Best-seller australiano infantil virá a SP para eventos gratuitos

As histórias do ilustrador australiano Stephen Michael King são conhecidas pelo trato delicado e sutil a temas considerados difíceis, como solidão e melancolia

Da redação Publicado em 05.11.2018

O nome Stephen Michael King soa familiar para você? Mesmo se a resposta for negativa, é muito provável que você conheça seus livros mais famosos, como “O homem que amava caixas”, “Vira-lata” e “A árvore magnífica”. Considerado um dos principais nomes da literatura infantil mundial, o ilustrador e escritor australiano irá se encontrar com os leitores mirins brasileiros em dois eventos gratuitos neste sábado, 10 de novembro.

O primeiro encontro será na Livraria NoveSete, na Vila Mariana. A partir das 9h, serão distribuídas 100 senhas para assistir a um bate-papo com o autor, que será às 10h, seguido de sessão de autógrafos. Basta comprar o livro “O urso de todas as cores”, publicado no Brasil pela Brinque-Book. Quem fizer a compra deste e de mais três títulos da editora, poderá levar para casa um caderno personalizado com uma ilustração exclusiva de Stephen.

Depois, às 15h, o autor estará na Livraria da Vila Lorena, no Jardins, também para um bate-papo com direito a sessão de autógrafos. A partir das 10h, 80 senhas serão distribuídas para o evento, que serão numeradas mediante a compra do livro “O urso de todas as cores”. Da mesma forma, quem tiver interesse em adquirir outros três títulos da Brinque-book, ganhará um caderno estilizado ilustrado pelo artista.

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Divulgação

“Quando sinto algo no meu coração e sei o que quero dizer ao mundo, então a história se encontra”, diz o autor.

As histórias de Stephen Michael King são conhecidas pelo trato delicado e sutil a temas considerados difíceis, como solidão, luto e melancolia, sempre confiando no potencial de sensibilidade e absorção de mundo das crianças.  “O homem que amava caixas“, por exemplo, é prova disso.

O livro conta a história de um pai que não consegue expressar o afeto que tem por seu filho, e não consegue dizer “eu te amo”. Sem conseguir fazer o menino saber o que sente, o personagem cria lindos presentes para o filho usando caixas de papelão. Mas o que a história conta nas entrelinhas é a história de dois meninos – pai e filho – aprisionados pela falsa ideia de que homem não diz o que sente. Assim, a obra reflete sobre como construímos os estereótipos que reproduzimos na vida, mesmo sem perceber.

“Adoro que a arte possa ser calma, completamente silenciosa, e ainda assim dizer alguma coisa”

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Reprodução/O homem que amava caixas

“Acredito que meu trabalho seja fazer livros os mais lindos que eu puder, para atrair as pessoas para dentro das minhas histórias”, diz o autor Stephen Michael King.

“Há a dança, a música, a arte, a natureza… Às vezes, acho que os adultos se esquecem de todas essas linguagens. Eles sabem que as palavras podem ser poesia ou letras para uma música, que podem nos inspirar a grandes coisas. Mas as palavras dos adultos muitas vezes pensam demais neles mesmos, excluindo todo o resto. Adoro que a arte possa ser calma, completamente silenciosa, e ainda assim dizer alguma coisa. Pintar, desenhar, fazer, sorrir, ouvir, dançar… tudo isso me libera de ter de me expressar apenas com a minha voz”, disse o autor em entrevista ao blog da Brinque.

Aos nove anos de idade, o autor ficou parcialmente surdo, e a relação que criou com essa limitação foi determinante para desenvolver sua forma de expressão pela arte.

“A deficiência dificultou meu relacionamento com os amigos; foi muito difícil para mim e acabei me tornando introvertido, desenhando e escrevendo muito. Me tornar surdo foi uma mudança grande na minha vida”, conta.

“Até hoje fico apavorado se preciso falar em aulas ou coisas do tipo, mas se tenho um lápis na mão, consigo expressar coisas, sentimentos. Para mim é uma forma de comunicação”

Acesse o site do autor para saber mais sobre seu trabalho, ou clique aqui para conhecer outros livros de Stephen Michael King.

Enquanto isso, olha só o autor aproveitando muito o Brasil 😉

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