‘O som do rio’: a riqueza da Amazônia em uma série documental

Produção audiovisual ambientada no Rio Tapajós e arredores mostra a importância das florestas e da valorização dos povos originários

Da redação Publicado em 15.06.2022
Barco com um grupo multiétnico de pessoas no Rio Tapajós.
OUVIR

Resumo

Em duas semanas de imersão pelo Rio Tapajós, os encantos e desafios da região são relatados em “O som do rio”, série produzida pela Maria Farinha Filmes.

Recebendo pessoas, conhecendo e escutando a floresta, ouvindo histórias e o canto dos pássaros: em “O som do Rio”, Maria Gadú e Val Munduruku convidam o espectador a conhecer a cultura, encantos, curiosidades, histórias e desafios que cercam o Rio Tapajós, no Pará. Com direção de Carol Quintanilha e produção da Maria Farinha Filmes, o primeiro de quatro episódios foi lançado nesta terça-feira (14), no YouTube.

Thelma Assis (médica e influenciadora digital), Vítor diCastro (ator e influenciador digital) e Lenine (cantor e compositor) são os convidados que embarcam em uma trajetória de conhecimento e transformação pela floresta. A série também conta com intervenções do apresentador Felipe Castanhari, explicando conceitos voltados à preservação da floresta e sobre a crise climática.

Além de evidenciar a riqueza das histórias indígenas que constroem o Alto Tapajós, “O som do rio” chega com denúncias: a região enfrenta problemas que passam pelo perigo do garimpo, pela contaminação dos rios pelo mercúrio e pela falta de políticas públicas que cuidem integralmente dos povos indígenas. Para Val Munduruku, a preocupação ultrapassa o período de produção da série, visto que quem habita o território continua lá após o retrato audiovisual. Também são debatidas as movimentações contra o Marco Temporal, cujas principais vítimas são as crianças indígenas.

“A gente que vive lá sabe o quanto é preocupante o cenário e pode mexer muito com quem vai ficar lá no local. Qual vai ser o processo daqui pra frente, que olhar a gente vai receber?”

Para a diretora Carol Quintanilha, “O som do rio” é sobre uma esperança que vai além de um looping de denúncias. “Precisamos resgatar vários conceitos para poder sobreviver nesse planeta e nos entender como brasileiros. Resgatar a ancestralidade é uma solução não só para o meio ambiente, mas cultural, de bem-estar e de bem-viver”, conta.

A gente tem que ser como o rio: não há empecilho no mundo que o faça sair do seu percurso

Leia mais

Comunicar erro
Comentários 1 Comentários Mostrar comentários
REPORTAGENS RELACIONADAS