Crianças completam a frase ‘se eu fosse mágico…’

Uma pergunta, muitas respostas: Lunetas convida crianças de várias idades para criar um mundo fantástico

Fernanda Martinez Publicado em 10.10.2025
Imagem mostra diversas crianças em um mosaico.

Resumo

Lunetas perguntou a crianças o que fariam se fossem mágicas. As respostas revelam um mundo com plantas que renascem, lasanhas infinitas e cura para as doenças. A reportagem mostra como a imaginação infantil, inspirada por Gianni Rodari, mistura fantasia e realidade.

Na infância, tudo pode acontecer e basta uma pergunta para surgirem universos inteiros. A imaginação não tem limites: ela cura feridas, ressuscita plantas, faz surgir lasanhas infinitas e até acaba com as doenças do mundo todo. Foi esse poder criativo que apareceu quando Lunetas perguntou para crianças de várias idades o que elas fariam se fossem mágicas.

Gianni Rodari lembra, em “Gramática da fantasia”, que imaginar pode começar com uma pergunta: “e se…?”. Ele escreve: “não se trata de ser nonsense. Estamos usando a fantasia para estabelecer uma relação ativa com a realidade”. Isso serve para crianças e também para adultos.

Jornalista, professor e escritor de livros infantojuvenis, o italiano Gianni Rodari é conhecido como o pai da fantasia. Suas histórias irreverentes encorajam as crianças a questionarem a autoridade e a pensarem por si mesmas. Em “Gramática da fantasia”, a partir de sua experiência como professor e de seu convívio com crianças, Rodari analisa variadas técnicas de invenção e sugere instrumentos para quem acredita e valoriza a criatividade infantil.

‘Se você fosse mágico, que mágica faria?’

Perguntamos a crianças de três a 11 anos: se a varinha estivesse na sua mão, que mágica você faria? As respostas vieram ligeiras e brilhantes: curar dodói, acordar plantinha, teletransportar até a casa da avó, construir trepa-trepa de gelo, acabar com a fome e com as doenças. A seguir, um passeio por esse mapa de desejos que começa no bolso do casaco e termina do tamanho do mundo.

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“Ressuscitaria as plantas mortas.”

Isabelle – 10 anos

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“Faria aparecer um coelho de verdade pra dar chocolate pra todo mundo.”

Vicente – 3 anos

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“Faria com que todos pudessem voar.”

Samuel – 10 anos

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“Faria que todas as pessoas parassem de morrer, assim ninguém sofreria mais.”

Rebeca – 8 anos

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“Pediria lasanha infinita pra comer toda vez que me desse vontade.”

Gabriela – 6 anos

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“Me teletransportaria para a casa da vovó.”

Helena – 10 anos

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“Teria uma mão mágica para fazer curativo e curar todas as feridas.”

Mariana – 5 anos

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“Teria o poder do gelo para construir um trepa-trepa.”

Laura – 5 anos

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“Acabaria com toda a fome do mundo.”

Maria Eduarda – 11 anos 

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“Viraria uma estrela.”

Cecília – 5 anos

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“Tentaria voar.”

Mariana – 8 anos

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“Acabaria com todas as doenças do mundo.”

Vívian Vitória – 10 anos

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“Tiraria moedinhas de trás do ouvido.”

Chloe – 6 anos

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“Eu realizaria o sonho de todas as pessoas.”

Luísa – 8 anos

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“Faria presentes para as crianças do bem.”

Anna – 9 anos

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“Faria aparecer dinheiro infinito.”

Francisco – 8 anos

E se a mágica acontecesse em casa?

Quando a gente escuta e provoca a imaginação, a criança treina solução de problemas, empatia e linguagem — e faz tudo isso brincando.

Em casa, dá para continuar a mágica: escolha um objeto-varinha, faça a rodada do “e se…?”, desenhe a cena, invente um “experimento” (um curativo de faz de conta, uma lasanha de papel, um trepa-trepa de almofadas) e converse sobre quem essa mágica ajudaria. Toda vez que um adulto entra na brincadeira, a imaginação ganha fôlego — e o mundo, mais cuidado.

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