“Quando meu filho vai falar?”, “Mas minha filha já tem quase três anos e ainda não forma frases”, “Até que idade é considerado normal falar errado, devo corrigir”?, “O que posso fazer para estimular meu filho a falar?”. Essas e outras perguntas ficam martelando na cabeça da maioria dos pais e mães.

Para fornecer um material seguro de consulta para os pais e também para educadores que quiserem se aprofundar nesse assunto, o Laboratório de Educação (o LabEdu, do qual faz parte o nosso parceiro Toda Criança Pode Aprender) acaba de lançar a coleção de e-books “A linguagem de 0 a 5 anos“.

O material oferece explicações sobre os chamados “marcos do desenvolvimento da linguagem”. Com a proposta de ser o mais acessível possível para os leigos no tema, os conteúdos são apoiados em imagens que exemplificam como esse processo se manifesta no dia a dia da criança.

A coleção contém ainda um guia para orientar as abordagens possíveis que os adultos podem adotar com as crianças, de acordo com cada faixa etária.

A partir de imagens que retratam situações cotidianas e dúvidas comuns a pais, avós, tios, professores, o livro apresenta explicações de especialistas relativas ao quando, ao o que e ao por que elas aprendem a falar.

No livro, quatro personagens representam crianças de diferentes faixas etárias e, desse modo, são abordados temas relativos à interação, fonética e fonologia, vocabulário, discurso, gramática e língua escrita, atendendo às especificidades de cada fase. Assim, a coleção é composta por quatro livros, cada um considerando um período do desenvolvimento infantil: “Pedro (0 a 18 meses)”, “Ruth (4 – 5 anos)”, “Clenice (18 meses – 3 anos)” e “Nelson (3 – 4 anos)”. Os interessados podem adquirir cada livro separadamente, ou a coleção completa. Clique aqui para acessar.

Marcos da linguagem

Primeiro, eles choram e gritam. Depois, começam a balbuciar e seguir os estímulos com o olhar. Depois, eles aprendem o próprio nome e passam a dizer palavras avulsas. Os bebês absorvem e desenvolvem a linguagem de forma gradual e muito sutil.

Apesar de existirem os chamados “marcos”, que são os períodos considerados típicos para que a criança esteja em um determinado ponto de sua aquisição da linguagem, é preciso considerar que não existe certo ou errado quando a questão é o desenvolvimento infantil.

Cada criança é um universo e deve ser percebida, observada e acompanhada em suas particularidades e demandas específicas. Por isso, o adulto que se responsabiliza por uma criança deve internalizar essas questões para evitar comparações desnecessárias, que muitas vezes são fruto de ansiedade e angústia.