5 benefícios do pré-natal para toda a família

O acompanhamento médico garante uma gravidez saudável para mãe e bebê, mas toda a rede apoio também pode se beneficiar e saber mais sobre esse período

Célia Fernanda Lima Publicado em 26.10.2023
Imagem para ilustrar a lista dos benefícios do pré-natal mostra uma mulher grávida, negra e de cabelos cacheados está deitada em uma consultório e sendo examinada por uma médica mulher negra, de cabelos grisalhos, vestindo jaleco.
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Resumo

O pré-natal é uma fase de cuidado com a saúde física e mental da gestante, além de acompanhar o desenvolvimento do bebê. Especialistas explicam os principais benefícios de estar em dia com consultas e exames, e ressaltam a oportunidade de estabelecer vínculos afetivos.

Antes do bebê nascer, a mãe passa por um período de exames, consultas e acompanhamento médico, o chamado “pré-natal”. Nessa fase, ginecologista e obstetra ressaltam a importância de seguir as orientações conforme cada caso, mas a gestante também pode passar por nutricionistas, endocrinologistas, clínicos e psicólogos. Portanto, é fundamental para a gravidez saudável e o conhecimento pessoal da mulher.

Apesar da cobertura nacional ser de mais de 90% nas cinco regiões, muitas mulheres ainda têm dificuldades em completar o ciclo antes do parto. O Ministério da Saúde recomenda, no mínimo, oito consultas e o acompanhamento antes da 12ª semana de gestação. De acordo com o Instituto Nascer, 46% das mulheres iniciam o pré-natal tardiamente.

Profissionais do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte (MG), uma das maiores maternidades do país, listaram ao Lunetas os principais benefícios do pré-natal. Eles envolvem não só a mãe e o bebê, mas toda a família e a rede de apoio em volta da gestação de uma nova vida.

Confira a lista:

1. Detecta doenças congênitas

Em meio a tantos exames, alguns fatores de risco podem ser identificados durante o pré-natal, bem como doenças como sífilis, rubéola, HIV e até cardiopatias que podem ser tratadas para evitar consequências ao bebê. Por isso, é necessário um acompanhamento contínuo e logo nas primeiras semanas de gestação. “Infecções ou condições clínicas ameaçadoras à saúde do feto ou da mulher podem aparecer”, explica a obstetra Krisley Almeida. “A ausência de tratamento pode levar a complicações e infecções congênitas preveníveis.” Com o diagnóstico precoce, as chances de um parto seguro aumentam.

2. Monitora a saúde da mãe

Neste período, a mulher tem a oportunidade de acessar uma assistência integral dos serviços de saúde. Desde os exames básicos de rotina, ginecológicos e mais específicos. Isso previne complicações, sobretudo a mortalidade materna. “O pré-natal possibilita o diagnóstico precoce e o controle de doenças ainda não diagnosticadas, além de reduzir os riscos para uma próxima gestação”, diz a obstetra.

Alguns lugares também oferecem assistência psicológica, já que, durante a gravidez, corpo e mente mudam, como explica a psicóloga do Hospital Sofia Feldman, Ana Maria dos Santos. “É comum a oscilação de humor e pensar que não vai dar conta. Por isso, é importante o preparo emocional na gravidez, pois tem como efeitos principais aliviar a ansiedade, superar dúvidas e temores.”

3. Acompanha o desenvolvimento do bebê desde o início

Além de ser interessante saber como o bebê se desenvolve a cada mês, perceber esse crescimento de perto é o principal benefício das consultas. Saber se está saudável ou se precisa de algum acompanhamento específico deixa os cuidadores mais tranquilos. Afinal, são muitas dúvidas e até medos. Mas, durante o pré-natal, a equipe médica explica como está o bebê e indica os próximos passos da gravidez. Por isso, não ter vergonha de perguntar e esclarecer tudo é importante.

4. Amplia a rede de apoio entre as mães

Puxar uma conversa na sala de espera, trocar dúvidas e dicas de “coisas de bebê” é uma boa oportunidade para formar uma rede de apoio entre as mães e demais familiares. Como geralmente as consultas são mensais, quem sabe as mesmas pessoas que estão naquela situação não se encontram sempre na mesma sala?

Outra alternativa é participar de grupos e eventos sobre gestação e parto. “Atividades desenvolvidas em grupos proporcionam encontros para orientações e trocas de experiências”, destaca a psicóloga.

5. Estreita laços familiares

Ter alguém do lado nas consultas para acompanhar e dividir a carga mental pode deixar a gestante mais segura e confiante durante o processo. “No momento em que as coisas estiverem mais atribuladas, essas pessoas podem fazer total diferença para o alívio emocional das mães”, diz Santos.

Por isso, além de compartilhar as obrigações e os preparativos para a chegada do bebê, é importante manter a convivência com familiares e amigos. “Ao compreender esses aspectos, a interação tende a se estabelecer com melhor acolhimento, empatia, respeito e qualidade de vida da mãe, do bebê e o fortalecimento dos vínculos afetivos.”

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