Minuto Lunetas com Ediane Ribeiro: representatividade na infância

No mês da Consciência Negra, quadro reflete sobre o poder de se ver e ser visto. Psicóloga comenta a importância de ter pessoas negras como referência

Fernanda Martinez Publicado em 19.11.2025
Imagem mostra Ediane Ribeiro, uma mulher negra, sorrindo e com os braços levantados em uma pose descontraída. Ela tem cabelos cacheados volumosos e veste uma blusa sem mangas em tom pêssego. Ela posa em um fundo escuro. Foto para falar sobre representatividade na infância.

Resumo

No Minuto Lunetas, a psicóloga Ediane Ribeiro fala sobre o impacto da representatividade no desenvolvimento das crianças e a importância de construir novas narrativas com afeto e diversidade.

Olhar o mundo e se reconhecer nele é um direito da infância. Marcada pela construção da identidade, essa fase é repleta de espelhos, que podem refletir e inspirar. Em novembro, mês da Consciência Negra, o Minuto Lunetas convida a pensar sobre a potência da representatividade.

O quadro reúne vozes diversas para responder, com afeto e escuta, perguntas que atravessam a vida de crianças e adolescentes. Desta vez, a questão é: qual a importância da representatividade?

Quem inicia a conversa é Ediane Ribeiro, psicóloga, escritora e comunicadora. Ela reflete sobre o poder de se ver e de ser visto desde cedo — com dignidade, beleza e pertencimento. Veja a resposta completa no vídeo acima.

Construindo narrativas

Para Ediane, a representatividade é fundamental porque afeta o desenvolvimento de forma integral. Quando uma criança cresce acreditando que as suas características a tornam um erro ou sem ver pessoas parecidas com ela associadas à beleza, ao sucesso ou à realização de sonhos, os impactos vão muito além da autoestima.

“A falta de referências positivas afeta também o senso de segurança para explorar o mundo, o processo de aprendizagem e os desenvolvimentos cognitivo, emocional e relacional”, afirma. “Representatividade é sobre construir novas narrativas e garantir que essas histórias existam, circulem e inspirem.”

Para isso, ela defende que o reconhecimento não seja apenas um dado numérico. “É preciso ver pessoas negras em relações de respeito, afetividade e segurança.”

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