Tem filmes, instalações, pinturas, esculturas, fotografias, música e muita História para valorizar as nossas raízes afro-brasileiras desde a infância
A mãe e ativista Mayara Assunção, do coletivo Kianda, mapeou 7 passeios incríveis com temática racial para levar as crianças em São Paulo. Tem filmes, instalações, pinturas, esculturas, fotografias, música e muita História para valorizar as nossas raízes africanas.
No Mês das Crianças, Mayara Assunção, do Coletivo Kianda e do Nana Maternidade Preta (primeira iniciativa de blogagem coletivo sobre maternidade negra) listou 9 dicas de passeios com temática racial para levar as crianças. São exposições e espaços que privilegiam a representatividade e oferecem ao público infantil referências positivas da cultura e História negra.
No Lunetas, acreditamos que Cultura é um dos melhores presentes que podemos oferecer a uma criança. Ela amplia o repertório, a visão de mundo e a própria perspectiva sobre si mesmos dos pequenos, contribuindo para a formação crítica e o desenvolvimento humano.
“O ‘brincar‘, o ‘aprender’ e o ‘ocupar espaços’ me fez reunir dicas de exposições em São Paulo (e no Rio de Janeiro) que as crianças ( e os adultos) irão amar, porque fazer passeios com os pequenos estabelece a quebra da rotina e também cria novas memórias corporais e sensoriais auxiliando na formação das crianças enquanto individuo”, defende Mayara, que também é integrante do bloco Afropercussivo Zumbiido, e propõe reflexões sobre maternidade, infância, identidade e negritude.
“Para quem acredita que Museu e crianças não combinam convido vocês a presentearem os pequenos com um passeio”
“A exposição coletiva “Histórias afro-atlânticas” reúne, em iniciativa inédita, duas das principais instituições culturais de São Paulo: o Instituto Tomie Ohtake e o MASP. Trata-se de um desdobramento da exposição “Histórias mestiças”, realizada em 2014, no Instituto, por Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz, que também assinam a curadoria desta nova mostra, junto com Ayrson Heráclito e Hélio Menezes, curadores convidados, e Tomás Toledo, curador assistente.
Histórias afro-atlânticas” apresenta cerca de 400 obras de mais de 200 artistas, tanto do acervo do MASP, quanto de coleções brasileiras e internacionais, incluindo desenhos, pinturas, esculturas, filmes, vídeos, instalações e fotografias, além de documentos e publicações, de arte africana, europeia, latino e norte-americana, caribenha, entre outras. Os empréstimos foram cedidos por algumas das principais coleções particulares, museus e instituições culturais do mundo.“
Onde?
MASP
Avenida Paulista, 1578, São Paulo, SP
Metrô – Estação Trianon Masp / Linha 3 – Verde
Horários: terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)
Ingressos: Gratuito às terças-feiras.
R$ 35 (entrada); R$ 17 (meia-entrada)
Quando?
Até 21 de outubro
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 – Pinheiros, São Paulo
Metrô – Estação Faria Lima / Linha 4 – Amarela
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada gratuita
Impressões:
“Visitamos no MASP, o espaço é amplo e a exposição não segue uma ordem cronológica, então fomos explorando e conhecendo no nosso tempo. Visitamos no dia gratuito e haviam muitas crianças.”
“Reúne trabalhos selecionados de 12 artistas de diferentes nacionalidades, entre brasileiros e estrangeiros. Através das produções artísticas presentes nesta exposição, diversos assuntos prementes da sociedade contemporânea, e que mais parecem estar suspensos no ar sem a força de um debate público mais profundo na atualidade, são abordados em seu espectro temático central; como o preconceito socioeconômico e racial, o conhecimento ancestral na educação, escambos entre civis, esclarecimentos sobre o papel das ciclovias no urbanismo das grandes cidades, formas de ambientalismo, conscientização alimentar e o monopólio de sementes transgênicas por megacorporações mundiais, histórias de corpos livres e em movimento, memórias coletivas, afinidades afetivas do micropoder e questões de gênero”
Onde?
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho / São Paulo
Metrô – Belém / Linha 3 – Vermelha
De terça a sábado, das 10h às 21h
Domingos e Feriados – 10h às 19h30
Entrada gratuita
Quando?
Até 2 de dezembro
Impressões
“Vídeos, Fotografias, esculturas e instalação dispostos por vários espaços do Sesc, o que nos faz circular por toda área. Não existe uma ordem para seguir o que transforma a visitação bem agradável.”
“O Projeto Latitudes apresenta as influências afro-brasileiras no trabalho da graffiteira e artivista” negra Criola. O painel “Afro Brasilidades” remete à própria vivência de Criola como mulher negra, descolonizada e artista livre. No mural, surgem as referências artísticas de sua ancestralidade, também ancoradas nas influências dos povos originários do Brasil. O “Orí”, local sagrado para religiões de matrizes africanas, se interliga a “Iruna”, serpente espiritual que trás consigo a força do encontro do negro com o indígena. O desenho é pautado no resgate da história brasileira, mas também apresenta a contradição dos seres que são carregados de espiritualidade, sabedoria ancestral e que estão imersos na rotina das metrópoles. Criola é de Belo Horizonte, representante da nova cena brasileira de “street art”. Por meio do graffiti, a artista aborda de maneira poética a importância da cultura popular brasileira influenciada pela estética africana, bem como a força e a atitude da mulher negra na arte.”
Onde?
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana, São Paulo
Metrô – Estação Ana Rosa / Linha 1 – Azul
De terça a sexta, das 7h às 21h30
Sábados – 9h às 21h
Domingos e Feriados – 9h às 18h30
Entrada gratuita
Quando?
Até 8 de março de 2019.
Impressões:
“É um painel grafitado. Com influências de grafias Africanas, os pequenos logom identificam e apreciam as figuras desenhadas.”
“Com mais de 6 mil obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, documentos e peças etnológicas, de autores brasileiros e estrangeiros, produzidos entre o século XV e os dias de hoje, o acervo abarca diversas facetas dos universos culturais africanos e afro-brasileiros. Atualmente, está divido em 06 núcleos: África: Diversidade e Permanência, Trabalho e Escravidão, As Religiões Afro-Brasileiras, O Sagrado e o Profano, História e Memória e Artes Plásticas: a Mão Afro Brasileira.”
Museu Afro-Brasil
Av. Pedro Alvares Cabral, Parque Ibirapuera, Portão 10
De terça à domingo, das 10h às 17h (permanência até às 18h)
Ingressos: Gratuito aos sábados.
R$ 6 (entrada); R$ 3 (meia-entrada)
“Por estar dentro do Parque do Ibirapuera, costumamos brincar no parque, fazer um pique-nique e depois ir ao Museu. O Adriano ama. Uma parte da exposição traz elementos da Cultura Popular Tradicional, como os Maracatus, por exemplo.”
“Como um grito de resistência contra os desmandos históricos que oprimem a liberdade e a majestade que habita cada pessoa – no caso, os negros –, a 42ª Ocupação homenageia a trajetória do Ilê Aiyê. Ocupando o piso térreo do Itaú Cultural, a mostra é dividida em quatro eixos principais, que contam a história do primeiro bloco afro do Brasil, de seu surgimento até sua expansão e atuação para além do Carnaval. Fundado no dia 1º de novembro de 1974, em Salvador (BA), e composto exclusivamente de pessoas negras, o Ilê Aiyê surgiu em um contexto de proibição velada de os negros desfilarem no circuito de Carnaval da cidade. Hoje o bloco é conhecido internacionalmente e mantém sólido o que esteve por trás de tantos anos de atuação: a ação afirmativa da raça e o projeto de pesquisa e informação sobre o valor dos povos de origem africana e suas reverberações em costumes como a poesia, a música, a dança e o vestuário.”
Onde?
Itaú Cultural
Avenida Paulista 149 – São Paulo
Metrô – Estação Brigadeiro / Linha 2 – Verde
De terça a sexta 9h às 20h [permanência até as 20h30]
Sábado, domingo e feriado 11h às 20h
Entrada gratuita
Quando?
Até 6 de janeiro de 2019.
“Esta vai estrear ainda, mas estamos ansiosos já. O Ilê Aiyê é o Bloco Afro mais antigo que existe, com história de Luta, Resistência e Fortalecimento Negro, já visitamos a sede em Salvador.”
“Inaugura em 07 de outubro, a Exposição conta com 29 peças autorais do artista Josafá Neves, entre quadros em tela e esculturas que possuem em seus temas grande relevância para identidade social dos afro descendentes no Brasil. Além da exposição, serão realizadas oficinas de arte com professores e alunos da rede pública para trabalhar o tema e desenvolver novas obras”
Onde?
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro
Metrô – Estação Sé
De terça a domingo das 9h às 21h
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada gratuita
Quando?
Até 16 de dezembro.
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