Filmes ajudam a compreender a importância da primeira infância

Disponível gratuitamente no YouTube, a franquia de filmes ‘O começo da vida’ gerou um movimento global para proteger os primeiros seis anos de bebês e crianças

Da redação Publicado em 08.08.2025
Um bebê de pele e cabelo claro está ao ar livre usando uma jardineira jeans e blusa branca.
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Resumo

A maior parte das pessoas acredita que a gente mais se desenvolve dos 18 anos em diante. Mas é o período da primeira infância - dos 0 aos 6 anos - que concentra o maior potencial de aprendizado. Como desmistificar essa ideia?

O que é “primeira infância”? Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 42% das pessoas entrevistadas desconhecem o termo. Apenas 1% responde exatamente a fase de 0 a 6 anos.

Dessa forma, sem saber nomear o que é, fica mais difícil reconhecer a importância dos primeiros anos de vida. Essa fase concentra o maior potencial de aprendizado e é fundamental para o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional do bebê. Então, como reverter o baixo nível de conhecimento e engajar a população no cuidado de crianças na primeira infância?

“O cérebro chega a formar até 1 milhão de conexões por segundo até os seis anos de vida”, diz a pesquisa. “Tudo o que ocorre nesse período é assimilado de forma mais rápida e profunda, e cada novo aprendizado fortalece a capacidade do cérebro de lidar com experiências futuras.” Apesar disso, a maioria da população acredita que esse desenvolvimento ocorre, principalmente, na adolescência ou na vida adulta.

Um jeito bonito de aprender mais sobre primeira infância

Os filmes são uma alternativa de promover conscientização enquanto também entretêm. “O começo da vida” (2016), por exemplo, mostra como a primeira infância influencia toda a trajetória da criança, das próximas gerações e de cada um de nós.

Lançado globalmente pela Netflix em mais de 190 países e traduzido para 23 línguas, o documentário aborda como o desenvolvimento humano não depende apenas da genética, mas também da qualidade das relações nos primeiros anos de vida. Além disso, discute temas como licença-maternidade, o papel do pai e a criação conjunta.

Assim, para Estela Renner, diretora e roteirista do filme e uma das sócias-fundadoras da Maria Farinha Filmes, referência em entretenimento de impacto na América Latina, “cuidar dos primeiros anos de vida e cuidar de quem cuida, é essencial não só para um bebê ou uma criança. É essencial para toda a humanidade”.

Conforme a pesquisa, “crianças bem cuidadas na primeira infância tendem a estudar por mais anos, apresentar melhor desempenho em linguagem, matemática e autorregulação emocional, além de ter mais saúde física e mental, entre outros aspectos”.

Já “O começo da vida 2: lá fora” traz os impactos positivos da conexão das crianças com a natureza no desenvolvimento humano. Nesse sentido, essa conexão pode fazer parte da solução para os desafios relacionados à emergência climática e ajudar a construir uma vida de mais bem-estar.

Democratizar o acesso é dividir informação

Para celebrar o Mês da Primeira Infância e os 10 anos de lançamento do primeiro filme, todo o conteúdo da franquia “O começo da vida” (“O começo da vida”, “O começo da vida: a série” e “O começo da vida 2: lá fora”) está disponível gratuitamente no site e no canal oficial da Maria Farinha Filmes no YouTube.

* A partir de um movimento coordenado com Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Fundação Van Leer, Instituto Alana e Unicef, o filme “O começo da vida” contou com uma campanha de impacto que engajou organizações da sociedade civil e do setor privado em prol das políticas pela primeira infância.

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