Mostra no Sesc celebra Declaração Universal dos Direitos Humanos

Um dos destaques da exposição "Para respirar liberdade" é a obra "A árvore", pintada por 65 mil crianças de mais de 70 países, e que ocupa uma área de 400 m²

Da redação Publicado em 22.10.2018

Em 2018, o mundo celebra o aniversário de 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948. O documento firma um marco histórico na luta de direitos, incluindo os da criança.

Para comemorar a data e reforçar a importância da Declaração, o Sesc Bom Retiro vai realizar uma exposição gratuita especialmente dedicada ao tema. “Para respirar liberdade” tem início no dia 1º de novembro, e segue em cartaz até 25 de janeiro de 2019. Na abertura da mostra, na quinta-feira, o horário de visitação é das 19h30 às 21h. Após essa data, a exposição abrirá em diversos horários, a depender do dia da semana.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento firmado pela Organização das Nações Unidas logo após os horrores da Segunda Guerra Mundial, é o maior acordo de convivência entre os povos da Terra.

Um dos destaques da exposição é a instalação itinerante de arte participativa “A árvore” (1990), formada por folhas de papel pintadas individualmente por cerca de 65 mil crianças de mais de 70 países, que não pára de crescer.

Atualmente, ela ocupa uma área de aproximadamente 400 m². Pela primeira vez em seus quase 30 anos de existência, a obra será reconstruída em um projeto tridimensional, assinado por Pedro Mendes da Rocha e especialmente adaptado para o Sesc Bom Retiro.

Com classificação etária livre, o passeio é uma oportunidade de apresentar o que são direitos humanos para as crianças, e qual a sua importância na evolução das sociedades

Na exposição, 30 artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos ganharão uma representação gráfica em diversos idiomas e técnicas.

Com curadoria de Isabel Roth e Fábio Magalhães, a mostra reúne obras do artista plástico e ativista político Otávio Roth (1952-1993), com a remontagem de algumas das obras mais conhecidas do artista – “O Jardim”, e “População”.

Saiba mais sobre o artista Otávio Roth

Otávio Roth nasceu em São Paulo, em 1952. Morou em Israel, Inglaterra, Noruega e Estados Unidos. ​Estudou fotografia e cursou Comunicação e Marketing na ESPM e Desenho Gráfico na Hornsey College of Art, em Londres, sob orientação do Prof. Paul Pietch. Lá, desenvolveu sua técnica como gravador e seu interesse por temas políticos.

Em Oslo, produziu em xilogravura a primeira série ilustrada da Declaração Universal dos Direitos Humanos, composta por 30 peças. Posteriormente produziu uma série em inglês, e três álbuns foram adquiridos pela ONU. Estão em exposição permanente nas sedes da ONU em Nova York, Genebra e Viena.

Seu engajamento político rendeu parcerias com as Nações Unidas e também com a Anistia Internacional

Paralelamente ao trabalho como gravador, Otávio desenvolveu robusta pesquisa sobre papel artesanal, sendo precursor do uso da técnica no Brasil. Fundou, em 1979, a Handmade – 1a Oficina de papel artesanal do Brasil, com a finalidade de produzir papéis de qualidade para uso artístico. Difundiu seus conhecimentos sobre papel e sobre a história do livro em cursos, palestras e oficinas, tendo influenciado fortemente a formação de papeleiros e pesquisadores do livro em todo o País.

A partir do desenvolvimento de técnicas próprias, produziu instalações em papel de grandes proporções, prestigiadas em museus de diversos países. Além das instalações em papel artesanal, Otávio desenvolveu uma série de instalações participativas, como A Árvore.

Otávio recebeu vários prêmios de literatura infanto-juvenil, como ilustrador e escritor, e foi parceiro em várias publicações da escritora Ruth Rocha. Morreu em 30 de agosto de 1993.

(Fonte: otavioroth.com)

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Reprodução/Otavio Roth

"Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e independência", diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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Reprodução/Otavio Roth

"Ninguém será mantido em escravidão ou servidão", diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

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Reprodução/Otávio Roth

"Todos nascem livres e iguais em direitos e dignidade", diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Clique aqui para saber mais sobre a mostra “Para respirar liberdade”.

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