Maricota: a mão que vira minhoca conta a história de uma minhoquinha que encontra um monte de casca de vegetais e se esbalda de tanto comer, transformando, com seus dejetos, a terra pobre em fértil, boa para plantação. Baseado no livro Maricota: quero sombra, comida e água fresca, também de Déborah Gomes da Silva Paiva, o vídeo feito com teatro de mãos pretende conscientizar sobre a importância da compostagem e promover a prática como reconexão com a natureza.
“Com a inserção de minhocas, o processo da compostagem torna-se mais estável e resulta no húmus, que é um adubo completo, com macro e micronutrientes”, explica. “A prática da compostagem, ou da vermicompostagem (quando se utilizam minhocas), é simples e pode ser realizada em diversos contextos, dentro de casas e de apartamentos. O vídeo enfatiza essa prática e finaliza com o plantio, para demonstrar a ‘mágica’ da natureza.”
Déborah conta que o vídeo foi feito com recursos muito simples, gravado em casa mesmo e usando apenas o seu dedo mindinho. Realizar uma produção audiovisual foi algo inédito para ela. “A ideia é inspirar muitas crianças e adolescentes a realizarem suas próprias histórias utilizando recursos simples e viáveis dentro de um contexto de quarentena”, acrescenta.
A primeira experiência da artista com o universo infantil aconteceu ainda na universidade, quando realizou uma prática agroecológica numa escola em Brasília. Ela havia optado por usar as linguagens artísticas e a receptividade das crianças foi melhor que o esperado: “Percebi a importância de utilizar a arte como ferramenta para uma ação transformadora na rotina das crianças. Isso me encantou e, desde então, decidi seguir esse caminho no meu fazer profissional”.