Um biólogo e um designer viajaram pela Amazônia para descobrirem histórias inspiradoras de pessoas e organizações que ajudam a manter a floresta em pé
A proposta do Microzônia é oferecer insumos científicos para que professores do ensino básico possam ter materiais pedagógicos de apoio na hora de apresentar a floresta amazônica para os estudantes.
Talvez você nunca tenha ido à Amazônia, mas certamente tem duas ou três respostas prontas para a pergunta: “o que tem na floresta amazônica?”. Porém, a maior floresta tropical do mundo guarda segredos e mistérios que por vezes passam desapercebidos até mesmo para quem a conhece a fundo. Pensando em explorar de perto os meandros desse lugar tão fundamental para a manutenção da vida na Terra, o biólogo Filipe Oliveira e o designer Tuomas Saikkonen criaram o projeto Microzônia, que mistura de biohacking (biologia e ética hacker), DIYBio (Biologia Faça Você Mesmo) e pesquisa científica a serviço da educação.
“Uma aventura científica na Amazônia em busca de histórias sobre soluções sustentáveis que mantém a floresta viva do macro ao micro”, assim se define o projeto.
A proposta é oferecer insumos científicos para que professores do ensino básico possam ter materiais pedagógicos de apoio na hora de apresentar a Floresta Amazônia para os alunos. Para fazer isso, o Microzônia utiliza equipamentos tecnológicos de baixo custo, produzidos com materiais reciclados e/ou de fácil acesso, como por exemplo o “conectorscópio“, um microscópio para celular de baixo custo que pode ser feito em casa por qualquer pessoa.
“Esse projeto não é somente sobre a descoberta de criaturas e estruturas microscópicas, é muito mais do que isso, é também sobre tornar a ciência e as tecnologias educacionais menos invisíveis para as escolas brasileiras”, e tornar os brasileiros menos invisíveis ao processo científico, valorizando as escolas como espaços de experimentação e inovação”, diz o site do projeto.
O site do Microzônia traz exemplos de histórias de pessoas e organizações que mantém a floresta em pé com produtos e serviços sustentáveis que geram equidade, imagens e ilustrações de aquarela de uso livre que ilustram a biodiversidade e diversidade cultural na Amazônia, explicações e relatos interdisciplinares sobre a riqueza biológica, biotecnológica e cultural da região Amazônica.
“O que está em questão não é somente a descoberta de estruturas invisíveis aos nossos olhos, e sim tornar a ciência e as tecnologias educacionais mais acessíveis para as escolas brasileiras, valorizando-as como espaços de experimentação e inovação”, explica Filipe Oliveira, do Conector Ciência, em uma publicação no site do Museu do Amanhã.
Além disso, estão disponíveis no site tutoriais de montagem de microscópios portáteis de baixo custo com imagens microscópicas de materiais da Amazônia. Há também exemplos de aplicação do projeto Microzônia na formação de professores do ensino básico sobre a Amazônia e o uso de microscópios portáteis, e conclusões da pesquisa na região Amazônica.
Para saber mais, acesso o site oficial do Microzônia, e assista ao teaser do projeto:
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