Criança indígena é a primeira a receber vacina contra a covid-19

Nos postos de saúde, a primeira dose para crianças entre 5 e 11 anos começa a ser aplicada a partir do dia 17 de janeiro

Da redação Publicado em 14.01.2022
Foto com funda amarelo mostra menino indígena de máscara, em primeiro plano, recebe vacina aplicada no braço por profissional de saúde.
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Resumo

Começou a imunização de crianças entre 5 e 11 anos contra a covid-19. O menino indígena Davi Xavante, de 8 anos, foi o primeiro a ser vacinado em São Paulo. Nos postos de saúde, a primeira dose para esta faixa etária começa a ser aplicada a partir do dia 17 de janeiro.

Chegou a vez da imunização das crianças. A primeira delas a receber a vacina infantil contra a covid-19 foi o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos. O início da vacinação aconteceu nesta sexta-feira (14), por volta das 12h, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Ao todo, 15 crianças em tratamento de saúde receberam a primeira dose.

A prioridade são crianças com comorbidades ou deficiência, caso de Davi. Nascido em uma tribo de etnia Xavante, no Mato Grosso, o menino apresenta uma condição de saúde que afeta as pernas, sendo necessário andar com ajuda de uma órtese. De acordo com o governo de São Paulo, Davi e seu pai, o cacique Jurandir Siridiwe, fizeram viagens periódicas à capital durante nove meses para um tratamento no Instituto da Criança, do Hospital das Clínicas. No início de 2021, o menino passou a morar com uma tutora em Piracicaba, para realizar consultas rotineiras nas áreas de reabilitação e neurologia.

Nos postos de saúde da capital paulista e de demais cidades, a vacina infantil deve ser aplicada a partir de segunda-feira (17).

Vacina infantil contra covid-19: como vai funcionar?

No dia 13 de janeiro, o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas infantis da Pfizer, a única autorizada no país para a nova campanha de imunização infantil, que abrange crianças de 5 a 11 anos. A expectativa do governo é vacinar 4,3 milhões de crianças nas próximas três semanas, e um total de 20 milhões no primeiro trimestre.

A agenda de imunização vai atender diretrizes semelhantes às dos adultos: crianças com comorbidades e deficiência permanente; indígenas e quilombolas; as que vivem com pessoas com risco para evolução da doença; e, por último, em ordem decrescente de idade – dos 11 aos 5 anos.

O intervalo será de oito semanas, sem informações sobre a necessidade de uma dose de reforço voltada a esse público.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a dose para crianças não deve ser administrada ao mesmo tempo que outras vacinas do calendário infantil. Além disso, o órgão recomenda um intervalo de 15 dias para a aplicação de outro imunizante.

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