Uma lista com algumas opções de leitura sobre a maternidade real, ou seja, aquela que acontece todos os dias, longe do pretenso ideal da "mãe perfeita"
Dicas de leitura sobre como é ser mãe longe das idealizações e falsas expectativas. Histórias para se identificar, se emocionar e se divertir.
Ser mãe – ou esperar para ser – é viver bombardeada de dicas, conselhos, livros, últimas pesquisas e tudo o mais que as pessoas reúnem – quase sempre – no intuito de ajudar e esclarecer dúvidas da mãe recém-nascida.
Porém, não é fácil separar o joio do trigo na hora de escolher o que realmente seguir e ler com atenção. Afinal, os palpiteiros de plantão nem sempre oferecem as melhores referências, não é mesmo?
Pensando nisso, selecionamos algumas opções de leitura sobre a maternidade real, ou seja, aquela que acontece todos os dias, longe das idealizações e do pretenso ideal da mãe perfeita.
Afinal, se é para falar de maternidade, que seja daquela que realmente bate à nossa porta quando colocamos um ser no mundo, e não daquela que só existe nas propagandas de fralda.
Autora de quadrinhos divertidos, Thaiz Leão (mais conhecida como Mãe Solo), compilou seu humor e ironia no livro “Chora lombar”. A obra é recheada de tirinhas inspiradas na sua jornada materna, sem nenhum photoshop.
Leda é uma professora universitária de 40 e poucos anos que decide tirar férias no sul da Itália após as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai. Com elementos simples e uma trama bem construída, a obra acompanha os sentimentos conflitantes dessa personagem que reflete sobre o papel de ser mãe, os desejos e as vontades das mulheres.
Contaram para a gente que o amor seria instantâneo e incondicional. Que um sorrisinho banguela compensaria tudo, desde os enjoos matinais até as noites em claro. Que as crianças seriam sempre anjinhos e não esses projetinhos de ser humano que testam a nossa paciência. O que acontece então? Nós nos decepcionamos. E nos desesperamos. Sim, porque a história que nos contaram era bem diferente. E, se nos contaram, deve ser verdade. Todas as mães do mundo estão tirando de letra essa coisa de maternidade e só eu, só eu, sou uma grande incapaz. Não, não é só você. Esta é a mensagem do livro “Tudo eu!”.
Em meio ao apartheid, nos guetos da África do Sul, mãe e filha precisam sobreviver em um ambiente marcado pela pobreza e pelo medo do HIV. Este romance traz uma história de superação de cruéis adversidades, mas também conta a trajetória de libertação pessoal de uma mulher orgulhosa e de uma menina que se torna adulta cedo demais. Diante de uma sociedade machista que tenta anular suas existências, Zola e Mvelo lutam para que suas vozes sejam ouvidas.
Será mesmo que toda mãe é igual, que só muda o endereço? Neste livro, mulheres de diversos perfis escrevem cartas imaginárias aos seus filhos. Mãe que sonha em aumentar a família, mas engravidou no período da epidemia de microcefalia. Mãe lésbica. Mãe garota de programa. Mãe que pode ter gerado um psicopata. Mãe de um político corrupto e odiado. Mãe solteira. Mãe astróloga. Mãe em fase terminal de câncer. Mãe workaholic que se culpa pela ausência na vida do filho. Mãe que perdeu a primogênita e buscou força na criação das netas. Mãe hippie; entre tantas outras. O livro também deu origem à série homônima, dirigida por Luís Felipe Romano.
Uma mãe que ainda não é mãe escreve uma carta para o filho que ainda não é filho, é sonho. Ao imaginar esse filho, a mãe reflete sobre os caminhos para uma vida tranquila e feliz, cultivando relações saudáveis com o próprio corpo e com as próprias emoções, com as outras pessoas e com o mundo.
* As descrições sobre cada livro foram elaboradas a partir de material disponibilizado pelas próprias editoras. Originalmente, a seleção contou com a curadoria do blog feminista carioca “Não me chamo mãe“, um coletivo de mulheres interessadas em desromantizar a maternidade.
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