Hilan Diener tem 35 anos, mora em Brasília e é casado há dez com Luíza Diener. Juntos, eles têm três filhos e mantém o blog Potencial Gestante, especializado em informação para empoderar mães e pais. Lá o lema é : “ter filhos é divertido”.

Há poucos dias, um depoimento bastante pessoal de Hilan apareceu em muitas timelines nas redes sociais porque trata de um tema muito presente na vida das famílias e que precisa ser debatido.

Confira alguns trechos do depoimento 

Quando você se achar um paizão da p@#a ou um homão desconstruidão, PARE! pense melhor e baixe a bolinha porque ainda estamos longe.Outro dia li um texto no Quartinho da Dany que era mais ou menos assim: procura-se pai que: em rodinhas de amigos fale sobre a melhor fralda/ fique apreensivo com a introdução alimentar/ que sabe qual roupa ainda cabe na cria e qual roupa não cabe mais/ que se preocupa, com meses de antecedência, com a festinha de aniversário /que levante, depois de estar deitado, pra checar se tem uniforme limpo para amanhã/ e continua com mais uma dezena de situações. Estou muito longe de ser esse pai. Que vergonha!

O máximo de tempo que estive sozinho com os três foi no dia do aniversário da Luíza, onde ela viajou de manhã e só voltou no começo da noite. Mas eu estava na casa da mãe dela, não precisei preparar três refeições sozinho ao longo do dia, não precisei lavar louça nem roupa e minha sogra ainda me ajudou a dar banho nos pequenos no fim do dia. Enquanto Guadalupe estava naquele dorme-não-dorme e eu tentava acalmá-la no quarto, as crianças estavam lá, limpinhas, alimentadas, banhadas, com adultos na sala e eu com lupe no outro cômodo. Ela dormia e acordava. Luíza finalmente chegou, deu mamá e acalmou a ferinha. A vida voltou ao seu normal e mesmo assim no final do dia eu tava um bagaço. Imagina a Luíza, que passou anos vivendo essa rotina maluca com filhos, praticamente sozinha.

Ele ressalta a importância de os pais entenderem que, por mais igualitária que seja a divisão de tarefas em casa, o trabalho maior sobre a criação sempre recai sobre as mulheres. “Isso só começa de verdade quando nós – homens e pais – reconhecemos nossos privilégios e não temos medo de perdê-los – a favor de mais justiça e divisão de trabalho”, diz.

Hillan que há pouco tempo, deixou o emprego formal para se dedicar à produção de conteúdo no Potencial Gestante expõe que mudou suas expectativas quanto a trabalhar de casa: “A expectativa que eu tinha de quando pedi demissão seria de que eu teria muito mais tempo para trabalhar e fazer outras coisas. Quanta inocência!

“Eu não faço a menor ideia de como é ficar sozinho com três e nem vou saber na mesma proporção que a Luiza sabe. Tenho apenas alguns vislumbres”

Leia o texto de Hilan sobre paternidade ativa na íntegra.