Que tal levar os seus pequeninos para ouvir discos inteiros de vinil e explorar toda a potência da musicalidade para o desenvolvimento do bebê?
Musicalidade e primeira infância têm tudo a ver, afinal, mesmo na barriga, o bebê é capaz de ouvir música e estabelecer com ela suas primeiras referências de acolhimento e relação segura com o mundo externo.
Pensando em favorecer e ampliar esse contato, o Sesc Avenida Paulista vai oferecer, até o dia 26 de abril, a atividade “Lado A, Lado Bebê”. A proposta é oferecer aos pequeninos a oportunidade de escutar álbums completos de vinil, com uma mediação cuidadosa que visa o estreitamento dos laços entre o bebê e a cultura, explorando as potências da música no desenvolvimento infantil.
A vivência é indicada para bebês e crianças, acompanhadas de seus responsáveis, e será conduzida por Anne Binder, que integra a equipe de educadores do setor Infantojuvenil do Sesc.
A participação é gratuita, e a classificação etária livre.
A psicóloga e especialista no assunto Silvia de Ambrosis Pinheiro Machado pesquisa a importância do acalanto para o afeto, a construção da identidade e o crescimento saudável do bebê. Para ela, a canção de acalanto tem a potência tanto de afugentar medos e angústias das crianças, quanto de tranquilizar a relação dos adultos com o mundo, criando assim um ciclo positivo de autocuidado e afeto com o outro.
“Mas por que cantar para um bebê se ele ainda não entende as palavras?”, muitas pessoas podem se perguntar. O mesmo se aplica à leitura para bebês ou mesmo a outras áreas culturais, como teatro da bebês, assuntos dos quais já falamos aqui no Lunetas. Para responder a essa questão, vale pensar no bebê como um sujeito em constante construção, e cada estímulo recebido funciona como um tijolo em sua estrutura de indivíduo. Compreender tal coisa passa por enxergar os bebês como sujeitos, e não como um “vir a ser”. Como disse Ailton Krenak em entrevista para o portal, a criança não vai ser, ela já é.
Clique aqui para ler a entrevista na íntegra.
Comunicar erro