Peça conta a infância de Frida Kahlo e discute bullying na escola

A pequena Frida Kahlo era manca e por isso sofria discriminação na escola. O espetáculo conta a infância da artista e celebra o valor de ser diferente.

Da redação Publicado em 07.01.2019

Estreou ontem no Sesc Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, o espetáculo “Pequena Magdalena”, da Companhia de Copas, que conta a infância da artista mexicana Frida Kahlo. A montagem, misto de teatro e musical, ficará em cartaz até o dia 10 de fevereiro, sempre aos domingos, em dois horários: às 15h e às 17h. E o melhor: a entrada é gratuita para crianças de até doze anos. Para os adultos, os ingressos custam R$ 5 (associados do Sesc), R$ 8,50 (meia-entrada) e R$ 17 (inteira). A classificação etária é livre.

O foco da narração são os dez anos de Frida, que sofria discriminação na escola por ser diferente. Frida possuía uma doença na perna, e uma era mais fina que a outra. Por conta disso, ela vivenciava diariamente o bullying das outras criança. Em sua diferença, uniu-se ao amigo Diego Navarro, que também era excluído na turma por morar no cemitério.

Sobre a infância de Frida

Pouca gente sabe que seu nome era Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon. Em 1913, com seis anos, Frida ficou doente e uma de suas pernas ficou bem mais fina que a outra. Por isso, ganhou o apelido de “Frida pata de palo” (“Frida perna de pau”). Porém, sua postura diante disso e o incentivo do pai, Gillherme, foram fundamentais para que ela pudesse seguir sua vida. Além disso, Magdalena Carmen Frida Kahlo se divertida muito realizando atividades pouco convencionais para uma menina da época, como praticar boxe e futebol, para o espanto de muitos conservadores.

Na história da Companhia de Copas, Magdalena é uma menina de aproximadamente dez anos de idade, que enfrenta o peso dos olhares curiosos sobre sua deficiência, a solidão dos excluídos, a dor de um orgulho ferido e a falta de perspectiva. Mas ainda assim é uma criança, que gosta de brincar, rir, se assustar, aprontar e desenhar.

(Fonte: material de divulgação de “Pequena Magdalena”)

Repleto de diálogos sobre a importância de estimular a individualidade das crianças e celebrar a diversidade como algo que nos torna únicos, o espetáculo conta a história do Dia dos Mortos, quando a pequena Frida se envolve em uma confusão que quase arruína a mais tradicional festa mexicana.

Uma boa pedida para estimular nas crianças o interesse pela arte de Frida, já que a peça não fala de sua arte, e sim de sua biografia. Uma história de superação, marcada por dor e também por muita alegria e capacidade de resiliência. E, para os adultos fãs da artista, também é um prato cheio.

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