Perguntamos aos leitores do Lunetas o que realmente importa nesse momento tão especial e delicado. Veja o que as famílias responderam
A chegada do bebê é um momento alegre e delicado, que trazem muitas dúvidas sobre presentes ou como se comportar nesse momento delicado. Perguntamos ao nossos leitores: o que realmente importa levar quando for visitar um recém-nascido?
É uma delícia poder compartilhar a chegada do bebê com quem se ama. Mas como fazer com que um momento tão especial como este não acabe virando uma espécie de peso tanto para as mães, pais e famílias, que estão passando por uma fase de transição e adaptação à nova rotina, quanto para as próprias visitas, cheias de dúvidas sobre o presente ideal? Roupinhas, fraldas, mantas, utensílios de higiene, flores ou outras coisa? Perguntamos aos leitores do Lunetas: qual presente realmente importa levar quando for visitar um recém-nascido? Veja o que as famílias responderam.
Essa vale para as amigas, familiares, colegas de trabalho e para toda a turma do happy hour. Pela emoção e pela ânsia de conhecer esse novo serzinho que está chegando ao mundo, as visitas muitas vezes se esquecem que elas continuam as mesmas, mas que a vida dos anfitriões está de ponta-cabeça: puerpério, noites sem dormir, novas demandas, êxtase e insegurança. Então, leve empatia, se coloque no lugar dessa família e pense como alguém poderia ser útil e solícito nesse momento. Pergunte às famílias, com sinceridade e alegria, o que você poderia fazer para ser uma visita mais agradável.
“Mais do que presentes, as famílias necessitam de empatia e de visitas úteis. Isso demonstra compreensão, cuidado, respeito e até sororidade. Quando se trata de mães solo ou que vivem uma divisão desigual no cuidado com os filhos, tudo isso requer ainda mais atenção”, afirma Hilarian Demio Buck, de Curitiba (PR). Ela é madrinha do Wiliam, de oito anos, e da Estella, de cinco meses.
E se aquele vale presente da loja de bebês pudesse ser trocado por um dia de ajuda na limpeza da casa, das roupas ou por aquela “mãozinha” na nova rotina que chega logo após o parto? Que sonho! É exatamente isso que a Sabrina Alves, de Araraquara (SP) sugere, o que ela chama de “presentes além do pagável e palpável”.
“O melhor presente seria companhia e ajuda por um dia: passar um cafézinho, trazer um pãozinho quente, uma conversa gostosa. É a certeza de uma família mais feliz após a visita, já que estamos exaustos. Se preocupar com quem entra na nossa casa, se tem comida pronta, se a casa está limpa e ainda tentar ter disposição para recebê-los tranquilamente é demais nesse momento”, diz Sabrina Alves, mãe da Laura, de um ano e nove meses.
O bebê é fofo, encanta todo mundo e merece as melhores celebrações. Mas e as mães? “Todo mundo só presenteia os bebês e esquece o quanto a mãe está precisando de cuidados, se adaptando a essa nova vida: noites sem dormir, os peitos feridos e dolorosos”, atenta Layse Tavares, de Lübeck, Alemanha. Mãe da Ana Laura, de dois anos, ela relembra da própria experiência e acha que, quando se fala em presentes para visitas, dizer o que é “útil” para os bebês é complicado, considerando que cada um é único e o que serve para uma família, às vezes não é relevante para outra. Além disso, muitas famílias optam por fazer os tradicionais “chás de bebê” ou investir em enxovais antes do nascimento, em que reúnem o necessário e muito mais.
“Ganhei de uma amiga um kit com hidratante, chá que estimula a produção de leite, gel de banho. Achei tudo muito especial e sem cheiro forte. Não é só uma questão de querer coisas materiais, é o valor da atenção em ser presenteada”, opina.
Ingerir alimentos adequados e comer nas horas certas faz bem para a saúde e melhora qualquer humor. Só que a expectativa da vida alimentar saudável se confronta com a realidade da nova rotina. E a verdade é que se as famílias não possuírem um suporte ou apoio de quem está em volta, talvez não sobre tempo nem para aquela comida rápida de microondas. Então, por que não investir naquela comidinha gostosa, no prato preferido da sua amiga ou amigo que está ali sem tempo para cozinhar?
“O período inicial da amamentação é exaustivo, então todo o suprimento é bem vindo. Se for em um clima mais ameno, recomendo um caldo de legumes ou um missô para os intervalos das mamadas. No meu caso eu gostava muito de canjica de frutas. O importante é ser um alimento nutritivo e saudável”. Essa é a opinião da Patrícia Martyres, de Curitiba (PR), mãe da Safira, de cinco meses. E ela ainda reforça como é bom receber uma visita que lava a louça. Fica a dica!
E aquele comentário meio intrometido que, quando você percebeu, já tinha deixado todo mundo constrangido na sala? É claro que as famílias querem apoio e devem se sentir livres e seguras para pedir boas opiniões quando for necessário. Afinal, nenhum bebê chega com um manual de instruções. Mas “quando nasce uma mãe, nasce uma plantação de palpiteiros”, brinca Bárbara Virginian Vasconcelos, de Salvador (BA), mãe do Juan, de dois meses. Para ela, é importante que a participação das pessoas nesse momento seja de amor e cuidado e não munida de indelicadezas, julgamentos disfarçados de comentários ou opiniões que chegam como críticas. “Perdemos nesse momento de transição noites, liberdade e amizades”, lamenta.
Talvez esse não seja o melhor momento para “sugerir” como as famílias devem se comportar, “opinar” sobre suas primeiras escolhas como cuidadores. Por mais que as tendências maternas e paternas se reconfigurem, o bom senso nunca vai sair de moda. “Vejo a importância disso para manter vínculos e fortalecer laços de afeto e respeito.”
Comunicar erro