‘Microzônia’: conheça a Amazônia em uma aventura científica

Um biólogo e um designer viajaram pela Amazônia para descobrirem histórias inspiradoras de pessoas e organizações que ajudam a manter a floresta em pé

Da redação Publicado em 28.08.2019 Atualizado em 01.09.2022
Foto em plano aberto mostra barco navegando um rio na Amazõnia. Dentro do barco, um homem de costas, de chapéu de palha e um remo nas mãos. No plano de fundo da imagem, a mata fechada da floresta amazônica.
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Resumo

A proposta do Microzônia é oferecer insumos científicos para que professores do ensino básico possam ter materiais pedagógicos de apoio na hora de apresentar a floresta amazônica para os estudantes.

Talvez você nunca tenha ido à Amazônia, mas certamente tem duas ou três respostas prontas para a pergunta: “o que tem na floresta amazônica?”. Porém, a maior floresta tropical do mundo guarda segredos e mistérios que por vezes passam desapercebidos até mesmo para quem a conhece a fundo. Pensando em explorar de perto os meandros desse lugar tão fundamental para a manutenção da vida na Terra, o biólogo Filipe Oliveira e o designer Tuomas Saikkonen criaram o projeto Microzônia, que mistura de biohacking (biologia e ética hacker), DIYBio (Biologia Faça Você Mesmo) e pesquisa científica a serviço da educação.

“Uma aventura científica na Amazônia em busca de histórias sobre soluções sustentáveis que mantém a floresta viva do macro ao micro”, assim se define o projeto.

A proposta é oferecer insumos científicos para que professores do ensino básico possam ter materiais pedagógicos de apoio na hora de apresentar a Floresta Amazônia para os alunos. Para fazer isso, o Microzônia utiliza equipamentos tecnológicos de baixo custo, produzidos com materiais reciclados e/ou de fácil acesso, como por exemplo o “conectorscópio“, um microscópio para celular de baixo custo que pode ser feito em casa por qualquer pessoa.

“Esse projeto não é somente sobre a descoberta de criaturas e estruturas microscópicas, é muito mais do que isso, é também sobre tornar a ciência e as tecnologias educacionais menos invisíveis para as escolas brasileiras”, e tornar os brasileiros menos invisíveis ao processo científico, valorizando as escolas como espaços de experimentação e inovação”, diz o site do projeto.

As narrativas contadas pelo Microzônia

O site do Microzônia traz exemplos de histórias de pessoas e organizações que mantém a floresta em pé com produtos e serviços sustentáveis que geram equidade, imagens e ilustrações de aquarela de uso livre que ilustram a biodiversidade e diversidade cultural na Amazônia, explicações e relatos interdisciplinares sobre a riqueza biológica, biotecnológica e cultural da região Amazônica.

“O que está em questão não é somente a descoberta de estruturas invisíveis aos nossos olhos, e sim tornar a ciência e as tecnologias educacionais mais acessíveis para as escolas brasileiras, valorizando-as como espaços de experimentação e inovação”, explica Filipe Oliveira, do Conector Ciência, em uma publicação no site do Museu do Amanhã.

Além disso, estão disponíveis no site tutoriais de montagem de microscópios portáteis de baixo custo com imagens microscópicas de materiais da Amazônia.  Há também exemplos de aplicação do projeto Microzônia na formação de professores do ensino básico sobre a Amazônia e o uso de microscópios portáteis, e conclusões da pesquisa na região Amazônica.

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🌳A cultura do DIYbio ainda é muito pouco conhecida no Brasil. Trata-se de uma das formas de se fazer ciência pelos cidadãos. Isso significa que é uma cultura que estimula a produção de ciência e tecnologias científicas fora dos ambientes tradicionais de pesquisa (mas também em parceria). – 🌳Eu entendo que a ciência pode ser feita em todos os lugares e por todos. Bom, mas para se fazer ciência é importante ter acesso às ferramentas científicas. – 🌳Foi assim que decidimos trabalhar com a fabricação e a montagem de microscópios portáteis de baixo custo ou de fonte aberta, como é o caso do Conectorscópio na foto. – 🌳Criamos o design do Conectorscópio com a @makerfactory3d e acoplamos o clip impresso em 3D a uma lente convergente, reaproveitada de leitores de DVD encontrados no galpão de reciclagem da @techtrash no subúrbio do Rio de Janeiro. – 🌳Esse microscópio (na foto, clip azul acoplado à câmera do celular) já foi manuseado por mais de 1000 pessoas em diversas partes do país e tem nos ajudado a revelar o lado microscópico da amazônia no projeto #microzônia. – 🌳A cultura DIYBio é repleta de projetos independentes que refletem os desejos de seus criadores muito mais do que só os interesses de agendas e políticas das agências de fomento (embora uma coisa não exclua a outra, decidimos fazer de forma independente mesmo). – 🌳Assim, o nosso projeto #microzônia busca mostrar a amazônia com novos olhares para o público geral. Esperamos que esse projeto desperte o interesse e engajamento pela proteção dos conhecimentos guardados dentro da floresta. – 🌳Lembrem-se, não se preserva só o verde e os animais da floresta como um jardim do Éden. Estamos preservando a cura de doenças, a cultura dos povos tradicionais, a culinária nacional e a nossa própria identidade como brasileiros. – #microzônia #amazônia #microscópio #baixocusto #openhardware #openscience #ciênciacidadã #diybio #biohacking #ciênciaaberta #tecnologia #tech #lowtech #3d #impressão3d #3Dprinting #upcycling #economiacircular #post15

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Para saber mais, acesso o site oficial do Microzônia, e assista ao teaser do projeto:

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