Além de proporcionar alegria durante os espetáculos, o circo pode promover o desenvolvimento social, artístico e pedagógico de crianças em todo país
Projetos sociais promovem a arte circense como meio para o desenvolvimento artístico e pedagógico de crianças Brasil afora.
O circo não é apenas o lugar onde mora o lúdico, as risadas e o encanto. É também no picadeiro que palhaços, acrobatas, dançarinos, contorcionistas e mágicos podem despertar o desenvolvimento social, artístico e pedagógico de crianças e adolescentes e ainda estimular o exercício da cidadania. O Lunetas selecionou projetos sociais de diferentes partes do país que inspiram a infância a partir da arte circense.
A partir de uma demanda da população de incluir o ensino das artes circenses no currículo escolar, o poder público de Fortaleza instituiu, em 2012, a Escola Municipal de Circo. As atividades artísticas e pedagógicas são desenvolvidas no projeto Escola Pública de Circo, no complexo Vila das Artes, em Fortaleza. Lá, crianças e adolescentes matriculados em escolas públicas participam mensalmente de cursos livres e oficinas circenses de formação básica.
Projeto social que trabalha com 130 crianças de comunidades do Centro do Rio de Janeiro. Além do ensino das artes circenses, como acrobacias e brincadeiras, o projeto Circo Crescer e Viver desenvolve programas voltados à educação, meio ambiente e artes. Um deles é o Circo Social, que trabalha a metodologia da roda de ensino e conversa para estimular a criatividade e a disciplina das crianças. O objetivo é incorporar a arte do circo como ferramenta pedagógica na transformação da vida de crianças e adolescentes atendidos com o estímulo às habilidades sociais e artísticas.
Voltado para adolescentes com síndrome de Down, o projeto Circo Social propõe o desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas a partir das artes circenses. Oficinas de acrobacias e equilíbrio, dança contemporânea e malabares são algumas das atividades. O projeto, que já está na décima turma, é promovido por uma universidade particular de Macapá em parceria com a Cia Brincantes de Circo.
Leia também: ‘Brincadeira traz alegria, e alegria cura’, defende educador
O “menor circo do mundo” é como se define a trupe de palhaços do circo que abre uma pequena tenda, estende um tapete colorido e faz espetáculos “de surpresa” nas escolas públicas da zona rural de Uberlândia, Minas Gerais, que duram 45 minutos. A trupe do Circo Pititico começou os trabalhos com animações em hospitais e abrigos até chegar nas escolas da cidade. Além disso, as crianças mostram os resultados dos trabalhos de arte circense desenvolvidos durante as aulas de educação física.
Projeto independente com voluntários de várias áreas sociais que leva a arte circense e outras atividades para crianças das cidades de Rio Negro, no Paraná, e Mafra, em Santa Catarina. Com o lema “Pessoas transformam pessoas”, os voluntários do Circo Social realizam ações nas áreas da cultura, educação e esporte, como apresentação de palhaços e danças em escolas e creches públicas, práticas na escolinha de futebol, palestras em escolas com diversos temas sociais e pedagógicos, e arrecadação de alimentos e brinquedos para as crianças assistidas.
Leia mais
Comunicar erro
Você sabia?
O Dia do Circo, comemorado em 27 de março, foi criado em homenagem ao palhaço Piolin. Abelardo Silva, seu nome verdadeiro, era filho de artistas circenses e cresceu nesse mundo, inspirando gerações de palhaços e sendo reconhecido mais tarde internacionalmente por seu trabalho. Piolin ganhou destaque após a Semana de Arte Moderna, quando se juntou aos intelectuais da época, despertando os olhares para o circo como manifestação artística da tradição popular.