Disponíveis na plataforma Videocamp, filmes ajudam os adultos a se informarem sobre o tema e podem auxiliar na conversa com os pequenos
Da Amazônia às hortas urbanas, uma lista com 5 filmes para conversar sobre crise climática com as crianças.
Apesar da emergência que a crise climática exige, não é incomum ver o tema sendo tratado com menos importância do que o esperado. Uma postura relativista gera muitos danos a longo prazo: considerando que as crianças de hoje irão crescer com as consequências de atitudes tomadas no nosso passado e presente, é essencial que os adultos se informem sobre o assunto e as orientem para que suas dúvidas sejam respondidas e caminhos possam ser apontados.
Para auxiliar na missão de guiar as crianças neste “novo mundo”, o Videocamp liberou cinco filmes sobre o assunto. As obras têm classificação livre, mas é necessário que pais, educadores ou responsáveis tenham mais de 18 anos para cadastrar e/ou logar na plataforma para acessá-las.
Com produção do Conselho Ribeirinho e Rede Xingu +, “Volta Grande” conta a história da violenta remoção de 300 famílias ribeirinhas para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, até sua organização e a conquista do direito ao retorno para as margens do rio Xingu.
Em uma Amazônia onde a pecuária se tornou bandeira econômica e cultural, uma porção equivalente ao tamanho da França desapareceu desde 1970, onde 66% virou pastagem. Hoje, com 85 milhões de cabeças de gado ocupando o território amazônico, o documentário convida o público a adentrar na questão da floresta, considerando que, em 2009, o Ministério Público obrigou os grandes frigoríficos a monitorarem o desmatamento nas fazendas de onde compram gado.
A menina Manga está muito brava porque os meninos da escola não a deixam jogar bola. Mytikah aparece e os leva para conhecer a indígena Clara Camarão, uma criança que gosta de explorar a floresta e defende os irmãos dos perigos. Mais velha, Clara não se conforma em não poder lutar com os homens e monta seu próprio exército de mulheres com a ajuda das crianças.
O filme aponta caminhos para a missão desafiadora de enxergar a Amazônia em suas diversas camadas (social, política e econômica). As possibilidades são discutidas por empresários, políticos, ambientalistas, economistas e populações indígenas e ribeirinhas – estes últimos os guardiões de modelos milenares de exploração da floresta sem impactos ambientais, herdeiros da generosidade da natureza, mas excluídos das estatísticas e políticas públicas básicas.
O filme mostra a história de Natanael, que mora em São Paulo há oito anos e tem um estilo de vida voltado ao trabalho. Sua irmã Nazaré, residente na Bahia, vive uma relação saudável com as pessoas, a natureza e a alimentação. Visitando a cidade nova do irmão pela primeira vez, aos poucos, quando seu axé é somado ao cultivo de alimentos, uma transformação germina a vida do irmão e do prédio onde ele vive.
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