Pular carnaval com as crianças não precisa ser um desafio: basta redobrar a atenção e lembrar que a rua também pertence a elas
Carnaval com crianças é tudo de bom, mas é importante redobrar cuidados: a rua também pertence às crianças e é dever de todos garantir a segurança delas.
Glitter no rosto, serpentinas no ar, fantasias e muita música: a época de carnaval chegou! Se estar nos blocos festejando com roupas coloridas também é um evento para os pequenos, vale redobrar a atenção para que a folia aconteça sem sustos. Para ajudar pais e responsáveis que pretendem pular carnaval com as crianças, o Lunetas selecionou algumas dicas para que o momento seja vivido da melhor maneira possível.
Como está a carteira de vacinação da sua criança? Segundo levantamento realizado pela Pfizer, a cobertura vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2022 foi de 43,78%, quando a meta geral era de 95%. Em nota, o infectologista Eduardo Ditzel reforça que “é importante estar com todas as vacinas em dia e não só as contra a covid-19”, ainda mais após surtos de doenças, como a meningite.
Seja em bloquinhos, blocos ou blocões, tenha pulseiras e/ou plaquinhas de identificação para as crianças, que contenham o nome da criança, o nome dos responsáveis e seus respectivos números de telefone para casos de emergência. A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal também indica colocar, no bolso da criança, essa identificação, além de recomendar fantasias confortáveis e passar protetor solar.
Água, alimento, documentos e pequenas quantias de dinheiro trocado são itens para curtir a folia com tranquilidade com os pequenos. A delegada Raquel Gallinati não recomenda levar objetos de valor, como correntes e relógios, ou cartões que funcionam por aproximação. Celular? Prefira o uso apenas em estabelecimentos.
Evite lugares muito cheios. “Verifique se não há risco dos pequenos serem empurrados ou de sofrerem quedas. Em lugares fechados, analise se o ambiente é ventilado e veja onde ficam as saídas de emergência”, orienta Gallinati.
As crianças sempre devem ficar próximas dos pais e responsáveis. Gallinati orienta que imediatamente seja acionada a polícia e seguranças do local caso a criança suma do campo de visão, e indica a possibilidade de utilizar alto-falantes, caso o local tenha o recurso. “Quanto mais rápida a denúncia, mais rápido para localizá-las”, finaliza a delegada.
A rua, como local de participação social, é onde são reforçadas as coletividades de que todos nós, incluindo as crianças, fazemos parte. Permitir que elas também vivenciem o carnaval é dar-lhes a chance de brincarem livremente e de criarem vínculos com seus territórios.
“Quando as crianças dominam a praça, também começam a entender que são parte do povo, do coletivo, e que elas devem ser cuidadas por todos” -Luciana Souza Santos, diretora da escola Arthur Guimarães
Confira algumas campanhas que visam garantir um carnaval seguro:
Com o slogan “Pule, brinque e se cuide: unidos pela proteção de crianças e adolescentes”, a Campanha Nacional de Proteção a Crianças e Adolescentes no Carnaval de 2023 visa enfrentar a violência sexual de crianças e adolescentes, combater o trabalho infantil, incentivar a vacinação e prevenir e fiscalizar a venda e uso de álcool, além do estímulo à identificação e notificação do desaparecimento de crianças de forma rápida. A campanha é realizada pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, ECPAT Brasil e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil.
O Instituto Liberta e o Childhood Brasil também colocam na rua o bloco de combate ao abuso e à exploração sexual infantil, reforçando a mensagem “Carnaval, folia, diversão: exploração sexual de crianças e adolescentes NÃO!” em mais de 2 mil pontos de mídia em todo o Brasil.
Todo mundo é responsável pela infância e adolescência: ao presenciar ameaça ou violação de direitos delas, denuncie pelo Disque 100. #FaçaBonito
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