Contar histórias pode ser uma atividade que vai além de ler um livro em voz alta
Do “era uma vez” ao “felizes para sempre”, contar histórias para as crianças pode ser uma atividade que vai além de ler um livro em voz alta.
Não é de hoje que o ato de contar histórias encanta adultos e crianças espalhadas por todos os cantos. Seja em um reino muito distante, vivendo felizes para sempre ou andando pelas florestas, narrativas clássicas infantis, fábulas ou histórias baseadas em casos reais mexem com as emoções, fazem a criatividade aflorar e reforçam laços entre pais, educadores e crianças.
Com sugestões de Maria Rosa Caldas Lira, educadora de artes do Senac, o Lunetas separou seis dicas para contar histórias para crianças, onde imaginação e originalidade são as melhores amigas na hora do “era uma vez”.
Se criar uma história autoral tem suas dificuldades, usar das narrativas que já existem é um bom jeito de começar. Seja navegando nas ondas de “Moana” ou contando a lenda do guaraná, o diferencial pode ser a inovação na hora de narrá-las. Contar histórias presentes em livros infantis com várias ilustrações é uma excelente fonte de inspiração e apoio para sustentar as narrativas.
Conversar com o bebê durante a gestação ajuda na criação de vínculos: eles conhecem a voz da mãe quando nascem e respondem a estímulos externos mesmo dentro da barriga. Dedique momentos para contar histórias que contextualizam o mundo e o lugar onde mãe e filho irão conviver.
De 0 a 12 anos muita coisa se transforma, visto que cada idade tem seus picos de desenvolvimento. Escolha temas compreensíveis que respeitem a aprendizagem das crianças e suas questões físicas, sensoriais, psicológicas e cognitivas. As histórias podem ser narrativas reais, ficcionais ou fábulas, que envolvam aventura, moralidade, sátira, fantasia, personagens humanos ou bichos.
O corpo pode ser utilizado para imitar movimentos e gestos das personagens, para animar e melhorar a compreensão do enredo. Também é válido fazer vozes diferenciadas para cada personagem, caracterizando de maneira única cada participante da narrativa.
Latas que se transformam em castelos, restos de panos que viram fantoches, talheres sem ponta ou brinquedos reciclados que dão “corpos” às personagens são algumas das possibilidades de recursos visuais. Também podem ser utilizadas músicas, som de instrumentos musicais ou elaborar teatros de fantoches ou bonecos.
Segundo a mestra em educação Denise Guilherme, contar histórias antes de dormir possibilita o desenvolvimento do mundo simbólico, da fantasia e de aspectos importantes da psique infantil.
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