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Sinal de alerta: os impactos da pandemia à saúde mental infantil

Foto em preto e branco de uma mulher adulta e uma criança. Ambas estão de costas. A menina usa mochila e apoia a cabeça no braço da mulher

Depois de tantas ondas e novas variantes da covid-19, a pandemia trouxe prejuízos também para a saúde mental da população mundial, como previu a Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, desde o início do confinamento das famílias e da interdição à convivência comunitária, a saúde mental infantil tem sido afetada, ainda que os impactos atinjam de modos distintos as crianças em suas iniquidades econômicas e sociais.

Se a primeira infância é marcada por uma maior dependência (material e socioemocional) em relação aos cuidadores, e as condições de vida dos adultos é parâmetro e anteparo da saúde integral das crianças, as mudanças bruscas de rotina, a instabilidade de emprego e trabalho, a insegurança alimentar e de moradia, o aumento da violência doméstica, a falta de rede de apoio das famílias, principalmente as monoparentais com mães sozinhas, e a precariedade da garantia de direito à saúde pública, atingiram diretamente as crianças.

São duas grandes situações em que os impactos para a saúde mental são incalculáveis: a primeira vem dos impactos vivenciados no dia a dia da pandemia; a segunda diz respeito às crianças que precocemente se tornaram órfãs de pais ou avós.

  • 1. Impactos no dia a dia da pandemia
  • 2. Crianças que precocemente se tornaram órfãos de pais ou avós
  • Para que as crianças tenham atenção integral garantida e auxílio no que for necessário, é imperativo que se instaure uma política de enfrentamento aos prejuízos causados pela orfandade precoce, em seus aspectos de direitos humanos, sociais, monitoramento escolar específico e acompanhamento em saúde mental, sobretudo entre as crianças com deficiência e o impacto em seu desenvolvimento global.

    * Claudia Mascarenhas, psicanalista, diretora clínica do Instituto Viva Infância, que faz parte da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), e pós-doutoranda em Saúde Coletiva pela UFBA/ISC/FASA.
    ** Este texto é de exclusiva responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lunetas.

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