No mês da Consciência Negra, quadro reflete sobre o poder de se ver e ser visto. Psicóloga comenta a importância de ter pessoas negras como referência
No Minuto Lunetas, a psicóloga Ediane Ribeiro fala sobre o impacto da representatividade no desenvolvimento das crianças e a importância de construir novas narrativas com afeto e diversidade.
Olhar o mundo e se reconhecer nele é um direito da infância. Marcada pela construção da identidade, essa fase é repleta de espelhos, que podem refletir e inspirar. Em novembro, mês da Consciência Negra, o Minuto Lunetas convida a pensar sobre a potência da representatividade.
O quadro reúne vozes diversas para responder, com afeto e escuta, perguntas que atravessam a vida de crianças e adolescentes. Desta vez, a questão é: qual a importância da representatividade?
Quem inicia a conversa é Ediane Ribeiro, psicóloga, escritora e comunicadora. Ela reflete sobre o poder de se ver e de ser visto desde cedo — com dignidade, beleza e pertencimento. Veja a resposta completa no vídeo acima.
Para Ediane, a representatividade é fundamental porque afeta o desenvolvimento de forma integral. Quando uma criança cresce acreditando que as suas características a tornam um erro ou sem ver pessoas parecidas com ela associadas à beleza, ao sucesso ou à realização de sonhos, os impactos vão muito além da autoestima.
“A falta de referências positivas afeta também o senso de segurança para explorar o mundo, o processo de aprendizagem e os desenvolvimentos cognitivo, emocional e relacional”, afirma. “Representatividade é sobre construir novas narrativas e garantir que essas histórias existam, circulem e inspirem.”
Para isso, ela defende que o reconhecimento não seja apenas um dado numérico. “É preciso ver pessoas negras em relações de respeito, afetividade e segurança.”