Agravamento de casos de covid-19 entre crianças está em queda

Sociedade Brasileira de Pediatria avalia que taxa de hospitalização e letalidade da doença em crianças e jovens está caindo desde o primeiro trimestre do ano

Da redação Publicado em 19.03.2021
Um menino de cabelos louros, com máscara, e camiseta listrada colorida
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Resumo

Levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria mostra que a taxa de hospitalizações e letalidade da covid-19 entre crianças e jovens, de zero a 19 anos, está em queda desde o primeiro trimestre deste ano e é menor em comparação a 2020.

Uma análise realizada pelos Departamentos Científicos de Imunizações e de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) demonstra que a taxa de hospitalizações e letalidade de crianças e jovens por covid-19 está em queda desde o primeiro trimestre de 2021, apesar do aumento da transmissão do vírus e do 21º dia seguido de recorde de mortes pela doença no Brasil.

O mapeamento considerou os dados oficiais do Ministério da Saúde sobre contágio e o comportamento da doença no grupo de zero a 19 anos de idade. Segundo o levantamento, observou-se uma menor proporção de hospitalizações e de mortes entre pacientes dessa faixa etária em comparação ao ano passado. A taxa de letalidade em crianças e adolescentes hospitalizados por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionada à covid-19 foi de 8,2% em 2020, caindo para 5,8% em 2021. A tendência de redução da letalidade também foi uniforme nos diferentes estratos de idade. 

O estudo parte da premissa observada durante a pandemia de  que crianças e adolescentes apresentaram formas clínicas leves ou assintomáticas, assim como número reduzido de casos graves após contágio, para avaliar se há maior risco nesse momento, em que mutações do vírus foram identificadas.

Assinado pelos médicos pediatras Marco Aurélio Sáfadi, presidente do DC de Infectologia, e Renato de Ávila Kfouri, do DC de Imunizações, o levantamento traz esclarecimentos relevantes para a classe médica e a sociedade em geral, no momento em que o aumento da transmissão da doença causa maior preocupação no país.

“Os dados nos dão alento, mostrando que o impacto sobre esse público está caindo. Isso reforça nosso apelo e orientação às famílias e ao poder público para que mantenham o rigor nas medidas de prevenção, de forma a proteger a todos”, destaca, em nota, Marco Sáfadi.

O imunologista Renato Kfouri também alerta sobre a importância de continuar orientando as famílias, crianças e jovens sobre a prevenção contra a doença e oferecer aos pacientes o melhor tratamento. “Também para esse público é essencial manter o distanciamento social, fazer a higienização frequente das mãos e usar máscara, de acordo com a idade.”

Leia o documento na íntegra. 

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