora de dormir: 20 livros para ler junto antes de o sono chegar

Tem casa sonolenta, livro que dorme e até um abecedário que cai no sono. Livros infantis sobre a hora de dormir para descobrir enquanto o sono não vem

Da redação Publicado em 11.07.2018 Atualizado em 12.04.2023
Livros para hora de dormir: foto de um menino que adormeceu com a cabeça apoiada no livro.
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Resumo

Nem só de canções de ninar é feita a hora de dormir. Nessa lista, selecionamos livros infantis sobre o assunto para pais e filhos compartilharem juntos enquanto o sono não chega.

Peixes, jacarés, tartarugas, bebês, princesas, guerreiros e heroínas. Eu. Você. Todo mundo dorme. Mas a hora de dormir não é a mesma para todo mundo. Tem bicho que só dorme de dia, outros que passam meses sem abrir os olhos. E outros ainda que parecem não querer dormir nunca? Adivinha qual é? Se você tem uma dessas criaturas em casa, sabe bem que, conforme a noite avança, mais eles querem ficar acordados. Para isso, ter uma seleção de livros para a hora de dormir pode auxiliar no processo de uma boa noite de sono.

A hora de dormir pode ser um momento sensível para as crianças – e, consequentemente, para quem cuida delas. Para ajudar nessa missão, o Lunetas está aqui para lembrar que nem só de canções de ninar é feita essa parte do dia (ou da noite).

A literatura infantil, com seus personagens dorminhocos, sonhadores, sonolentos ou cheios de coragem para enfrentar os monstros debaixo da cama, ajuda a fixar a ideia de que, sim, todo mundo dorme, e que dormir é essencial para aprender e continuar brincando no dia seguinte.

Nessa lista, tem casa sonolenta, livro que dorme e até um abecedário que cai no sono. Leituras para compartilhar na cama naqueles dias em que o sono não vem. Nas resenhas aqui embaixo – de autoria das respectivas editoras – você conhece mais sobre cada uma das obras e fica sabendo onde comprá-las.

Alguns bons livros para a hora de dormir!

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“A casa sonolenta”, Audrey Wood e Don Wood (Ática)

Numa casa sonolenta com uma cama aconchegante, todos estão sempre dormindo. As repetições no texto dão o tom sonolento, que é interrompido por uma pulguinha acordada.

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“Muito cansado e bem acordado”, Susanne Straber (Companhia das Letrinhas)

O porco-espinho, a raposa, o burrico, o pelicano e o jacaré estão todos dormindo, muito cansados. Mas a foca está bem acordada. E ela não quer saber de ficar na cama! E agora? O que os outros dorminhocos vão fazer?

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“A elefantinha que queria dormir”, Carl-Johan Forssén Ehrlin (Companhia das Letrinhas)

A elefantinha Ellen quer muito dormir, mas sua casa fica do outro lado da floresta mágica. Nesta história, as crianças vão acompanhá-la ao longo de sua jornada e, junto com ela, encontrar finalmente o sono e o relaxamento. Por meio de uma história simples, mas contada com as palavras e a entonação certa, o sueco Carl-Johan Forssén Ehrlin’s ajuda os adultos a conduzirem as crianças a um estado de relaxamento que vai ajudá-las a adormecer com tranquilidade — tanto de noite quanto na soneca diurna —, transformando a hora de dormir em um momento prazeroso para toda a família.

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“Mas papai…”, Mathiew Lavoie (Jujuba)

Papai macaco dá boa-noite aos seus filhos, mas sempre falta alguma coisa: “Mas, papai, é preciso vestir o pijama antes de deitar!”. O pai corresponde ao pedido, e logo vem outra queixa: “Mas, papai…”. A repetição provoca nos leitores iniciantes o envolvimento com a narrativa e uma divertida brincadeira.

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“Bocejo”, Illan Brenman e Renato Moriconi (Companhia das Letrinhas)

Um bocejo pode contagiar o outro e o outro e o outro. E quem sabe o mundo inteiro? Foi a partir dessa ideia que Ilan Brenman e Renato Moriconi desenvolveram a brincadeira deste livro-imagem, composto por lindas pinturas a óleo que mostram diversos personagens, míticos ou históricos, em seu momento mais sonolento. E como a proposta era fazer o mundo inteiro bocejar, nada mais justo que chamar o leitor para o jogo: com o papel espelhado ao final do livro, o contágio termina não nos momentos históricos ou míticos retratados ao longo da história, mas sim no leitor em seu mundo e em seu tempo. A última página é o retrato de um eterno presente preguiçoso.

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“Não vou dormir”, Orlando Christiane Gribel e‎ Orlando Pedroso (Global)

Neste livro, com texto e criação de Christiane Gribel e ilustração de Orlando Pedroso, as duas linguagens dialogam em perfeita harmonia e desencadeiam uma potencialidade de sentidos. A atenção da criança é captada pelos recursos expressivos tanto da linguagem verbal como da linguagem não verbal. “Não vou dormir”, disse a menininha. Vou ficar bem acordada aqui na cama. Não estou com sono nenhum. A mamãe me mandou para cama. Mas isso não significa que eu vou dormir. Eu não vou dormir. A leitura dessa história, que trata de uma situação tão próxima do cotidiano infantil, resistir ao sono, não querer ir para cama, não querer dormir, pode contribuir também para uma reflexão sobre a resistência da criança em respeitar os seus próprios limites e aqueles impostos pelos pais.

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“Abzzzz…”, Isabel Minhós e Yara Kono (Sesi-SP)

Há pessoas que resistem ao sono com todas as suas forças. E percebe-se o porquê… estar acordado é tão bom! Mas, já foi provado pela ciência que ninguém vive sem dormir, por isso criamos este ABC do sono, um livro que, se tudo correr bem, nos fará adormecer muito antes de o abecedário chegar ao fim. Um ABC tão poderoso que até o título do livro conseguiu adormecer… E você, a que letra chegará?

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“O livro dorme”, Vicent Bourgeau e Cédric Ramadier (Edições SM)

A leitura na cama costuma ser um momento de cumplicidade entre pais e filhos que precede a hora de dormir. Mas, nesta obra, é o livro quem espera por uma história a ser contada pela criança, com a ajuda do adulto. Tendo o narrador como guia, um ratinho reproduzirá, uma a uma, as etapas que, na vida real, costumam compor o ritual do sono infantil.

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“Boa noite”, Carolina Moreyra e Odilon Moraes (Jujuba Editora)

Da coleção “Bia e o Elefante”, o livro “Boa noite” narra as etapas da dupla na preparação para uma noite de sono. De Carolina Moreyra e Odilon Moraes, a história também aborda temáticas como respeito às diferenças e como lidam com seus sentimentos.

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“Marco queria dormir”, Gabriela Keselman (Companhia das Letrinhas)

À noite, parece que tudo se transforma: o que é pequeno fica grande, o que é concreto vira abstrato e as coisas são engolidas pela escuridão. Era por isso que Marco não conseguia dormir. Para ajudá-lo, sua mãe tenta de tudo: cria um traje antimosquitos, escreve uma carta à Lua, arranja um bastão de escalada para manter o filho firme na cama.

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“Para noites sem sono”, Gustavo Roldán (MOV Palavras)

Em uma noite em que o sono está difícil de chegar, pode-se imaginar o que quer que seja. Para preencher o vazio de uma noite sem sono, Roldán sugere que cada um crie seu próprio céu e se entregue à sua contemplação. Como em um guia, orienta o leitor, indicando passo a passo como criar esse céu e enchê-lo de estrelas, tirando proveito do silêncio e da tranquilidade da noite. A partir de grandes planos negros de inspiração expressionista, com poucos recursos gráficos e apenas quatro cores, os espaços vazios são preenchidos com imagens que, ao mesmo tempo, complementam o texto, e iluminam e transformam o universo sombrio das noites sem sono. Mas não se engane: este é um texto que se abre a múltiplas leituras e, apesar do título, o pequeno livro-álbum não é para ser lido e apreciado apenas naquelas noites em que o sono não chega.

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“Sono de bicho”, Carla Caruso (Cortez)

Alguns bichos voam, uns cantam, muitos respiram debaixo da água. Outros fazem teias, mudam de pele, vivem na lama. Latem, miam. Até fazem tremer, quando rugem! Cada bicho com seu jeito diferente, mas há algo que os une: todos descansam. Como nós, humanos, como a terra, quando veste o céu de noite.

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“Cuide do meu soninho”, Andrew Daddo (Fundamento)

Qual é o melhor jeito de se pegar no sono? Ouvindo uma história? Mas só vale se for uma de livro ou pode ser história de verdade também? Pode contar como foi o seu dia? Dar beijos e abraços de boa-noite? A hora de dormir não é igual para todo mundo… E ela pode ser divertida também.

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“Dormir fora de casa”, Ronaldo Simões Coelho e Orlando (FTD)

Uma garotinha vai passar o dia na casa da amiga e dormir fora de casa pela primeira vez. Durante o dia, elas brincam juntas e tudo é alegria. Mas a noite chega, tudo fica diferente e não parece tão divertido. Será que é saudade da mamãe?

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“Eu não quero dormir agora”, Lauren Child (Ática)

Quando Charlie precisa pôr Lola para dormir, sabe que não vai ser nada fácil. Ela gosta de ficar acordada colorindo, rabiscando, pulando, balançado e, mais do que tudo, tagarelando. Só mesmo um irmão paciente como o Charlie poderia fazer leitinho cor-de-rosa para três tigres, telefonar para cachorros dançarinos, mandar uma baleia descer pelo ralo e aturar um hipopótamo em sua cama. Tudo isso só para convencer Lola de que já é hora de dormir. Uma história já querida das crianças, agora em versão livro-brinquedo.

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“A última história antes de dormir”, Nicola O’Byrne (Brinque-Book)

Depois de um dia incrível, é preciso um desfecho à altura. A última história antes de dormir é a mais importante. Nesta aventura bem-humorada, o pequeno leitor acompanha personagens conhecidos disputando quem vai ser a última história do dia. Os Três Porquinhos, Cinderela, Chapeuzinho e o Lobo Mau ora interrompem as histórias uns dos outros ora organizam-se para viver, juntos, narrativas de aventura, amor, perigo e humor inventadas por eles mesmos. Tudo isso ganhando vida no traço delicado e nas cores vibrantes de Nicola O’Byrne, de “Use a imaginação”, obra em que a autora já brincava com personagens clássicos, subvertendo e reafirmando seus papéis no imaginário infantil.

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“Conversa para pai dormir”, Ilan Brenman e Guilherme Karsten (Brinque-Book)

Quem nunca quis dormir na cama dos pais? Esse dia chegou para Gabi. Ela pede ao seu pai, que começa a criar diversos obstáculos para ela desistir da ideia. Mas Gabi é muito insistente e arruma uma boa resposta para cada empecilho. Esta divertida história mostra que dizer a verdade pode ser o melhor antídoto para uma ideia fixa.

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“Sono”, Luciana Romão (Saíra Editorial)

Depois da mãe dizer “boa noite”, a garotinha passa a imaginar monstros na escuridão. Para dominar o medo na hora de dormir, ela precisa encontrar, dentro de si, uma forma de transpor a noite sem que o medo seja mais forte que a vontade de descansar e ter uma boa noite de sono e de sonhos. Uma espécie de terror infantil – mas que, claro, não assusta ninguém – o livro é uma forma de afastar medos sobre o escuro, sobre o dormir e, por que não, ajudar os pequenos a se livrarem de outros fantasmas. Texto e imagens, ambos de autoria de Luciana Romão, se complementam de forma lúdica para desconstruir esse “monstro” que assombra a noite dos pequenos.

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“Tem um monstro no seu livro?”, Tom Fletcher (Nuvem de Letras)

Ideal para a leitura antes de dormir, a obra apresenta a divertida história de um monstro que invadiu o livro. Dessa forma, o leitor deve espantá-lo por meio de cócegas, chacoalhando ou até mesmo gritando com ele. As brincadeiras auxiliam a reduzir a agitação das crianças antes de deitar, além de divertir toda a família.

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“Antes de dormir”, Helena Lahis (Lago de Histórias)

Em uma mistura de ficção e realidade, “Antes de dormir” traz a história de Teo, que resgata sua mãe do transe cibernético. Assim, ela pode embalar o filho e cantar canções de ninar. Ela é a única capaz de enxergar o mundo de Teo e contar histórias que estão para além do tempo do relógio.

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