Lançado pelo Lunetas, curta-metragem traz depoimentos de infâncias de todo o Brasil sobre os efeitos da emergência climática e seus impactos no dia a dia
“Céu fumaça” é um curta-metragem animado que alerta sobre os impactos da emergência climática a partir da voz das crianças. O filme foi lançado durante a COP27 e integra uma série de conteúdos voltados à proteção do clima.
Inspirado no depoimento de Raphael sobre as queimadas na região amazônica “o céu é só fumaça”, o Lunetas lança o curta-metragem “Céu fumaça – A emergência climática na voz das crianças”, para refletir sobre os impactos da crise do clima e sobre a luta por um presente e futuro melhores para esta e as próximas gerações. A animação, produzida em parceria com a produtora Toca de Barro Filmes, traz os olhares de outras crianças, como Alice, que considera “difícil imaginar como vai ser o futuro, se hoje já está desse jeito”, e de Heitor, para quem “o ser humano não pensa no futuro, só pensa no agora”.
Quando falamos sobre emergência climática, as opiniões das crianças são levadas em conta no debate público? O objetivo do curta é mostrar que as crianças precisam ser prioridade nos debates e na criação de políticas públicas que possam amenizar os efeitos dessa crise. Afinal, elas representam um terço da população global e são as que mais sofrem com desastres naturais, escassez de água, comida e demais impactos que comprometem seus desenvolvimentos de maneira plena e colocam seus direitos básicos em risco.
Junto da estreia nacional, o curta foi lançado no painel “Crianças do Sul global são as mais afetadas pela crise climática”, realizado pelo Instituto Alana durante a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP27) em Sharm el-Sheikh, no Egito. Mais uma exibição está prevista na COP27 no dia 17, durante o painel “Comprometendo-se com os direitos das crianças para a justiça climática: um diálogo interativo entre gerações”, também realizado pelo Instituto Alana. A COP27 é considerada o maior e mais importante evento global destinado a debater e encontrar soluções para as mudanças do clima, reunindo representantes e líderes de 190 países, entre 6 e 18 de novembro.
Marina Silva, deputada federal eleita e representante do governo de transição, realizou um discurso no evento hoje (16), em que disse ser “muito necessária a inclusão das nossas crianças para pensar nas alternativas que o mundo precisa para que a gente enfrente o problema da mudança climática que estamos vivendo”.
O futuro é apenas o pretexto para que a gente faça as coisas no presente. A gente tem que ter expectativa, um ideal de estar na frente em algum lugar” – Marina Silva
Marina Silva também recebeu a carta “Criança e clima por um futuro no presente”, assinada pelo Instituto Alana e mais de 50 instituições e organizações voltadas à defesa dos direitos de crianças e adolescentes do país. O documento reforça que as crianças são as mais afetadas pela crise climática e que precisam ser levadas em consideração nas políticas públicas de reconstrução do país, em especial as crianças indígenas, ribeirinhas, negras, quilombolas, rurais, periféricas e meninas.
* “Céu fumaça – A emergência climática na voz das crianças” é realizado com apoio do Unicef, Greenpeace, ClimaInfo, Observatório do Clima, Engajamundo, Rede Nacional da Primeira Infância, Instituto Clima e Sociedade, Plant for the Planet e Famílias pelo Clima Brasil.
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O curta inaugura a seção “A vez das crianças” da série de conteúdos especiais “Emergência climática e as infâncias: por um futuro no presente“, em que elas têm voz ativa para compartilhar medos, expectativas, opiniões, sugestões e soluções para a crise do clima através de seus jeitos de ser e estar no mundo. A animação também integra a campanha #KidsFirst, organizada pelo Alana e pelo Our Kids Climate, que prioriza os interesses de crianças e adolescentes nos debates sobre crise climática.