Final de semana com teatro on-line e gratuito para crianças

Em ação intitulada “Teatro Online”, a produtora Palavra Z disponibiliza shows e peças para divertir e entreter as famílias na quarentena

Da redação Publicado em 26.03.2020

A produtora cultural Palavra Z está disponibilizando shows e peças de teatro on-line e de forma gratuita para adultos e crianças. A ação do grupo, intitulada “Teatro Online”, é mais uma entre as diversas iniciativas que têm surgido entre artistas, contadoras de histórias e profissionais que se dedicam à infância, para garantir a diversão, o entretenimento e o bem-estar das famílias durante o período de isolamento domiciliar.

Um dos principais objetivos da ação é contribuir com a campanha oficial de combate à pandemia do Covid-19, conscientizando a população sobre as medidas de prevenção, sendo a recomendação de ficar em casa uma delas.

Como o Lunetas costuma abordar, a arte não deve ser entendida como objeto de consumo ou um elemento a mais para preencher a agenda, mas ser direito de todos e um alimento para o espírito. Essa ideia é defendida por Luiz André Cherubini, um dos fundadores do Sobrevento, companhia teatral especializada em teatro de bonecos e de animação. Para saber um pouco mais sobre esse tema, leia a matéria completa “Muito além das cores e luzes: a importância do teatro para bebês”.

Confira a programação para sexta-feira (26), sábado (27) e domingo (28). O acesso é feito pelos links disponíveis no site da Palavra Z.

Sexta-feira (26)

Patrícia Piolho (infantil)

Disponibilizado de 10h às 17h

De Luiza Yabrudi e Karina Ramil – vencedora na categoria de Melhor Atriz do 9º Prêmio Zilka Sallaberry de Teatro Infantil -, “Patrícia Piolho” retorna às mídias digitais após cinco anos. A peça conta a história de uma menina do interior que busca aceitação no colégio novo da cidade grande. O desafio aparece logo no primeiro dia de aula: o piolho. O inseto mais temido da infância vira motivo de bullying, mas acaba se revelando seu melhor amigo.

Carta de um Pirata (adulto) 

Disponibilizado de 18h às 00h

De Vinícius Piedade, a peça apresenta um pirata que, há muito tempo, escreveu uma carta para a mãe. A carta é explorada no palco pelo ator por meio de corpo, voz e sensibilidade, trazendo suas nuances, que vão do humor genuíno ao inconformismo radical. O grupo define a encenação como “Comédia Inconformada”.

Sábado (27)

A Pequena Vendedora de Fósforos (infantil)

Disponibilizado de 10h às 17h

De Dayse Pozzato, “A Pequena Vendedora de Fósforos” é um dos textos mais populares do escritor e poeta dinamarquês de histórias infantis, Hans Christian Andersen. Pouco montada no Brasil, a peça traz a história de uma menina que, para sobreviver, ajuda sua família vendendo fósforos. Em uma noite fria de Natal, ela acende um dos palitos para se aquecer. Cada fósforo que acende faz com que ela se depare com a vida que nunca teve: brinquedos, uma bela refeição, a presença de uma família, até o último fósforo, que traz o desejo de rever a sua querida e já falecida avó. Conta com a adaptação de Denise Crispun e direção de Lúcia Coelho.

A Lenda do Sabiá (adulto) 

Disponibilizado de 18h às 00h

Montagem musical de André Arteche – com a benção de Ariano Suassuna -, “A Lenda do Sabiá” apresenta, com rima e comédia, um sanfoneiro que é acusado injustamente por um crime e, em um vivaz realismo fantástico, volta à vida transfigurado em um homem pássaro. O espetáculo tem suas raízes na literatura de Cordel, com referência ao folclore e ao regionalismo brasileiro.

Domingo (29)

Marrom nem preto nem branco? (infantil) 

Disponibilizado de 10h às 17h

Linda é uma menina que não entende o conceito de raça, só de cor. Os 55 minutos de duração da peça são dedicados a ela, filha de pai alemão e mãe negra, a garota que se entende marrom. Após enfrentar situações de preconceito, ela decide fugir em busca de sua identidade, à procura de um lugar onde todos são iguais. Texto de Renata Mizrahi, idealizada por Vilma Melo e Pieterson Duderstadt.

Um Ensaio Sobre Amaro (adulto)

Disponibilizado de 18h às 00h

Um ensaio sobre a tristeza se desenvolve no exato instante em que um ator que nega os seus próprios sentimentos se vê obrigado a viver mais uma vez o seu personagem mais triste: Amaro. De Eduardo Rios, a peça trava um embate entre dilemas filosóficos: ator e personagem, melancolia e euforia, lealdade e desapego, aceitação e necessidade de mudar. Traz dança, máscaras, manipulação de objetos, música e ilusionismo.

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