Famoso coqueiro alagoano que caiu devido ao avanço do mar é referenciado em música do grupo, que faz gerações de crianças dançarem e cantarem
Em “Gogó da Ema”, o ritmo de baianá e da percussão corporal do Barbatuques embala as próximas cantorias das crianças em casa.
Em Maceió (AL), um coqueiro em formato de “S” chamado “Gogó da Ema” serviu como referência para jangadeiros e pescadores que voltavam do mar por décadas – além de ser um cartão postal famoso da cidade. O coqueiro caiu devido ao avanço do mar, mas é eternizado nos versos de “Gogó da Ema”, primeiro lançamento do grupo Barbatuques em 2022.
Assim como o sucesso “Baianá”, “Gogó” também é uma releitura de “Boa tarde, povo”, da compositora alagoana Maria do Carmo Barbosa. Renato Epstein, músico que assina a autoria da versão, conta, em nota, que o processo de criação buscou envolver “uma nova textura musical para a versão original, que envolvesse mais harmonias e vozes, com a percussão em outro andamento, mantendo o ritmo do baianá mas transpondo seus tambores para o corpo”, reafirmando o trabalho do Barbatuques de usar o corpo como o principal instrumento musical.
“Com areia, tijolo, pedra e cal
Vou gastar todo dinheiro
Eu vou chamar o pedreiro
Para no gogó trabaiá”
Quem é fã do grupo, pode esperar mais novidades para encantar as crianças ainda este ano: “Gogó da Ema” é o primeiro lançamento de uma série de sete músicas previstas para 2022. As próximas canções são “Natureza” (lançamento em 6 de maio, com participação de Russo Passapusso); “Clariô” (lançamento em 3 de junho, com participação do grupo Clarianas); “Na roda do mundo” (lançamento em 15 de julho); “Eu vou cantar” (lançamento em 19 de agosto); “Rosa de fogo” (lançamento em 23 de setembro); e “Entre amigos” (lançamento em 21 de outubro, com participação de Lenine).
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Você sabe o que é baianá?
O baianá (também conhecido como samba-de-matuto em alguns locais do Brasil) é um ritmo caracterizado pelo uso de instrumentos como bombo, ganzá e zabumba. É uma modificação dos maracatus, na qual há uma dança-cortejo sem enredo com mestra, contramestra e porta-bandeira, fazendo passos guiados pelo apito de quem canta.