Dentre convidados, estão Antonio Prata, Júlia Rocha e Mãe Solo, discutindo temas como paternidade negra, pais homossexuais e igualdade de gênero
O projeto “Cuidar de quem cuida” é uma ação do Sesc que contempla o universo das crianças desde a primeira infância até as relações com seus cuidadores de referência. Nos meses de novembro e dezembro, o Sesc realiza a edição “Paternidades“, que vai retratar as múltiplas realidades dos pais brasileiros, refletindo sobre os desafios e possibilidades do exercício paterno na sociedade atual.
Na programação, diversos convidados – homens e mulheres – vão se reunir para conversar sobre assuntos como paternidade negra, paternidade homoafetiva, paternidade transsexual, paternidade atípica de crianças com deficiência. Além disso, serão contemplados assuntos que afetam a família como um todo, como presença paterna, novas masculinidades, igualdade de gênero e divisão de responsabilidades.
Dentre os destaques, está o encontro com Renato Gama, que convida os participantes a produzirem poemas musicados para seus filhos, a roda de conversa com o cronista Antonio Prata, e o encontro com a médica e militante materna Júlia Rocha.
Os encontros acontecerão em diversas unidades, na capital e no interior de São Paulo, todos com entrada gratuita e abertos para todos os interessados. No interior, as unidades contempladas serão Jundiaí e São Carlos. Clique aqui para conferir a programação desses locais.
Capital (SP)
Sesc 24 de maio
Mediação de roda de conversa sobre paternidade
a partir da qual os participantes vão produzir poemas para seus filhos, que serão musicados ao longo dos encontros.
Sesc Avenida Paulista
Relatos de experiências sobre paternidade, dificuldades e alegrias. Os convidados contam um pouco sobre suas experiências e abrem perguntas e relatos do público.
*É necessário retirar ingresso com uma hora de antecedência.
Sesc Consolação
Os encontros do projeto são espaços de reflexões envolvendo a paternidade atual. Neste encontro, três mulheres-mães, com profissões e realidades familiares diferentes, refletem sobre a paternidade a partir da questão da equidade.
Com Renata Corrêa
Carioca, roteirista, escritora e apresentadora do canal online Como Não Ser um Machista Babaca. Roteirista de diversos programas de TV e cinema.
Com Thaiz Leão
É criadora e ilustradora do projeto Mãe Solo. O projeto nasceu quando ela começou a desenhar, com muito humor, as dificuldades e cotidianos da criação de um filho. É mãe de um menino de quatro anos.
Com Júlia Rocha
É mineira, médica da família e cantora. É conhecida no Facebook por seus textos sobre o cotidiano da medicina familiar, maternidade e reflexões políticas. É mãe de uma menina de dois anos.
Pais de crianças com Síndrome de Down, com Elitan David e Patrick Faria
Dia 1º de dezembro (sábado), das 15h às 17h
Nesta conversa, os dois pais dividirão com o público as várias questões que envolvem a paternidade de crianças com essa síndrome. Elitan David é artista, pai de Ana Luíza e criador da Turma do Dauzito, que busca desmistificar o tema Síndrome de Down, mostrando à sociedade o grande erro que se esconde por trás da discriminação e do preconceito, e levar informação aos pais e mães que sofrem mais do que deviam. Patrick Faria, pai de João Pedro, criou o canal no YouTube “Sou pai de down” para dividir suas experiências com outros pais, mães e responsáveis por crianças com Síndrome de Down.
*É necessário retirar ingresso com 30 minutos de antecedência.
Sesc Vila Mariana
Técnica de confecção de arpilleras (tipo de bordado em juta de origem chilena) com a linguagem da contação de histórias. Serão 9 encontros em que serão abordados tópicos como a história e os significados da arpillera, a partilha de histórias de vida com foco nas paternidades e memórias paternas.
* Inscrições na Central de Atendimento a partir de 6 de novembro.
Após uma breve introdução sobre sua história, abordando os principais momentos vividos como pai, marido e homem, o psicólogo criador do Conexão Pais e Filhos, convidará os homens a discutir suas relações com seus próprios pais. A partir dessas histórias, seguirá em conversa sobre as relações com os filhos.
Comunicar erro
Panorama da paternidade no Brasil
No Brasil, cerca de 20 milhões de mulheres criam os filhos sem a participação dos pais. Na grande maioria dos lares, ainda cabe às mães a maior parte de todos os cuidados com a criança.
Ainda há a ideia de que as mães fazem melhor ou que simplesmente é obrigação delas ter mais responsabilidade para com os filhos, seja quanto à oferta de carinho, seja quanto à educação, a logística diária, à organização da casa.
De acordo com a Man Care – State of World’s Father, iniciativa que visa promover o envolvimento de meninos e homens como cuidadores equitativos, a valorização da paternidade é uma proposta voltada para os direitos das crianças e adolescentes, para a equidade de gênero, para a saúde do homem e, acima de tudo, é uma política voltada para o fortalecimento de vínculos e para a afetividade.
#painãoajuda #paiparticipa