Para as crianças, principalmente os bebês, é comum experimentar o mundo por meio dos sentidos. Ao ver algo que interessa, elas imediatamente querem tocar, cheirar, levar à boca. Porém, ao longo da vida, vamos perdendo esse contato sensorial com o mundo. Para quem tem limitações específicas, como pessoas cegas ou de baixa visão, esse intermédio com os sentidos é parte integrante de seu estar no mundo.

Para promover o resgate dessa experimentação na sociedade em geral e também garantir a fruição da arte para pessoas com deficiência, até o dia 30 de junho, o Memorial da Inclusão recebe a mostra “Palavras Fechadas”. A partir de obras da artista plástica Mozileide Neri, são apresentadas ao público reproduções de capas de livros, mas em versões sensoriais. A exposição reúne 12 livros-objetos que serviram como suporte para as pesquisas visuais da artista.

Para criar uma experiência sensorial, ela utiliza materiais diversos, como caramelo, chiclete, linhas de crochê, barbate, plástico, botões, entre outros. A proposta é transformar as capas de livro em obras de arte passíveis de cheirar, tocar, ouvir e sentir.

A obra “Livro Doce”, por exemplo, possibilita que o visitante sinta o cheiro dos caramelos e chicletes grudados sobre o livro. Já o “Livro-rádio”, por sua vez, é uma obra retangular horizontal produzida com couro preto e com um pequeno rádio com antena e pilhas que emite sons.

Com entrada gratuita, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, e aos sábados, das 13h às 17h. O agendamento de visitas mediadas para grupos acima de 10 pessoas deve ser feita pelo e-mail memorial@sedpcd.sp.gov.br. O Memorial da Inclusão fica na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no Memorial da América Latina – portão 10 – na Barra Funda.