Como promover uma alimentação saudável nas escolas?

Ao modificar o olhar sobre a nutrição, formação incentiva práticas alimentares mais adequadas e saudáveis para as crianças

Camilla Hoshino Publicado em 26.05.2022
Uma menina negra está sentada à mesa olhando para a comida em seu potinho entre as mãos.
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Resumo

Uma alimentação verdadeiramente saudável exige que os nutrientes sejam entendidos de forma contextualizada, alcançando as práticas do ambiente escolar. Organizações criaram um curso gratuito para professores sobre como alinhar o currículo a esse debate. Confira!

Entre os espaços de convivência na infância, a escola costuma ser um dos que mais preenche o dia a dia das crianças. Ali, elas estabelecem relações, brincam, se alimentam e constroem valores e consciência sobre suas experiências cotidianas. Da sala de aula à mesa do refeitório, todos os ambientes produzem impacto no desenvolvimento dos pequenos, sendo a comida um fator central. Promover alimentação saudável nas escolas e entendê-la como ferramenta pedagógica transversal ao currículo é uma tarefa urgente para alcançar um acesso à educação alinhado à promoção dos direitos da criança. 

Pensando nesse contexto, a organização ACT Promoção da Saúde, em parceria com o projeto de jornalismo O Joio e O Trigo, especializado na investigação sobre alimentação e doenças crônicas, está oferecendo um curso on-line e gratuito para professores do ensino fundamental e médio, com o tema “Do nutricionismo à comida de verdade: o papel da escola na promoção da alimentação adequada e saudável”. A formação busca contestar leituras isoladas sobre nutrientes considerados essenciais para o ser humano, mas que podem favorecer hábitos alimentares não saudáveis se forem consumidos de modo descontextualizado. 

O curso, que terá carga horária de 30 horas, com atividades assíncronas e três encontros on-line ao vivo, é destinado aos profissionais da rede pública e privada. Além de abordar o que significa “comida de verdade”, professores e palestrantes analisam como alinhar o tema da nutrição aos componentes curriculares da educação básica, oferecendo dicas e sugestões para promover esse debate entre a comunidade escolar. 

É recomendável evitar o consumo de alimentos ultraprocessados no dia a dia das escolas, como bebidas açucaradas, embutidos, biscoitos recheados e salgadinhos. Além de “escravizar” o paladar da criança, de acordo com o Guia alimentar para a população brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde, o consumo de ultraprocessados impacta a cultura, a vida social e o meio ambiente.  

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