Infâncias plurais: vídeos para crianças sobre o meio ambiente

Publicado em: 04.08.2021
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Meio ambiente

A preocupação com o meio ambiente não poderia ficar de fora das temáticas dos curtas-metragens da seleção Infâncias plurais. Seja através de uma boa história ou de música, a ideia é conscientizar crianças e adultos sobre a importância de preservar a natureza.

Abaixo você encontrará uma coletânea com 3 vídeos sobre a temática para ver quantas vezes quiser. Divirta-se! Para mais informações sobre o projeto Infâncias Plurais, visite: www.lunetas.com.br/infâncias-plurais.

A bravura do beija-flor e da mangueira de água

Alberto Batista dos Santos - Dias d’Ávila/BA

Dona Borboleta avisa: “Lá pelas bandas do rio, está tudo queimado!”. O Beija-flor lembra que sabe onde encontrar uma mangueira que faz chover todo dia e convoca os outros animais para salvarem juntos a floresta do fogo. Observando, o Senhor Coruja debocha do esforço do pássaro e questiona a eficácia de sua contribuição tão pequena nesta empreitada. É então que todos aprendemos uma valiosa lição.

Para Alberto Batista dos Santos, autor de A bravura do beija-flor e da mangueira de água, a ludicidade da contação de histórias tem o poder de provocar reflexões e contribuir para a conscientização e a mudança de hábitos na sociedade. “Tudo a que temos acesso em nossa infância serve de combustível para as nossas decisões no futuro”, completa.

O processo de elaboração do trabalho envolveu encontros com outros integrantes do coletivo Residência de Arte, do qual Alberto participa, para discutir sobre o tema e trocar ideias a partir das reuniões virtuais realizadas pelo Infâncias plurais. Roteiro escrito, a escolha dos atores e a produção do vídeo também foram feitas coletivamente, apesar das dificuldades enfrentadas por conta do contexto da pandemia e do pouco recurso para a contratação de equipamentos.

O autor conta que sua participação na jornada serviu para instigar sua criatividade e promover um aprofundamento no tema da infância e um maior engajamento em aspectos ligados à capacitação.

Ele acredita que sua maneira “fabulesca” de compreender a vida, aprendida em uma infância ouvindo as histórias e os causos dos seus avós no interior da Bahia, pode inspirar os espectadores a passarem adiante a mensagem de que o mundo é de todos e ações simples podem fazer a diferença.

https://bit.ly/infancias-plurais-meio-ambiente-a-bravura-do-beija-flor-e-da-mangueira-de-agua

Maricota: a mão que vira minhoca

Déborah Gomes da Silva Paiva - Brasília/DF

Maricota: a mão que vira minhoca conta a história de uma minhoquinha que encontra um monte de casca de vegetais e se esbalda de tanto comer, transformando, com seus dejetos, a terra pobre em fértil, boa para plantação. Baseado no livro Maricota: quero sombra, comida e água fresca, também de Déborah Gomes da Silva Paiva, o vídeo feito com teatro de mãos pretende conscientizar sobre a importância da compostagem e promover a prática como reconexão com a natureza.

“Com a inserção de minhocas, o processo da compostagem torna-se mais estável e resulta no húmus, que é um adubo completo, com macro e micronutrientes”, explica. “A prática da compostagem, ou da vermicompostagem (quando se utilizam minhocas), é simples e pode ser realizada em diversos contextos, dentro de casas e de apartamentos. O vídeo enfatiza essa prática e finaliza com o plantio, para demonstrar a ‘mágica’ da natureza.”

Déborah conta que o vídeo foi feito com recursos muito simples, gravado em casa mesmo e usando apenas o seu dedo mindinho. Realizar uma produção audiovisual foi algo inédito para ela. “A ideia é inspirar muitas crianças e adolescentes a realizarem suas próprias histórias utilizando recursos simples e viáveis dentro de um contexto de quarentena”, acrescenta.

A primeira experiência da artista com o universo infantil aconteceu ainda na universidade, quando realizou uma prática agroecológica numa escola em Brasília. Ela havia optado por usar as linguagens artísticas e a receptividade das crianças foi melhor que o esperado: “Percebi a importância de utilizar a arte como ferramenta para uma ação transformadora na rotina das crianças. Isso me encantou e, desde então, decidi seguir esse caminho no meu fazer profissional”.

https://bit.ly/infancias-plurais-meio-ambiente-maricota-a-mao-que-vira-minhocaa

Pra onde vai o lixo!?

Edimar Zambroni - Volta Redonda/RJ

Com muita música e diversão, Pra onde vai o lixo!? mostra um grupo de crianças preocupadas com os danos que os resíduos que geramos podem causar ao planeta. Para nos ensinar a importância deste processo, elas irão resgatar o lixo espalhado na pracinha do bairro e levar até uma empresa de coleta. A produção, além de abordar a importância do trabalho dos catadores, revela outros fins possíveis para esses resíduos, como o uso na criação de brinquedos e de instrumentos musicais.

“Resolvemos levar os resíduos diretamente até a cooperativa, fato que nos fez perceber a grandeza do trabalho dos catadores”, conta Edimar Zambroni, criador do vídeo. Segundo ele, um dos fatores que estimularam a reflexão sobre o assunto foi a suspensão da passagem do caminhão de coleta de recicláveis durante a pandemia.

O objetivo de Edimar é tratar de temas fundamentais para a vida de forma lúdica, promovendo também o desenvolvimento cognitivo e o despertar de uma consciência social e ecológica a partir de um processo de musicalização. “Nosso trabalho quer mostrar maneiras de se fazer o bem de forma divertida, tendo o protagonismo infantil e o seu desenvolvimento criativo como fundamento”, conta.

Atualmente, ele desenvolve o projeto Brincando que se aprende, que busca uma educação mais empática, humanista e libertadora, com destaque para  as dimensões do lúdico, do sonho e da criatividade. Por isso, sua participação no Infâncias plurais teve como objetivo conhecer os coletivos que atuam na área, construir pontes e contribuir de alguma forma para essa rede.

 

https://bit.ly/infancias-plurais-meio-ambiente-pra-onde-vai-o-lixo