O pai reforçou que, em casos como esse, os pais não podem culpar-se, já que é uma escolha que busca o bem estar
"Não sou apenas pai do Romeo": apresentador Marcos Min diz ser preciso balancear as necessidades de um filho autista com os filhos que não são, sem culpa.
No último domingo, 31 de dezembro, o apresentador Marcos Mion publicou um relato em sua página do Instagram explicando porque seu filho mais velho, Romeo, que nasceu com o espectro autista (TEA), não acompanhou a família em uma viagem recente aos Estados Unidos.
E este foi o motivo a dificuldade do filho em de adaptar com a falta de rotina. O pai contou aos seus seguidores que é necessário respeitar os limites da criança e a forma como ela se sente feliz. Assim como é necessários entender até onde pai, mãe e duas outras crianças da mesma família podem ir nessa convivência. Romeo ficou com os avós enquanto a família viveu experiências como esquiar e decidir almoçar em horários não planejados.
No início, Marcos Mion pensava que “o que faria Romeo evoluir era tratá-lo como se não tivesse nenhuma limitação”. A ideia era proporcionar um “maior convívio social” para ele e, por outro lado, propiciar que mais gente o aceitasse. Levá-lo em festinhas foi uma das decisões.
“Em algumas situações, funcionou, tivemos sucesso! Como por exemplo a festinha infantil que citei. Romeo, hoje, adora uma. Ele AMA se apresentar na escola, coisa que anos atrás gerava um pânico que só quem convive com uma criança com autismo sabe como é”
Por outro lado, sair da rotina é algo que gera grande estresse não só em Romeo, mas na maioria das crianças com autismo. “Isso tira ele do eixo. O deixa muito nervoso e desesperado. E uma viagem onde não consigo montar uma estrutura para ele, é puro improviso, cheia de decisões tomadas na hora. “Vamos comer agora?”. “Vamos entrar nesta loja agora?”. Coisas, vamos lá para o fácil entendimento, consideradas “normais”, mas que para minha família são muito ANORMAIS! Nós vivemos na rotina! Nós respeitamos horários e o que está combinado a dias pelo bem estar do Romeo!”
O pai reforçou que, em casos como esse, os pais não podem culpar-se, já que é uma escolha que busca o bem estar. E que, acima disso, deixará a criança mais confortável. Assim como é preciso olhar para as necessidades da família como um todo.
“Não sou apenas pai do Romeo, tenho outras duas mini jacas que querem conhecer e ganhar o mundo! Sem rotina! E tenho que respeitar igualmente as necessidades deles. Pais que tem crianças dentro e fora do espectro: não esqueçam disso! E Romeo? Ah, tá feliz da vida no lugar q mais ama no mundo com os avós e pelo FaceTime com a gente toda hora!”
Em setembro de 2017, Mion fez um post falando de como se sente grato por ter sido escolhido para ser pai de uma criança autista e de como não é preciso ter “cura”. O que a sociedade e as pessoas com autismo precisam é de mais “compreensão e respeito”.
“Dentro desse abraço é sua casa, meu filho! O lugar mais seguro desse mundo! Onde vc pode ser exatamente como você é, pois você é a maior perfeição que existe!”
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