Livro oferece atividades didáticas sobre arqueologia amazônica

Voltada para trabalhadores amazonenses da educação básica, publicação pretende preservar a cultura local e armazenar vestígios arqueológicos da região

Da redação Publicado em 20.12.2021
Na imagem, crianças realizam atividade educativa com a Escola Criança Esperança, da comunidade Tauary.
OUVIR

Resumo

Voltada para trabalhadores amazonenses da educação básica, publicação pretende preservar a cultura local e armazenar vestígios arqueológicos da região

Com material focado na arqueologia amazônica, pesquisadores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (MAE-USP) lançam o livro Arqueologia e conhecimentos tradicionais nas comunidades ribeirinhas: da terra para a lousa”. O intuito da publicação é preservar a cultura ribeirinha, armazenar os vestígios arqueológicos encontrados na região e socializar o patrimônio com alunos, educadores e sociedade.

Capa do livro "Arqueologia e conhecimentos tradicionais nas comunidades ribeirinhas: da terra para a lousa".

Arqueologia e conhecimentos tradicionais nas comunidades ribeirinhas: da terra para a lousa”, Maurício André da Silva, Eduardo Kazuo Tamanaha e Márjorie do Nascimento Lima (MAE-USP) A publicação é direcionada para trabalhadores amazonenses da educação básica, especialmente de comunidades ribeirinhas. Abordando múltiplas áreas do conhecimento, o conteúdo foi criado por especialistas regionais que atuam em etnobotânica, estudos iconográficos, cerâmicos, trabalhos de mapeamento social, antropológicos, entre outros.

A arqueóloga Márjorie do Nascimento Lima, uma das organizadoras do livro e colaboradora do Laboratório de arqueologia dos trópicos, do MAE, destaca a importância de um material como este em um espaço de difícil acesso de escolas ribeirinhas a materiais educativos

Após introduzir a arqueologia amazônica a partir de pesquisas, os autores dedicam uma parte da obra para registrar as memórias e interações com as comunidades dos lagos Amanã e Tefé. A lembrança da vida nos seringais e a relação com o território revelam múltiplas identidades, além de modos singulares de vida e de manejo da natureza. Os autores compartilham, ainda, algumas dicas para trabalhar a temática em sala de aula, com sequências didáticas que podem ser utilizadas por educadores de acordo com a disciplina.

“Esse material apresenta dados atualizados das pesquisas arqueológicas, do patrimônio cultural na floresta amazônica e indica os principais debates que ainda não adentraram o mercado de livros didáticos”, comenta a arqueóloga Márjorie, em nota. A pesquisadora enfatiza que é necessário desconstruir os equívocos sobre a região e seus povos, para que o país inteiro possa compreender as histórias milenares de ocupação que a floresta possui.

Leia mais

 

Comunicar erro
Comentários 1 Comentários Mostrar comentários
REPORTAGENS RELACIONADAS