A publicação, que estimula o vínculo das famílias com o mundo natural, é produzida pelo programa Criança e Natureza, em parceria com o ICMBio
Novo guia incentiva famílias à acamparem para que as crianças desenvolvam um vínculo afetivo com o mundo natural e vivam experiências inesquecíveis. Um manual com passo a passo para viver aventuras. Confira!
Abrir a barraca, respirar outros ares e acordar colocando os pezinhos na grama da floresta ou na areia da praia: as sensações que a natureza proporciona às crianças podem ser mágicas. Não bastasse o prazer do momento, estudos apontam que conexão com a natureza e atividades ao ar livre, como passar o feriado acampando, é fundamental para a saúde física, mental e para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais, motoras e emocionais dos pequenos.
Mas será que tudo o que o Brasil tem a oferecer nesse sentido está sendo bem aproveitado? Com o objetivo de incentivar as famílias a criarem vínculos afetivos com o mundo natural, o programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, lança no dia 15 de julho o guia “Acampando com Crianças: acampar é viver uma aventura, tendo apenas a natureza e uns aos outros”.
A data marca o início da campanha #UmDiaNoParque, uma iniciativa voltada para a promoção, conhecimento e valorização das Unidades de Conservação brasileiras. A publicação tem o apoio da Coalizão Pró-Unidades de Conservação da Natureza, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), MaCamp e Outward Bound Brasil.
O guia “Acampando com as crianças” é um convite à aventura. Ele descreve uma jornada que envolve muitas etapas: escolher um local e a melhor época, decidir o que levar, preparar as mochilas, montar barraca, se alimentar, fazer trilhas e outras emoções. Mas por mais precisos que sejam os cálculos, sempre haverá imprevistos e situações inusitadas. Por isso é também um desfio para famílias com crianças.
Apesar disso, vale a pena, pois estamos falando de experiências transformadoras. Essa é a opinião da coordenadora do programa Criança e Natureza, Laís Fleury. “São momentos que ressignificam os nossos valores, que a nossa memória registra e certamente não esquece. As crianças aprendem a reconhecer suas possibilidades e limites, exercitando a autonomia e lidando com riscos”, afirma.
As crianças aprendem a reconhecer suas possibilidades e limites, exercitando a autonomia e lidando com riscos”, afirma Laís Fleury, coordenadora do programa Criança e Natureza.
Lidar com riscos – atitude que especialistas consideram muito saudável -, no entanto, não significa colocar as crianças em perigo. Se trata de sair da zona de conforto, oferecendo espaço tanto para o sucesso quanto para o fracasso em determinadas situações. Significa sair dos muros das cidades e proporcionar às crianças momentos diferentes, brincadeiras e sensações de desafio ao ar livre.
A engenheira florestal, mestre em conservação de ecossistemas e pesquisadora do programa Criança e Natureza, Maria Isabel Amando de Barros, defende que as crianças precisam de acidentes de pequena consequência para aprender a evitar os grandes acidentes no futuro.
“O risco real é aquele que existe em andar de bicicleta fora da ciclovia, em uma avenida movimentada ou deixar uma criança que não sabe nadar sozinha ao lado de uma piscina. O risco percebido é aquele que a criança sente como excitante e emocionante, em que há, sim, a ameaça de algum machucado, sem consequências graves”, explica.
Quanto a isso, o guia “Acampando com Crianças” pretende ser um material completo, com informações sobre o repertório de parques nacionais do Brasil com estrutura para acampar, dicas de como se preparar para a viagem e orientações de segurança. Diante dessa inspiração, nada melhor do que começar a explorar o guia e fazer as malas. Afinal, quem acampa não tem dúvidas: pode ser inesquecível.
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Sobre o Criança e Natureza
O Criança e Natureza é uma iniciativa do Instituto Alana e tem como objetivo criar condições favoráveis para que crianças, em especial as que estão inseridas em contextos urbanos, cresçam e se desenvolvam em contato direto com ambientes naturais. O programa trabalha para influenciar e realizar ações intersetoriais que resultem numa infância rica em natureza, através de estudos, pesquisas e experiências que comprovem os benefícios desta relação. Além de influenciar políticas públicas que favoreçam o contato das crianças, e a rede em que ela está inserida, com áreas verdes. (Fonte: Criança e Natureza)