Projeto “Escola antirracista: construindo comunidades afirmativas” busca colaborar com a fragmentação dos pilares históricos nos quais o racismo estrutural se a
Por acreditar na leitura como uma aliada fundamental para a construção de uma sociedade justa, o projeto “Escola antirracista: construindo comunidades afirmativas” disponibiliza um robusto catálogo integrado e uma série de debates e encontros virtuais, dedicados ao tema do racismo, do antirracismo e das relações étnico-raciais.
Ao aliar educação, literatura, mercado editorial e antirracismo, deseja produzir impactos positivos nas várias comunidades escolares (públicas e privadas) e, por extensão, na própria sociedade. O coletivo acredita que as instituições escolares estarão ainda mais amparadas pedagogicamente para o processo de ensino-aprendizagem por conteúdos sobre histórias e culturas negras e indígenas, em especial quanto às leituras literárias.
A abertura acontece nesta sexta-feira, 4/12, às 16h, com Kabengele Munanga, antropólogo e professor brasileiro-congolês. Dentre os destaques, estão o escritor Jeferson Tenório, autor de “O avesso da pele”, a historiadora Lilia Schwarcz e o filósofo Renato Nogueira. Toda a programação será on-line, com transmissão pelo Canal LetrinhaZ no YouTube. Os debates são voltados a todos os interessados em interagir com o potencial da leitura e da diversidade étnico-racial para a formação pessoal, profissional e cidadã. Há também atividades especiais de contação de histórias voltadas ao público infantil.
4/12
16h às 17h
Mesa de abertura – Antirracismo, educação e literatura
Com o patrono do evento Kabenguelê Munanga. Mediação: Iris Amâncio
17h às 18h
Apresentação do projeto “Por uma escola afirmativa: construindo comunidades antirracistas”
Com Fernanda Sousa e Elly Bayó. Mediação: Rafaela Deiab
5/12
10h
Intervenção cultural – Contação de história: Nã Agotimé, uma rainha africana no Brasil (Benim)
Com Patrícia Adjokè Matos. Apresentação: Maitê Freitas
10h15 às 11h45
Mesa 1 – Novos imaginários: por uma Educação Antirracista desde a primeira infância
Com Cristina Teodoro, Madu Costa e Waldete Tristão. Mediação: Simone Ricco
13h30 às 15h
Mesa 2 – Narrativas: escrever-se negros no plural
Com Lia Vieira, Eliana Alves Cruz e Jeferson Tenório. Mediação: Luana Tolentino
15h às 16h30
Mesa 3 – Vozes e corpos de mulheres negras: transversalidades das literaturas negras
Com Lavínia Rocha, Carmen Faustino, Verônica Bonfim. Mediação: Glauciane Santos
16h30
Intervenção cultural – Contação de história: A história que a minha mãe não me contou (Guiné-Bissau)
Com Eliseu Banori. Apresentação: Márcio Barbosa
16h45 às 18h15
Mesa 4 – Deslocamentos: caminhos e perspectivas para o antirracismo
Com Erivaldo Santos, Renato Noguera e Elisa Larkin. Mediação: Carol Rocha
18h15 às 19h15
Encerramento – Perspectivas do projeto Educação Antirracista
Com Lilia Schwarcz e Fernando Baldraia
A primeira etapa deste projeto a favor de uma escola antirracista conta com a participação das editoras Aziza Editora, Boitempo Editorial, Editora Oralituras, Editora Perspectiva, Grupo Autêntica, Grupo Companhia das Letras, Malê Editora, Mazza Edições, Nandyala Livraria e Editora, Pallas Editora e Quilombhoje Literatura. A segunda etapa, a partir de julho de 2021, envolverá a participação de outras editoras interessadas.
Trata-se de uma iniciativa editorial inédita que colabora com a implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, especialmente na Educação Básica (Educação Infantil; anos iniciais e finais do Ensino Fundamental; e Ensino Médio). Foi idealizada pelo Departamento de Educação da Companhia das Letras, em parceria com editoras negras e com editoras especializadas em temáticas negras ou com publicações relevantes para o debate étnico-racial no Brasil. Suas ações estão previstas para o período de dezembro de 2020 a (ao menos) dezembro de 2021.