Bioenergética, cromoterapia, constelação familiar, geoterapia e muitas outras práticas serão incluídas
Novos terapias alternativas foram incluídos na lista do SUS, que agora soma 29 ao todo. Dentre eles, terapia de florais, acupuntura e homeopatia. Saiba mais.
Terapias alternativas podem ser muito eficientes para diminuir o estresse e a ansiedade, além de garantir bem-estar e outros benefícios. A partir de hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer aos pacientes um total de 29 práticas deste tipo, chamadas de “práticas integrativas” ou “complementares” à medicina convencional.
Na lista constam tratamentos como aromaterapia, cromoterapia, hipnoterapia, terapia de florais, além de outros não tão conhecidos, como é o caso da constelação familiar, que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
Adotar ou não os tratamentos ficará a cargo das unidades de saúde municipais e estaduais – 88% deles são oferecidos na rede de atenção básica.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi criada em 2006 oferecendo inicialmente apenas cinco procedimentos. No ano passado foram incorporadas outras 14, chegando a 19 práticas disponíveis.
Com a inclusão de hoje, anunciada na durante a abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS), chega-se a um total de 29 terapias.
Foram definidas também as diretrizes e modo de implantação dos procedimentos termalismo/crenoterapia e medicina antroposófica, que já eram oferecidas no SUS de forma experimental.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece apenas duas das 19 terapias que hoje fazem parte da política de práticas complementares – a acupuntura e a homeopatia, em que há possibilidade de atuação médica.
Seis das dez práticas não são reconhecidas pelo conselho. “Isso não significa que o Ministério da Saúde não possa incorporá-las, mas deixamos claro que os médicos não podem indicá-las ou utilizá-las”, afirmou à Folha de São Paulo o presidente do CFM, Carlos Vital.
O Ministério da Saúde afirma que há evidências científicas mostrando os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. No ano passado foram capacitados mais de 30 mil profissionais no Brasil.
“O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica.”
“Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar apenas de quem fica doente”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.
O Ministério da Saúde estima que cerca de cinco milhões de pessoas façam uso dessas práticas, anualmente, pelo SUS. Elas estão presentes em 57% dos 5.570 municípios do país e, em oito anos, o número de atendimentos cresceu 670%, passando de 271 mil, em 2008, para 2,1 milhões em 2016.
Atualmente, a acupuntura é a mais difundida com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa com 151 mil sessões, como taichi-chuan e liangong. Em seguida aparece a auriculoterapia com 142 mil procedimentos.