O que fazer com as crianças quando o único recurso disponível é a criatividade?
Viagens, filas ou salas de espera: há momentos em que a criatividade é o único recurso disponível para entreter as crianças. Separamos nove brincadeiras muito simples, mas que costumam envolver os pequenos por bastante tempo.
Você se vê com os filhos no meio de uma longa fila de banco, na sala de espera do dentista ou em mais uma viagem de carro diante da clássica pergunta: “Já ‘tamo’ chegando?” Não tem bola, nem corda, lego ou qualquer recurso que dê conta de entreter as crianças – e mantê-las longe das telas! Nesses casos, é preciso vasculhar a memória dos tempos em que nós mesmos nos encontrávamos nessas situações e lançar mão da criatividade. O Lunetas separou nove brincadeiras simples para fazer durante a espera, mas que envolvem as crianças e, muitas vezes, se encerram por falta de tempo, e não de vontade!
Qualquer ambiente é uma fonte de “caça-alguma coisa”. Seja andando na rua, olhando pela janela do carro ou mesmo em uma sala de consultório: a ideia é encontrar uma determinada letra, palavra ou objeto. Quando as crianças estão em fase de alfabetização, essa é uma brincadeira que pode ajudá-las a reconhecer o alfabeto, buscando frases ou coisas que iniciem ou contenham determinadas letras. Outra opção é escolher um objeto escondido no ambiente e descrevê-lo com a maior quantidade de detalhes possível, iniciando com os mais gerais (ou abstratos) e passando para os mais específicos até que a criança o encontre.
Quem já viajou horas de carro provavelmente conhece bem essa brincadeira. Ela funciona com duas ou mais pessoas. Primeiro, alguém pensa em uma palavra, como “água”, por exemplo, e os outros devem encontrar e cantar uma música com a palavra mencionada. Quando achamos que nosso repertório de músicas é gigantesco e que será muito fácil ganhar as rodadas, somos surpreendidos pelas crianças. É bem possível que elas tentem nos enganar, inventem letras e melodias na hora, mas, afinal, tudo isso faz parte do jogo.
“Em uma noite de primavera, uma menina chamada Ângela encontrou um gatinho dentro de uma caixa de papelão…” A partir de então, os outros devem continuar a história inventada, oferecendo novos personagens, elementos e cenários para a narrativa. Essa brincadeira explora a fantasia das crianças, indispensável para qualquer idade. Experimente gravar e escutar posteriormente, vocês irão se divertir muito!
Um jogo de adivinhação que vai exigir imaginação e habilidade corporal. Quando se está em família e se joga com mais pessoas é possível formar dois times. Um time escolhe uma palavra e comunica a um dos participantes adversários. Este deve dar o melhor de si para interpretar a palavra e fazer com que seu parceiro desvende o segredo. Se for apenas você e seu filho, é possível que cada um escolha a imitação que desejar para desafiar o outro.
Como sempre sobra uma moedinha de troco da padaria, é possível que você possa resgatar essa clássica da infância. “Cara ou coroa”, sozinha, já é uma brincadeira de sorte, mas ela também pode servir como recurso para escolher quem vai iniciar a mímica, por exemplo, ou a contação de histórias.
Seguindo com a proposta de brincar com as palavras e a voz, essa vai testar a memória dos envolvidos. Alguém começa dizendo “fui à feira comprar banana”, por exemplo. A outra deve dar sequência às compras, sem deixar escapar o item anterior: “fui à feira comprar banana e abacate.” E assim sucessivamente até que alguém quebre a sequência e abra para uma nova rodada.
Nome, cidade ou país, comida, cor, animal, “minha sogra é”. O “Stop” tem suas categorias clássicas, mas não precisa de receita. Você pode substituir o papel e a caneta por raciocínio lógico e conhecimentos gerais. Basta sortear ou combinar uma letra para jogar e escolher a categoria combinada por vez. Se for, por exemplo, animal, cada um deverá falar um animal que inicia com essa letra até esgotar as possibilidades. E assim, passar sucessivamente às categorias e acumular pontos.
São muitas as brincadeiras que podem ser feitas com as mãos e aqui vamos recordar algumas delas. Além de não exigir nenhum recurso, elas também ajudam a desenvolver a coordenação. Adoleta, guerra de polegar ou jokenpo (pedra, papel ou tesoura) parecem ser as mais clássicas, mas também é possível inovar. Já criou músicas e usou o próprio corpo como instrumento? Essa é a proposta do grupo musical Barbatuques, acostumado a entreter os pequenos. Estalos de dedos ou lábios, palmas, batidas nos membros e outros sons: explore o corpo!
Ao contrário dos jogos que usam voz e movimentos mais livres, o jogo do sério – como o próprio nome sugere – é mais discreto. Basta estar de frente um para o outro e ficar olhando nos olhos sem alterar a fisionomia. Vence quem resiste por mais tempo. Aqui também é possível a variação para o “jogo do pisca”, mantendo os olhos abertos.
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