Bolinha de gude, cabo de guerra e até batatinha frita 1, 2, 3: a infância longe das telas é mais divertida
O sucesso de “Round 6” pode ter despertado a curiosidade das crianças, mas existe uma forma mais saudável de entretê-las do que assistir à série: basta recuperar as brincadeiras antigas e convidá-las para o jogo!
A série sul-coreana “Round 6” se tornou o maior sucesso da história da Netflix ao reproduzir brincadeiras antigas em uma competição para lá de violenta e nada infantil.
Definitivamente, não se trata de um conteúdo para crianças; especialistas alertam que ela não deve ser assistida por menores de 16 anos. Apesar disso, o mundo digital e o próprio interesse dos adultos têm colocado os pequenos frente a frente com a temática, despertando curiosidade.
Caso o interesse pelas imagens em circulação apareça, você pode aproveitar a oportunidade para relembrar as brincadeiras “das antigas” e se divertir com as crianças, bem longe das telas.
Pois é, a brincadeira que viralizou mundo afora após a série “Round 6” e anda assombrando o Tik Tok com sua musiquinha assustadora já marcou a infância de muita gente. Mas, na vida real, ela é divertida e saudável, sabia?
Como jogar: o objetivo da brincadeira é correr para alcançar o líder, que fica posicionado a alguns metros de distância do grupo. De costas, o líder diz: “Batatinha frita um, dois, três”. Depois, ele se vira de frente para os outros. Quando isso acontece, todos devem se transformar em estátuas (quem não ficar parado perde a brincadeira). O líder vira novamente e repete a frase. Vence quem chegar até o líder primeiro, antes que ele se vire.
Basta juntar alguns amigos, um anel ou uma pedrinha. Uma pessoa finge que vai passar o objeto de mão em mão, e escolhe alguém para adivinhar com quem ele está de verdade.
Aqui também precisamos de um objeto para passar, mas a ideia é se livrar dele de qualquer maneira. As crianças se sentam em roda no chão e uma pessoa fica de fora, com os olhos vendados, cantando: “Batata, quente, quente, quente, (…), queimou”. Ela pode cantar pelo tempo que quiser. Quem está sentado vai passando o objeto de uma mão à outra. Perde quem da roda sobrou com o objeto na mão, quando quem está cantando disser “queimou”.
Uma das brincadeiras antigas mais simples que existem: só exige papel, canetinhas e imaginação!
Há várias maneiras de jogar, mas, em geral, os participantes se revezam para atingir as bolinhas dos adversários, posicionadas dentro de um triângulo ou meia-lua desenhada no chão. Ganha quem conseguir ficar com mais bolas.
Para saber quem começa a jogar, marca-se uma linha no chão, distante do triângulo ou da meia-lua. Os participantes se posicionam perto da forma geométrica e jogam uma bolinha em direção à linha marcada, ganhando a que chegar mais próximo.
Mais que uma brincadeira, cabo de guerra é um esporte que já chegou a integrar os Jogos Olímpicos mundiais. Tradicionalmente, se joga com duas equipes de oito pessoas cada. Os competidores se alinham ao longo do cabo, uma equipe de frente para a outra, dividida ao meio por uma linha central. O cabo também é marcado em dois pontos, quatro metros distante da linha central para cada um dos lados. O objetivo é puxar o grupo rival, cruzando a linha central e o ponto marcado no meio.
Uma brincadeira famosa em todos os cantos do Brasil, para se divertir com duas, três ou mais pessoas. É preciso saber pular, pisar em cima, enroscar os pés e sair. Mas não vale cair. O melhor de tudo é que o elástico pode ser feito até com pedaços de pano amarrado, como mostram as crianças de Acupe, na Bahia, entrevistadas pelo programa Território do Brincar, do Instituto Alana.
Como brincar: escolha uma pessoa do grupo para ficar vendada. Enquanto ela conta de um a dez (ou mais), o resto do grupo apaga as luzes e se esconde. O objetivo é não deixar a pessoa vendada encostar em você. Se encostar, ela dirá: “Gato mia”. E você terá que responder: “Miau”. Se for descoberto, será a sua vez de procurar pelos outros.
Muito popular na hora dos recreios de antigamente, a brincadeira exige apenas um um barbante e mais um amigo ou uma amiga. Cada participante vai passando o barbante entre os dedos e criando diferentes disposições e figuras, enquanto ele é transferido para as mãos do outro participante.
Uma brincadeira tradicional de pega-pega e ciranda. Para jogar, as crianças precisam de um lenço ou um pedaço de pano.
Como brincar: as crianças formam uma roda e sentam no chão, deixando alguém de fora, que corre ao redor do círculo, com o lenço na mão. Ela entoa o ritmo da ciranda:
“Corre cotia
Na casa da tia
Corre cipó
Na casa da avó
Lencinho na mão
Caiu no chão
Moça(o) bonita(o) do meu coração
Criança: Posso jogar?
Roda: Pode!
Criança: Ninguém vai olhar?
Roda: Não!”
As crianças da roda fecham os olhos, enquanto a de fora coloca o lenço atrás de alguém que esteja sentado. Quando esta pessoa perceber, começa o pega-pega entre a dupla. O lugar que fica vazio é o pique. Quando alguma das duas conseguir sentar, a brincadeira recomeça.
Leia mais
Comunicar erro