Disponível gratuitamente no YouTube, a franquia de filmes ‘O começo da vida’ gerou um movimento global para proteger os primeiros seis anos de bebês e crianças
A maior parte das pessoas acredita que a gente mais se desenvolve dos 18 anos em diante. Mas é o período da primeira infância - dos 0 aos 6 anos - que concentra o maior potencial de aprendizado. Como desmistificar essa ideia?
O que é “primeira infância”? Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 42% das pessoas entrevistadas desconhecem o termo. Apenas 1% responde exatamente a fase de 0 a 6 anos.
Dessa forma, sem saber nomear o que é, fica mais difícil reconhecer a importância dos primeiros anos de vida. Essa fase concentra o maior potencial de aprendizado e é fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional do bebê. Então, como reverter o baixo nível de conhecimento e engajar a população no cuidado de crianças na primeira infância?
Os filmes são uma alternativa de promover conscientização enquanto também entretêm. “O começo da vida” (2016), por exemplo, mostra como a primeira infância influencia toda a trajetória da criança, das próximas gerações e de cada um de nós.
Lançado globalmente pela Netflix em mais de 190 países e traduzido para 23 línguas, o documentário aborda como o desenvolvimento humano não depende apenas da genética, mas também da qualidade das relações nos primeiros anos de vida. Além disso, discute temas como licença-maternidade, o papel do pai e a criação conjunta.
Assim, para Estela Renner, diretora e roteirista do filme e uma das sócias-fundadoras da Maria Farinha Filmes, referência em entretenimento de impacto na América Latina, “cuidar dos primeiros anos de vida e cuidar de quem cuida, é essencial não só para um bebê ou uma criança. É essencial para toda a humanidade”.
Conforme a pesquisa, “crianças bem cuidadas na primeira infância tendem a estudar por mais anos, apresentar melhor desempenho em linguagem, matemática e autorregulação emocional, além de ter mais saúde física e mental, entre outros aspectos”.
Já “O começo da vida 2: lá fora” traz os impactos positivos da conexão das crianças com a natureza no desenvolvimento humano. Nesse sentido, essa conexão pode fazer parte da solução para os desafios relacionados à emergência climática e ajudar a construir uma vida de mais bem-estar.
Para celebrar o Mês da Primeira Infância e os 10 anos de lançamento do primeiro filme, todo o conteúdo da franquia “O começo da vida” (“O começo da vida”, “O começo da vida: a série” e “O começo da vida 2: lá fora”) está disponível gratuitamente no site e no canal oficial da Maria Farinha Filmes no YouTube.
* A partir de um movimento coordenado com Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Van Leer, Instituto Alana e Unicef, o filme “O começo da vida” contou com uma campanha de impacto que engajou organizações da sociedade civil e do setor privado em prol das políticas pela primeira infância.
“O cérebro chega a formar até 1 milhão de conexões por segundo até os seis anos de vida”, diz a pesquisa. “Tudo o que ocorre nesse período é assimilado de forma mais rápida e profunda, e cada novo aprendizado fortalece a capacidade do cérebro de lidar com experiências futuras.” Apesar disso, a maioria da população acredita que esse desenvolvimento ocorre, principalmente, na adolescência ou na vida adulta.