Crianças na ciência: 7 projetos feitos por elas

Conheça alguns projetos que levam o conhecimento e a prática em biologia, física, astronomia, educação ambiental e tecnológica para crianças

Da redação Publicado em 04.08.2023
Três crianças brancas e uma mulher adulta branca observam sorridentes flores e uma minhoca pendurada em uma haste com algodão.
OUVIR

Resumo

Em várias regiões, projetos de pesquisa nas áreas da biologia, astronomia e educação ambiental despertam o conhecimento científico nas crianças, confirmando que ciência também é feita por elas.

Crianças são curiosas por natureza e os tantos “por quês?” nessa fase da vida levam meninos e meninas a conhecerem o mundo como verdadeiros exploradores. Quando se fala em ciência, o que não falta é criança interessada em saber por que as estrelas brilham ou quantos peixes existem no oceano. Estimular crianças na ciência é a melhor forma de buscar respostas.

Partindo dessa curiosidade infantil, estudantes de oito e nove anos de escolas americanas propuseram a cientistas brasileiros do Instituto Butantan (SP) algumas adaptações na pesquisa sobre como veneno de peixes podem virar remédio.

O artigo chamado “Peixes especiais: do veneno de peixe a novos medicamentos” conta sobre a descoberta de uma molécula do veneno de peixes peçonhentos que pode ter ação contra inflamações.

Além de revisarem o texto, os alunos pediram ilustrações desses peixes e um glossário de palavras consideradas complicadas. A pesquisa foi publicada na revista “Frontiers for Young Minds”, que se dedica a leitores crianças.

Provando que ciência é coisa de criança, conheça 7 projetos brasileiros que aproximam as crianças do conhecimento científico:

Crianças na ciência pelo Brasil

Projeto LUCA (SP)

  • Apresenta para crianças astrobiologia, estudo da vida no universo, com aulas práticas, experiências e oficinas. Uma das curiosidades é a construção de um Rover, tipo de robô semelhante ao da Nasa, que investiga a vida em outro planeta. Os alunos participam de treinamentos virtuais de pilotagem e análises de amostras em um laboratório simulado.

Clube do Pesquisador Mirim (PA)

  • Crianças do 4º ao 9º anos participam de um clube de pesquisa do Museu Emílio Goeldi, em Belém, um dos mais importantes da Amazônia. Lá, elas aprendem sobre a sociobiodiversidade da região e desenvolvem pesquisas de campo, excursões e aulas ao longo do ano. Na conclusão, projetos como jogos, cartilhas e vídeos educativos ficam na biblioteca do museu.

Meninas da Física (MG)

  • Criado por professoras e alunas da Universidade Federal de Uberlândia, o projeto leva conhecimento científico e descobertas feitas por mulheres cientistas para crianças e jovens. O objetivo é estimular, principalmente as meninas, para o fazer científico. Adicionalmente, buscam desmistificar que só homens dominam esse espaço.

Clube de Ciências da Uerj (RJ)

Clube de Ciências do Bioparque Pantanal (MS)

  • Projeto voltado para os estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas. Junto com seus professores orientadores, os alunos pesquisam sobre a biodiversidade da região do Pantanal e produzem materiais científicos ao longo dos encontros. Também estão inclusas visitas ao maior circuito de aquários de água doce do mundo e acesso aos laboratórios do bioparque.

Ciência é Praia das Meninas (PA)

  • O projeto ensina pesquisa científica de maneira prática para meninas das escolas públicas de comunidades pesqueiras do interior do Pará. Primeiro, elas aprendem biologia, sustentabilidade e direitos ambientais com aulas dentro das próprias comunidades. O foco é a preservação da natureza, com destaque para a flora e fauna do lugar onde vivem. Sem contar a oportunidade de conhecer os laboratórios do Instituto Federal do Pará Campus Bragança.

Clube de Ciências IFRN (RN)

  • Alunos bolsistas do Instituto Federal do Rio Grande do Norte ensinam crianças de escolas públicas e privadas sobre astronomia, experiências químicas e mecânicas. No clube, podem tirar dúvidas, observar os planetas e as estrelas no telescópio, acompanhar experiências nos laboratórios e entender mais sobre física.

Leia mais

Comunicar erro
Comentários 1 Comentários Mostrar comentários
REPORTAGENS RELACIONADAS