15 livros para celebrar a relação de mães e filhos

Livros que retratam as muitas maternidades que existem para ler com as crias

Da redação Publicado em 04.05.2017
Foto em preto e branco mostra menina sentada no colo de uma mulher, apontado para a frente.

Resumo

Celebrar a relação entre mães e filhos é o mote de muitos livros infantis incríveis. Nesta lista, algumas dessas histórias que retratam as muitas maternidades que existe, misturando humor, emoção, fantasia e afeto.

Como definir a maternidade? Como transformá-la em uma história de ficção? Nesta lista abaixo, nosso parceiro A Taba apresenta 15 livros que celebram a relação de mães e filhos, perfeitos para serem lidos no aconchego do colo.

As resenhas foram feitas pela especialista em literatura infantil Denise Guilherme, e os títulos foram divididos de acordo com o perfil de leitura da criança – bebês, leitor iniciante, autônomo e experiente:

Para leitores bebês

  • Eu já disse 100 vezes

As palavras ganham algumas combinações autônomas e engraçadas quando Kif Kif tenta recordar o que sua mãe já lhe disse cem vezes. O que ele, geralmente, se lembra são de ordens que todas as mães dão aos filhos: amarrar os sapatos, desligar a televisão, guardar os brinquedos etc. Mas nenhuma delas chegou ao número cem. E nenhuma delas evocou uma carícia. Antes de lembrar algumas dessas ordens, as palavras o fazem pensar em “amarre o macarrão no prato” ou “desligue os óculos do bicho-papão”. O texto de Gabriela Keselman é divertido, curto, rimado e poético. As ilustrações coloridas e ternas de Claudia Ranucci aproveitam-se dos trocadilhos das palavras para criarem imagens também poéticas. O projeto gráfico como se seguisse o dependurar-se do bicho-preguiça, nos surpreende com algumas páginas duplas a serem lidas no sentido vertical e com os destaques e movimentos das palavras.

  • Coração de mãe

Que mistérios passam a habitar o coração de uma mulher quando ela torna-se mãe? Nesse livro sensível e delicado, a  escritora portuguesa Isabel Minhós descreve o coração de mãe como um lugar mágico, cheio de acontecimentos, ligado ao coração de cada um de seus filhos por um fio quase invisível. Com palavras poéticas, ela mostra que o que acontece ao filho, dá novas formas ao espaço íntimo da mãe. As ilustrações de Bernardo Carvalho, que desenham o coração de mãe como sendo a mulher inteira, mostram que, quando trata-se de maternidade, os sentimentos não têm limites.

  • O livro da  mamãe

Com frases curtas e ilustrações que remetem aos desenhos infantis, Todd Parr mostra que existem diferentes tipos de mãe. Perfeito para ler e brincar com os pequenos, tentando descobrir e imaginar em qual dos tipos de maternidade cada um se identifica.

  • Porcolino e a mamãe

Pato, Carneiro, Cão, Cavalo e Gato: todos querem ajudar o pequeno Porcolino a encontrar a sua mamãe. Onde ela estará? Retomando o sentimento de perda experimentado pelos crianças, sempre que a mamãe se ausenta, Margaret Wild criou uma história perfeita para ser lida e apreciada especialmente pelos mais pequenos.

Para leitores iniciantes

  • Mamãe é grande como uma torre

Quando a mãe da menina vai embora, é preciso encontrar explicações para lidar com uma ausência tão grande. Neste livro, a premiada autora suíça Brigitte Schär, apresenta aos jovens leitores a separação dos pais sob o ponto de vista infantil. Com um texto poético e belíssimas imagens, a obra  explora o tema da solidão e do tamanho dos grandes vazios que ficam quando alguém a quem amamos decide partir.

  • Algum dia

O leitor de Algum dia, com certeza, se emociona. Emociona porque em seu texto simples e singelo, toda mãe ou filho reconhecem alguma fase da vida deles. A narrativa traz o nascimento de um filho, os sonhos de uma mãe que quer uma vida plena ao seu filho, o nascimento dos netos até a morte. Com ilustrações suaves, a história se completa, fazendo o leitor refletir sobre sua própria vida.

  • Minha mãe é um problema

Já imaginou ter uma mãe que voa de vassouras, usa roupas de bruxa e adora fazer maionese de minhocas? Para algumas pessoas, isto pode ser um enorme problema, mas para os filhos desta mãe feiticeira, seu jeito divertido e encantador são pura diversão. Nesta obra, Babete Cole trata com humor as singularidades, mostrando que ser um problema é, na verdade, o que torna cada pessoa única e especial.

  • Mamãe é um lobo

Brincar de teatro pode ser uma ótima oportunidade de experimentar novos comportamentos por meio da construção de diferentes personagens. Foi assim na casa desta família que resolve brincar de teatro. E tudo fica muito divertido até o momento em que mamãe se transforma em um terrível lobo. E agora? Ela comerá a pequena Chapeuzinho Vermelho?

  • Esperando mamãe

A capa, ilustrada por um garoto solitário, cercado por um fundo branco e sem ninguém, já demonstra ao leitor que há algo que falta nesta história. De pé, do ponto, entre um bonde e outro, uma criança espera por sua mãe. Embora pergunte a todos que encontra onde ela estará, ninguém parece interessado em ajudar o menino. Ao leitor, resta apenas tornar-se cúmplice desta narrativa, fazendo companhia ao garoto. E, de página em página, experimentar  o vazio e a expectativa para – junto com o menino, surpreender-se com o final reservado para esta história comovente.

  • Mamãe trouxe um lobo pra casa

Tudo estava muito tranquilo naquela família, até a chegada de Levi – um lobo que vem morar a mãe de um menino, acostumado a ser o rei da casa. Entre ciúme e curiosidade, os dois vão construindo uma relação divertida , permeada pelo afeto e sensibilidade de uma mãe paciente e sempre muito amorosa.

Para leitores autônomos

  • Quando mamãe virou um monstro

Joanna, autora e ilustradora inglesa, dedicou boa parte de sua vida à animação infantil. Só depois do nascimento do seu terceiro filho, começou a escrever para crianças. Nesta obra, narra a relação de uma mãe com seus dois filhos. A casa da família estava muito bagunçada, e um telefonema inesperado informou que teriam visitas para o lanche da tarde. Para deixar tudo pronto, a mãe teve de fazer muitas coisas, as crianças não colaboraram e, conforme foi passando o tempo, a mãe foi se transformando e virou um monstro. As ilustrações complementam essa engraçada história com os detalhes da transformação.

  • Mamãe tem medo

Mamãe Cabra tem muito medo de que algo aconteça com seus filhotes. E por isso, está sempre perto deles, protegendo-os e vigiando-os. Brincando com o famoso conto dos sete cabritinhos, a autora promove uma reflexão sobre os dilemas existentes entre zelar e amparar, entre estar sempre presente e deixar espaço para que o outro possa crescer. Muitas mães certamente irão se identificar com esta história ilustrada com belíssimas pinturas, que buscam expressar parte das inquietações de quem experimenta a maternidade em um mundo em que os perigos parecem muito maiores do que um lobo faminto.

  • A mãe que chovia

Quando sua mãe é a chuva, tão necessária ao mundo e à vida na terra, é preciso aprender a partilhá-la. Mas, como dividir a quem mais se ama? No primeiro livro infantil do escritor português José Luís Peixoto, o leitor se depara com um texto poético, repleto de metáforas sobre a maternidade que encantam e comovem.

Para leitores experientes

  • Mamãe, a elefanta

A leitura de “Minha Mãe, a Elefanta”, escrita por Rita Espeschit e ilustrada com os desenhos inconfundíveis de Ricardo Azevedo, desperta na criança a ideia de que ler é desvendar mistérios, construir sentidos, brincar de pensar. Um menino pequeno, tímido, conta a história. Antes de mais nada, é preciso esclarecer algumas coisas: não tenho quatro patas, não uso tromba para tomar refrigerante e nem ao menos sou muito gordo. Sou um menino comum, até magrinho, igual a qualquer outro. Só que moro ao lado de um shopping e tenho uma mãe que é elefanta. Construída a partir de vários símbolos, a narrativa sensibiliza. O menino revela em cada frase sua dificuldade de relacionamento com a mãe. Porém, um dia, um fato transforma essa relação em um forte e demorado abraço.

  • O violino cigano e outras contos de mulheres sábias

Regina Machado reúne e apresenta dezesseis contos de várias tradições orais com protagonistas femininas. Essas histórias revelam o modo sensível, intuitivo e fecundo com que elas vivem as situações que, no nosso imaginário, são atribuídas a príncipes e heróis.

 

 

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