O visitante da exposição será convidado a percorrer sensorialmente os acalantos coletados pela pesquisadora ao longo do trabalho de Lydia Hortélio
Quem se interessa pelo tema primeira infância, certamente tem como uma das principais referências o nome de Lydia Hortélio. A pesquisadora dedicou grande parte da sua trajetória profissional a estudar os acalantos, as brincadeiras e os jogos que fazem parte das primeiras referências de afeto e segurança emocional da criança. A boa notícia é que o Itaú Cultural, em parceria com o Instituto Alana, inaugura, no dia 20 de julho (sábado), às 11h, a Ocupação Lydia Hortélio.
A exposição-instalação ficará em cartaz até o dia 8 de setembro, com entrada gratuita e atividades paralelas voltadas para professores e demais interessados no assunto. A classificação etária é livre, com uma parte da programação dedicada às crianças (veja abaixo).
“Dificilmente, um adulto sairá de lá sem relembrar ou resgatar sua criança interior e os ‘pequenos’ também não ficarão indiferentes a este espaço”, diz a descrição da Ocupação
A equipe do Itaú Cultural, formada pelos núcleos de Música e de Memória e Pesquisa, assina esta curadoria ao lado de Gandhy Piorski e Adelsin Murta. Além de artista plástico e teólogo, Piorski é pesquisador nas áreas de cultura e produção simbólica, antropologia do imaginário e filosofias da imaginação. O visitante da exposição será convidado a percorrer sensorialmente os acalantos coletados pela pesquisadora ao longo do trabalho de Lydia Hortélio.
Lydia defende a cultura da criança e a liberdade conquistada pelo ser humano, pequeno ou grande, que brinca e entoa cantigas. Com esse espírito, ela construiu a sua obra no mundo da educação, pesquisa e música étnica, como se vê na Ocupação em sua homenagem. O maior interesse da pesquisa de Lydia é o mundo dos bebês e das crianças em desenvolvimento. O que ela busca é compreender como os brinquedos e as brincadeiras interferem na formação da identidade de um sujeito, da primeira infância até a vida adulta.
Para Lydia, brincar e ouvir ou cantarolar as músicas do brincar são a origem da formação da identidade das pessoas e, em consequência, da cultura nacional
A programação que acompanha a Ocupação Lydia Hortélio se antecipa à abertura da exposição e traz no dia 18, quinta-feira, às 20h, a apresentação de Elisa Goritzki em Alma Brasileira, toda calcada no Choro. No dia seguinte, sexta-feira, 19, no mesmo horário, é a vez do cantor, compositor e violeiro Pereira da Viola, cuja música é permeada pela ampla leitura da riqueza poética, melódica e da diversidade rítmica da música de raiz e da cultura popular.
No sábado, dia 20, às 14h, logo após a abertura da exposição é realizada a Narração de Histórias e Ilustrações com Stela Barbieri e Fernando Vilela. Ela narra contos da tradição oral de vários povos e alguns de autoria própria. Ele a acompanha desenhando as histórias narradas em um grande painel.
Na noite desse mesmo dia, Regina Machado se apresenta às 20h em Régua e Compasso. Histórias para bela Lydia, e entoa contos e cantos de tradição oral. Encerrando a série musical ligada à exposição, às 17h do domingo tem a performance Si Colomi construída a partir do diálogo entre brincadeiras da tradição brasileira, música e dança (veja mais informações sobre esta programação no release anexo).
Um dia de debates, também está programado em sinergia com a mostra. Na terça-feira, 23 de julho, às 10h e às 18h30, será realizado Cultura da Criança – Significados e Importância, que trata da educação, as relações construídas no brincar, a música para as crianças, o movimento do corpo, os desafios para um desenvolvimento autônomo nesse período da vida e o valor do contato com a natureza. Os participantes do debate são a própria Lydia, os curadores Piorski e Adelsin, a pesquisadora, cantora e brincante Lucilene Silva e a pedagoga, sócia fundadora da Escola Experimental Vera Cruz, Maria Amélia Pereira, a Peo.
O tradicional espaço dedicado às crianças todos os finais de semana no Itaú Cultural, o Cantinho da Leitura e Feirinha de Troca, oferece toda a sua programação até setembro em sinergia com a obra de Lydia – as contações de histórias e as obras destinadas à troca, permeiam o universo de pesquisa da homenageada.
Em agosto e até o 1º de setembro, o Núcleo de Educação e Relacionamento, faz a Gincana: Amarelinhas, que, inspirada na pesquisa de Lydia Hortélio, será realizada todos os domingos em frente ao instituto, às 14h. Essa brincadeira auxilia no desenvolvimento cognitivo, equilíbrio e coordenação motora. Além de promover a integração entre as crianças, auxilia no desenvolvimento da competitividade sadia.
Para os sábados, estão programadas duas oficinas: Crie seu Brinquedo, atividade em que, acompanhadas da equipe do Educativo, as crianças criarão os itens necessários para a brincadeira das cinco pedrinhas. A outra é Crie seu Brinquedo, em que os pequenos criarão seus próprios barquinhos, que depois apostarão corrida.
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