Para inspirar (e rir): 6 dicas de livros sobre maternidade real

Uma lista com algumas opções de leitura sobre a maternidade real, ou seja, aquela que acontece todos os dias, longe do pretenso ideal da "mãe perfeita"

Da redação Publicado em 19.06.2017 Atualizado em 19.09.2022
Livros sobre maternidade real. Foto em preto e branco. Close do rosto de uma mulher, com a ilustração de um óculos vermelho, lendo um livro.
OUVIR

Resumo

Dicas de leitura sobre como é ser mãe longe das idealizações e falsas expectativas. Histórias para se identificar, se emocionar e se divertir.

Ser mãe – ou esperar para ser – é viver bombardeada de dicas, conselhos, livros, últimas pesquisas e tudo o mais que as pessoas reúnem – quase sempre – no intuito de ajudar e esclarecer dúvidas da mãe recém-nascida.

Porém, não é fácil separar o joio do trigo na hora de escolher o que realmente seguir e ler com atenção. Afinal, os palpiteiros de plantão nem sempre oferecem as melhores referências, não é mesmo?

Pensando nisso, selecionamos algumas opções de leitura sobre a maternidade real, ou seja, aquela que acontece todos os dias, longe das idealizações e do pretenso ideal da mãe perfeita.

Afinal, se é para falar de maternidade, que seja daquela que realmente bate à nossa porta quando colocamos um ser no mundo, e não daquela que só existe nas propagandas de fralda.

Aproveite as sugestões de livros sobre maternidade real:

1. “Chora lombar – maternidade na real”, Thaiz Leão (Garabato)

Capa do livro "Chora lombar - maternidade na real". Num fundo laranja, a ilustração de uma mãe exausta e um balão de diálogo com os dizeres "Passa um café forte que hoje tem"

Autora de quadrinhos divertidos, Thaiz Leão (mais conhecida como Mãe Solo), compilou seu humor e ironia no livro “Chora lombar”. A obra é recheada de tirinhas inspiradas na sua jornada materna, sem nenhum photoshop.

2. “A filha perdida”, Elena Ferrante (Intrínseca)

Capa do livro "A filha perdida". Telhados vermelhos de casas amarelas com o nome da autora e o título em letras brancas

Leda é uma professora universitária de 40 e poucos anos que decide tirar férias no sul da Itália após as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai. Com elementos simples e uma trama bem construída, a obra acompanha os sentimentos conflitantes dessa personagem que reflete sobre o papel de ser mãe, os desejos e as vontades das mulheres.

3. “Tudo eu”, Elisama Santos (edição do autor)

Capa do livro "Tudo eu! - confissões de uma mãe sincera". Num fundo amarelo, a ilustração de uma mãe junto de filhos e outros elementos como panela, carrinha de supermercado, roupas e cartão de crédito

Contaram para a gente que o amor seria instantâneo e incondicional. Que um sorrisinho banguela compensaria tudo, desde os enjoos matinais até as noites em claro. Que as crianças seriam sempre anjinhos e não esses projetinhos de ser humano que testam a nossa paciência. O que acontece então? Nós nos decepcionamos. E nos desesperamos. Sim, porque a história que nos contaram era bem diferente. E, se nos contaram, deve ser verdade. Todas as mães do mundo estão tirando de letra essa coisa de maternidade e só eu, só eu, sou uma grande incapaz. Não, não é só você. Esta é a mensagem do livro “Tudo eu!”.

4. “Sem gentileza”, Futhi Ntshingila (Dublinense)

Capa do livro "Sem gentileza". A silhueta de uma mulher grávida de perfil aplicada a um muro cinza

Em meio ao apartheid, nos guetos da África do Sul, mãe e filha precisam sobreviver em um ambiente marcado pela pobreza e pelo medo do HIV. Este romance traz uma história de superação de cruéis adversidades, mas também conta a trajetória de libertação pessoal de uma mulher orgulhosa e de uma menina que se torna adulta cedo demais. Diante de uma sociedade machista que tenta anular suas existências, Zola e Mvelo lutam para que suas vozes sejam ouvidas.

5. “Mães em crise – cartas imaginárias aos filhos”, Igor Zahir (edição do autor)

Capa do livro "Mães em crise - cartas imaginárias aos filhos". Num fundo preto, metade do rosto de uma mulher aparece desfocado e com algumas cores, predominando o rosa, laranja e azul

Será mesmo que toda mãe é igual, que só muda o endereço? Neste livro, mulheres de diversos perfis escrevem cartas imaginárias aos seus filhos. Mãe que sonha em aumentar a família, mas engravidou no período da epidemia de microcefalia. Mãe lésbica. Mãe garota de programa. Mãe que pode ter gerado um psicopata. Mãe de um político corrupto e odiado. Mãe solteira. Mãe astróloga. Mãe em fase terminal de câncer. Mãe workaholic que se culpa pela ausência na vida do filho. Mãe que perdeu a primogênita e buscou força na criação das netas. Mãe hippie; entre tantas outras. O livro também deu origem à série homônima, dirigida por Luís Felipe Romano.

6. “Carta a quem vai nascer”, Babi Dias e Priscila Col del Nero (Evoluir)

Capa do livro "Carta a quem ainda vai nascer". Uma menina de cabelo preto e uma galinha seguram juntas um ovo

Uma mãe que ainda não é mãe escreve uma carta para o filho que ainda não é filho, é sonho. Ao imaginar esse filho, a mãe reflete sobre os caminhos para uma vida tranquila e feliz, cultivando relações saudáveis com o próprio corpo e com as próprias emoções, com as outras pessoas e com o mundo.

* As descrições sobre cada livro foram elaboradas a partir de material disponibilizado pelas próprias editoras. Originalmente, a seleção contou com a curadoria do blog feminista carioca “Não me chamo mãe“, um coletivo de mulheres interessadas em desromantizar a maternidade.

Leia mais

Comunicar erro
Comentários 1 Comentários Mostrar comentários
REPORTAGENS RELACIONADAS