Unicef lança material de prevenção às violências contra crianças

Cartilha é voltada para que profissionais de educação tenham preparo na hora de acolher crianças vítimas de violências, dentro e fora do ambiente escolar

Da redação Publicado em 27.07.2022
Uma menina negra está sentada no chão, com as pernas cruzadas e segurando a cabeça com as mãos. Atrás dela há armários na cor cinza.
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Resumo

Na cartilha “Comunidade escolar na prevenção e resposta às violências contra crianças e adolescentes”, educadores e outros profissionais da educação recebem orientações para acolher e informar crianças vítimas de violência, dentro e fora da escola.

Muitas vezes é na escola onde as violências contra crianças e adolescentes são percebidas, sendo o ambiente escolar um dos lugares que oferece proteção e informação para os pequenos antes, durante e após o episódio traumático. Mas quando a escola também reproduz violências, se faz necessária a educação voltada não apenas aos estudantes, mas também aos professores, coordenadores pedagógicos, orientadores e demais profissionais que constroem o ambiente escolar – episódios de bullying, violência psicológica e outros tipos de abuso podem acontecer dentro da sala de aula. Na cartilha “Comunidade escolar na prevenção e resposta às violências contra crianças e adolescentes”, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apresenta dicas, orientações e planos de aula sobre violência, educação e as formas de intersecção entre os dois temas.

Cuidando de quem cuida

O primeiro convite que a publicação realiza é um chamado para o autocuidado: lidar com casos de violência é algo delicado e pode gerar gatilhos. O material reforça que, por ser voltado à comunidade escolar, a noção de autocuidado deve ser estendida para o nível comunitário – como a comunidade escolar pode se apoiar e se fortalecer? As primeiras dicas foram elaboradas a partir do guia “Fortalecimento psicossocial da comunidade escolar”, também do Unicef. Entre elas, estão:

  • Criar grupos de apoio entre educadores(as) e demais profissionais da comunidade escolar.
  • Estimular a implementação entre as equipes das mesmas propostas planejadas com e para os(as) estudantes.
  • Conversar sobre os conteúdos estudados na publicação.
  • Oferecer escuta e apoio – o isolamento social impactou cada pessoa de maneiras diferentes.
  • Disseminar informações sobre canais de apoio especializados, como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Após as instruções e sugestões voltadas ao autocuidado, o material se divide em cinco módulos:

  • Violência contra crianças e adolescentes: do que estamos falando?
  • Como a violência contra crianças e adolescentes se expressa no dia a dia das escolas?
  • Como agir diante da violência?
  • Como prevenir a violência por meio de práticas educativas?
  • Como construir um trabalho intersetorial por uma educação que protege? 
  • Curto, médio e longo prazo: após a finalização do curso, é esperado que os educadores estejam preparados, informados e capacitados para enfrentarem a violência e identificarem as diferentes formas que ela se manifesta.

“Viver uma vida livre de violências é um direito de toda menina e todo menino”

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