Regulação emocional: como ela nos ajuda a acolher a criança?

Como adultos e crianças reagem a uma situação desconfortável ou inesperada? Aprender sobre regulação emocional é entender melhor a vida

Criar e Crescer Publicado em 15.02.2019
Foto de um menino com a boca de choro e com os olhos prestes a chorar
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Resumo

Regulação emocional pode ser identificado como a capacidade do ser humano de reconhecer emoções (de si mesmo e do outro). Como esse processo acontece na infância, e qual a importância dele para o desenvolvimento das crianças?

Educação emocional é um assunto bastante recorrente aqui no Lunetas. Quem quiser se aprofundar no tema, temos uma série que reúne 15 conteúdos já publicados sobre o tema. Variação de emoções e sentimentos fazem parte da vida de qualquer ser humano. Nesse sentido, a regulação emocional pode ser definida como a capacidade do ser humano de identificar suas emoções de acordo com diversas circunstâncias. Ou seja, é a resposta que o sujeito dá a acontecimentos internos e externos, que também está relacionado à resiliência da pessoa.

Por isso, aprender a lidar com isso de forma saudável desde a primeira infância pode ser um passo inicial para o desenvolvimento de um indivíduo plenamente conectado com suas potências e fragilidades. Desse modo,  portanto, mais apto a viver em harmonia consigo mesmo e com o outro.

Não por acaso, as chamadas habilidades socioemocionais estão contempladas o na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que oferece as diretrizes para a educação em diversos níveis. No texto, elas aparecem como competências fundamentais para o século 21, e são elencadas como, por exemplo, a aptidão para reconhecer emoções de si mesmo e do outro, capacidade de diálogo, empatia, cooperação, resiliência, flexibilidade, entre outros.

Tipos de regulação emocional

De acordo com a psicóloga Erica de Lana, existe a regulação emocional adaptativa, que é aquela que primeiro identifica qual é a situação e depois avalia qual seria a melhor solução para ela.

Segundo ela, existe também, por outro lado, a regulação emocional desadaptativa, que é uma resposta imediata à emoção que chega. Por exemplo, quando a criança tem um acesso de birra ou bate em um amigo em função de algo que aconteceu, ela está em um processo de regulação emocional desadaptativo. O nome vem do fato de que esse tipo de resposta emocional não resolve o problema, e além disso agrava a situação apresentada.

“Ter uma boa regulação emocional é deixar a emoção chegar, aprender com ela (o que essa emoção quer me dizer?) e fazer algo que modifique o ambiente na direção do atendimento das minhas necessidades”, explica Erica.

A profissional ressalta que há muitos estudos na área de neurociência que estudam justamente como o cérebro reage ao processamento dos estímulos emocionais.

O processamento emocional inclui desde a percepção de emoções na face do interlocutor até como o próprio corpo reage a elas.

E qual a função prática de ensinar uma criança a lidar com as emoções? O cerne da questão é criar repertório para responder de forma mais saudável às situações que o ambiente social e emocional traz, como por exemplo se sair bem diante do inesperado, das dificuldades e dos altos e baixos que continuarão a fazer parte da vida.

Saber como o processamento emocional funciona é crucial para pensar na importância da emoção na nossa vida.

Entenda mais sobre regulação emocional

Existe uma forma de auxiliar as crianças a dar conta de seus sentimentos? No vídeo abaixo, do nosso parceiro Criar e Crescer, a especialista no assunto, a psicóloga Erica de Lana, explica o que é a chamada regulação emocional e como ela acontece na infância.

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