Minuto Lunetas com Renata Cardinali: a imaginação das crianças

No episódio de estreia, especialista sugere diversidade de materiais e criação de hipóteses para que as crianças possam inventar o que ainda não foi vivido

Fernanda Martinez Publicado em 03.10.2025
Duas crianças brincam de super-heróis. À esquerda, uma menina veste capa e máscara laranja, camiseta branca e uma saia de tule verde. Ela está levantando o braço em pose de voo. À direita, um menino usa capa azul e camiseta vermelha. Ele ergue o braço, tampando seu rosto, como se estivesse lutando.
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Resumo

No Minuto Lunetas, Renata Cardinali, direcionadora familiar, mestra em educação e escritora, responde à pergunta “como estimular a imaginação das crianças?”

Se toda criança é um “por quê” ambulante, os adultos merecem boas pistas sobre o que responder. Enquanto perguntas pipocam na sala de casa, na escola e no ônibus, o Lunetas estreia o Minuto Lunetas — um quadro curtinho em vídeo em que especialistas respondem, com afeto e objetividade, às questões que rondam a infância. Todo mês, uma pergunta-chave, várias perspectivas e um convite a olhar o mundo de novo.

A primeira pergunta do Minuto Lunetas é simples e gigante: como estimular a imaginação das crianças?

Quem nos ajuda a abrir essa porta é Renata Cardinali, direcionadora familiar, mestra em educação e escritora. Ao longo das semanas, especialistas de diversas áreas trazem uma resposta — do seu jeito, a partir do seu lugar. Lavínia Rocha, escritora e professora, é a próxima.

Imaginar o que (ainda) não existe

Começamos, então, com Renata Cardinali, direcionadora familiar, mestra em educação e escritora. Veja a resposta completa no vídeo acima.

De acordo com Renata, a imaginação é a ausência. Ausência no sentido de um universo que guarda múltiplas possibilidades de criar algo que ainda não existe. Dessa forma, quanto mais materiais a que as crianças tiverem acesso, mais oportunidades de criação e de elaboração elas terão.

Isso porque elas poderão experimentar combinações de “peso, tamanho, intensidade, formas, cores”. Ou seja, fazer testes livremente. Do mesmo modo, “quanto mais brincam de ‘e se…’, mais chances criam para hipóteses e possibilidades. É o famoso, ‘o que é que poderia vir a ser?’”, explica.

Entre tijolos e cimentos e o ‘fora da casinha’

Para estimular a imaginação, Renata sugere dois caminhos:

  • No plano do concreto, pensar no que é possível ser manipulado e oferecer ferramentas que garantam alternativas de criação, como massinha, argila, materiais recicláveis, pedras e plantas, por exemplo;
  • No plano das ideias, usar o que pode parecer “fora da casinha” para possibilitar que a criança crie aquilo que ainda não foi criado, viva o que ainda não foi vivido.

Assim, Renata afirma que “a imaginação há de se fortalecer e, com o tempo, aquele repertório pode vir a ser uma possibilidade de criar mais coisas novas.” A imaginação é um ciclo sem fim. Quanto mais a gente a alimenta, maior ela fica.

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