Uso de máscaras por bebês é contraindicado pela Anvisa por riscos de sufocamento e por manuseio errado que pode levar à contaminação por Covid-19
O uso de máscaras é recomendado para crianças como barreira física à contaminação pelo novo coronavírus, exceto para as menores de dois anos de idade, alerta a Anvisa.
O uso de máscaras de proteção facial como forma de prevenção à Covid-19 passou a ser obrigatório em locais públicos e estabelecimentos comerciais essenciais em muitos Estados brasileiros. Embora a cobertura impeça a transmissão do vírus por pessoas contaminadas assintomáticas, como costumam ser as crianças, a Anvisa publicou o comunicado “Orientações Gerais – Máscaras faciais de uso não profissional” alertando que o acessório é contraindicado para “crianças menores de 2 anos, em pessoas com problemas respiratórios ou inconscientes, incapacitadas ou incapazes de remover a máscara sem assistência”.
Além da dificuldade em manusear o equipamento de proteção individual (EPI) de forma a evitar uma possível contaminação pelo vírus, a restrição para bebês abaixo desta faixa etária também se justifica porque o tecido da máscara poderia causar perda de ar e ampliar os riscos de sufocamento. Como ainda não conseguiriam avisar os pais em caso de emergência nem tirar a máscara sozinhos, o uso está contraindicado para os pequenos.
Outras questões levantadas se referem ao tamanho das máscaras que não se ajustam corretamente ao rosto da criança, perdendo sua eficácia; à tendência da criança em tocar na máscara, levando-a a se contaminar por outros orifícios; ao fato de crianças babarem, salivarem e terem o nariz escorrendo com frequência, inviabilizando as máscaras, que não podem estar molhadas; e, ainda, o incômodo causado pelo acessório, o que pode irritar as crianças.
Para proteger crianças menores de dois anos caso elas precisem sair de casa para acompanhar os pais em saídas básicas, como idas ao supermercado, ou em saídas emergenciais, como uma consulta ou internação hospitalar, há a opção de mantê-las no carrinho, que costuma vir equipado com a cobertura contra sol e chuva, ou ainda cobrir o rosto, principalmente o nariz e a boca, com uma toalha limpa, por exemplo.
Segundo o Ministério da Saúde, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa:
Vale lembrar: a medida mais efetiva para o controle do novo coronavírus ainda é o isolamento social.
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