Observar o céu com as crianças pode ser um baita exercício de imaginação. Juntos, dá para criar teorias, instigar as pesquisas sobre as estrelas e os planetas, e fazer da contemplação um momento de compartilhar histórias. No filme “O Rei Leão”, enquanto caminham pela savana ao anoitecer, Simba pergunta ao pai se sempre serão amigos. Mufasa pede para o filhote olhar as estrelas e diz: “Os grandes reis do passado olham por nós lá das estrelas. Sempre que se sentir sozinho, é só se lembrar que aqueles reis sempre estarão lá para guiá-lo. E eu também”. A cena é um exemplo de como criar memórias afetivas com as crianças a partir do simples olhar para o céu.

O professor de física e mestre em Educação Científica e Tecnológica, Maércio Suman, passou a infância fascinado pelas estrelas. Foi o estímulo de uma revista sobre astronomia que despertou a curiosidade de querer saber mais sobre o que acontece lá no alto. “Nas férias da escola, quando passava alguns dias na casa da minha madrinha, que mora no interior, era mais legal observar o céu, pois não tinha a poluição luminosa da cidade”, lembra.

Portanto, levar essa paixão para a sala de aula fez Suman perceber como é importante incentivar as crianças desde pequenas a observarem o céu e os astros. “A astronomia deveria estar mais presente nos anos iniciais de ensino. Isso porque é nessa fase que o fascínio por essa ciência é mais aguçado. Elas olham para o céu, apontam as estrelas, observam a lua cheia”, explica. E esse é só o início! O professor lembra que a partir do primeiro contato, as crianças querem saber mais sobre cada um dos astros e planetas. Cabe, portanto, à família estimular o conhecimento e compartilhar bons momentos olhando para o céu.

Para ir além do “brilha, brilha estrelinha”

Pode ser difícil para quem tem a rotina corrida, mas abrir a janela do quarto antes de dormir já é o primeiro passo para começar o assunto com as crianças. Além disso, filmes, livros e passeios noturnos também entram na lista de como estimular o interesse pela astronomia.

Mais do que conhecimento, essas atividades dizem muito sobre ter um tempo de qualidade com as crianças. Fora do horário de trabalho, Suman é pai de Maitê, de 1 ano e 4 meses. É com ela que ele passou a contemplar o céu, agora com outro olhar. O momento acontece sempre quando estão sentados na varanda ou no quintal de casa. “Gostamos de acompanhar o nascer da lua cheia porque ela é linda vista da nossa varanda. Isso se tornou um programa em família”, conta.

A conexão com a filha e a contemplação do céu renderam ao professor um ebook em que a própria Maitê virou personagem para contar às crianças algumas curiosidades sobre o satélite natural da Terra. “Maitê no mundo da Lua” foi feito com carinho e com inspiração real. Para baixar uma cópia, basta preencher este cadastro.

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