Saiba mais sobre o projeto de lei que apresenta medidas concretas para combater a adultização no ambiente digital
Responsabilizar as plataformas digitais é um passo importante para garantir que a lógica do lucro e da exploração não impeça crianças e adolescentes de vivenciarem o direito a uma infância plena.
Adultização. Desde o fim da semana passada, essa palavra não sai da boca de mães e pais de crianças brasileiras. A conversa se amplificou com a publicação do vídeo que trazia o termo como título, no qual o influenciador Felca denunciava a rede de exploração de crianças na internet.
A adultização precoce acelera o tempo e subtrai fases importantes no processo de desenvolvimento. Isso acontece, por exemplo, ao estimular comportamentos, expor crianças e adolescentes a conteúdos inapropriados ou tratá-los como adultos antes da hora.
Portanto, plataformas digitais e empresas que lucram com a exposição da imagem de crianças ao permitir, impulsionar e monetizar esse tipo de conteúdo precisam ser responsabilizadas.
Além disso, o objetivo é criar uma legislação que garanta a segurança digital. Em discussão na Câmara dos Deputados, a aprovação do PL 2628/22 pode representar um passo decisivo para responsabilizar plataformas e empresas. Dessa forma, pode garantir que a lógica do lucro não se sobreponha ao direito de ter tempo e espaço para que as crianças vivam como crianças.
O Brasil está entre os países com maior tempo de uso de telas. E o acesso à internet acontece cada vez mais cedo – 93% das crianças e dos adolescentes entre 9 e 17 anos já estão on-line. De acordo com um estudo da ChildFund, casos de captura, divulgação ou exposição não autorizada de imagens e vídeos de conteúdo sexual ocorrem 10 vezes por segundo no mundo.