Lideranças indígenas falam sobre a infância em aldeia do Xingu

Bate-papo é aberto ao público e acontece dia 8 de maio, às 20h, no Espaço Cachuera!, zona oeste de São Paulo

Da redação Publicado em 03.05.2018
Close de um menino indígena, com uma espécie de coroa de folhas cumpridas na cabeça segurando uma dessas folhas em sua mão.

Resumo

No próximo Diálogos do Brincar, vai ser possível conhecer melhor a aldeia Tuba-Tuba, localizada no Parque Indígena do Xingu (MT), dando destaque especial à forma como a infância é encarada e vivida pelo Povo Yudja.

Na aldeia Tuba-Tuba, no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso, a vida corre em perfeita sintonia com a natureza. Desde a mais tenra idade, os Yudja preparam-s para os desafios futuros amparados pelos diversos elementos naturais: a sabedoria dos bichos, das águas, e das plantas é emprestada para que as crianças desenvolvam-se em plenitude.

O povo Yudja denomina esses elementos constitutivos de sua essência como Waapa, remédios encontrados na natureza que atribuem às crianças dons específicos e que são ativados no momento do brincar . É esta relação corpo-alma-natureza que orienta os Yudja e confere sentido à sua presença no mundo.

Para compartilhar este modo de vida e, principalmente, como a infância é encarada na aldeia, o próximo “Diálogos do Brincar” recebe Tawayku e Yabaiwa, lideranças indígenas dos Yudja, dia 8 de maio, às 20h, no Espaço Cachuera!, em São Paulo. A videoconferência também será exibida ao vivo pelo site do programa Território do Brincar, correalizado pelo Instituto Alana, e terá tradução simultânea em libras.

“Se a gente cuidar bem do mundo, nossa vida vai ser infinita. Vai ficar pra sempre”

Sugestão de filme para ver e aquecer o debate. O documentário “Wappa” (2017), dirigido por David Reeks, Paula Mendonça e Renata Meirelles. Nele, os diretores trazem um panorama da infância Yudja e dos cuidados que acompanham o desenvolvimento das crianças da aldeia. Produzido pela Maria Farinha Filmes, o documentário está disponível na plataforma Videocamp para exibições públicas e gratuitas.

A conversa abrirá espaço para aprofundar o olhar sobre o brincar, a vida comunitária e a influência que a natureza exerce na constituição do corpo-alma das crianças Yudja. Esta simbiose com os elementos e os ciclos naturais reflete na relação delas com o lugar em que vivem. “Se a gente cuidar bem do mundo, nossa vida vai ser infinita. Vai ficar pra sempre”, explica Yabaiwa Juruna, coordenador da escola indígena Kamadu e jovem liderança Yudja.

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